Questões de Concurso Militar PM-PR 2013 para Aspirante da Policial Militar

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Q603409 Português
O texto a seguir é referência para a questão.






A autora do blog usa uma linguagem bastante informal, desviando-se em alguns momentos da norma culta. Observe os fatos extraídos do texto:

1. As formas verbais do indicativo com o pronome “tu”, de segunda pessoa (“tu vem”, “tu acredita”– linhas 2 e 11).
2. A forma usada do imperativo afirmativo com o pronome “tu” de segunda pessoa (“abre os olhos” – linha 12).
3. A forma usada do imperativo negativo com o pronome “tu” de segunda pessoa (“não vem” – linhas 1 e 2).
4. O uso das expressões “há muito tempo” e “faz muito tempo”, retomando fatos passados (linha 4).

Que fatos constituem exemplos de transgressão à linguagem escrita culta?
Alternativas
Q603417 Português
O texto a seguir é referência para a questão.

As razões da revolta 

    As manifestações das ruas trouxeram pelo menos uma certeza: o jovem brasileiro, com seu poder de articulação pelas redes sociais, mudou. De uma forma de protestar à distância, com certa dose de descaso e “chacota” contra as instituições (de que sempre se percebeu apartado), ele se mobilizou com rapidez, invadiu o espaço público e reagiu contra o que não concorda.
    O estopim foram o aumento do ônibus e a reação truculenta da polícia. Na esteira do protesto inicial, vieram as demandas concretas: a péssima qualidade do transporte, a corrupção, os conchavos políticos, as incongruências entre o investimento em saúde e educação e as fortunas gastas com estádios e futebol, enfim, o abismo entre o Brasil que se vende para o mundo e a nação real, com sua violência, trânsito e serviços precários.
    Muitos críticos cobraram falta de foco dos jovens e dificuldade de controle das massas que saíram às ruas. Isso deu, dizem os críticos, espaço para grupos mais radicais e bandidos, que causaram violência. Mas será que houve falta de foco?
    Embora as queixas sejam muitas e variadas, alguns padrões em comum podem ser identificados. Trata-se, em primeiro lugar, de um movimento mais horizontal, sem liderança clara. Alguns grupos, como o Movimento Passe Livre (MPL), logo apareceram. Mesmo dentro deles, não parece haver voz única. Boa parte das manifestações se dá “por contágio”. Mesmo o jovem inicialmente acomodado se sente “tocado” pela onda de protestos e decide sair à rua, para participar do momento histórico. A insatisfação crônica com o status do país se transformou de forma rápida, talvez pela capilaridade das redes sociais, numa indignação ativa, potente geradora de força de mobilização. [...]
    Os políticos correram para achar uma explicação e tentar dar respostas (algo que não andam acostumados a fazer). Algumas demandas foram rapidamente atendidas. É simplista, porém, justificar o que aconteceu com o fato de o jovem não se sentir representado. Além da crise de representatividade política, que não é queixa só do jovem, faltam a perspectiva de um país melhor – mais justiça, melhores condições de transporte, saúde e educação – e uma percepção menos ufanista e mais real do Brasil.
    O desafio dos jovens é manter a força do movimento, num momento em que os governos atendem parcialmente a algumas demandas. Os políticos deveriam perceber que o desafio é usar essa força para mudar o país naquilo que ele tem de pior. Têm de limpar as feridas para facilitar a cicatrização. Não adianta dourar indefinidamente a pílula, na espera de um Brasil que nunca chega.
(Jorge Bouer, Época, 08 jul. 2013.)
“É simplista, porém, justificar o que aconteceu com o fato de o jovem não se sentir representado."

Observe que Jorge Bouer escreveu “de o jovem" e não “do jovem". Diferentemente do que acontece na fala, a escrita não aceita a contração da preposição com um artigo em certos casos. Em qual das sentenças abaixo a contração é VETADA na escrita culta? 
Alternativas
Respostas
1: C
2: B