Questões de Concurso Militar CMRJ 2016 para Aluno do Colégio Militar - Português (EF)

Foram encontradas 20 questões

Q753279 Português
Advérbios são palavras que se ligam a verbos (a adjetivos ou a outros advérbios) e informam circunstâncias de: tempo, lugar, afirmação, negação... Na tirinha, tem valor de advérbio a expressão
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Q753280 Português

                                     

      Ir para a escola, aprender assuntos novos, fazer amigos, superar seus limites é direito de todas as pessoas. Existem vários tipos de escolas e diversos caminhos de ensino e aprendizagem . Alguns são mais fáceis, outros mais difíceis. 

      Nesta prova, você está convidado a refletir sobre aspectos da vida escolar (tipos de ensino, relação professor-aluno, material escolar, medos e desejos, problemas e desigualdades).

      Leia os textos com atenção, reflita e resolva as questões propostas.

      Boa Prova!


       Inácio entrou em casa correndo, procurando seu avô:

       - Mãe, mãe, cadê o vovô? Preciso muito falar com ele.

       - Calma, menino! Seu avô foi comprar pão.

       - Então ele vai demorar muito! Ele fica conversando com todo mundo na rua, e eu tenho que perguntar umas coisas pra ele. É um trabalho de escola.

       - E seu avô vai saber responder?

       - Acho que vai, é um trabalho sobre os escravos, e minha professora disse que os negros vieram da África e que, antigamente, todos os negros eram escravos. Então, se vovô é negro, ele veio da África e era escravo.

       - Não, querido. Nem todos os negros vieram da África ou foram escravos. Seu avô nasceu aqui no Brasil e nunca foi escravo.

       -Nunca? Mas a minha professora disse que...

       - Quem veio da África e era escravo foi o bisavô do seu avô.

      /.../

                                    Na fazenda de café

      - Vô, tenho um amigo lá na escola que em todas as férias viaja para a fazenda da tia dele, que fica em São Paulo. Eu queria tanto conhecer uma fazenda! Deve ser muito bom acordar cedinho e tirar leite das vacas, não é?

      - Sabe, Inácio, antigamente eu vivia dizendo que se ganhasse na loteria compraria um sítio. Agora, não tenho mais esperanças de ganhar, não.

      - Mas, vô, você joga na loteria?

      - Já joguei, agora não jogo mais. Acho uma bobagem, não ganho mesmo.

      - Vô, mas eu não queria conhecer uma fazenda do mesmo jeito que meu tataravô conheceu, não. Minha professora contou que era muito triste a vida nas fazendas de café, a começar pela viagem, pois os escravos viajavam dias e dias a pé, e lá eram obrigados a trabalhar muito.

      - Poxa, Inácio, como você é inteligente! Consepe pardar tudo nessa cabecinha. Na minha idade, não consigo aprender mais nada.

      - Que é isso, vô? Tem um monte de gente da sua idade que ainda estuda, sabia? Por que você não volta a estudar?

      - Ah, Inácio, acho que não dou mais pra isso, não. Não tenho mais paciência pra esse negócio de escola.

      - Então, vô, você pode estudar comigo, que tal? Tudo o que minha professora de História me ensinar eu ensino pra você, combinado?

      /.../

MARTINS, Georgina; TELLES, Teresa Sila. Meu tataravô era africano. São Paulo: Editora DCL, 2008. p. 29-30; 46-47. (fragmento adaptado)


Na tirinha e em Meu tataravô era africano, há tipos de escola com visões diferentes sobre a (o)
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Q753281 Português

            Líder em analfabetismo, Alagoas tem fila de espera em programa suspenso 

                  

      Todos os dias, os servidores alojados em uma sala de um prédio anexo à Secretaria Municipal de Educação de Maceió dão a mesma resposta: o Programa Brasil Alfabetizado está suspenso na capital alagoana por tempo indeterminado e não estão sendo feitas novas matrículas.

      O estado tem a maior taxa de analfabetismo do país. De cada 100 pessoas com 15 anos ou mais de idade, 22 não sabem ler e escrever. Na capital, Maceió, 66 mil estão nessa situação, aponta pesquisa.

      A dificuldade de manter adultos em cursos de alfabetização é citada por diversos gestores públicos e especialistas na área. Muitos desistem ou nem procuram as aulas.

      Esse segundo caso é o da diarista Maria Cícera dos Santos Silva, moradora de Maceió. Aos 53 anos, "Tota", como é conhecida, escreve apenas o próprio nome. "Minha filha escrevia num papel, e fui copiando até aprender".

      Casada, com três filhos e o mesmo número de netos, a diarista diz se ressentir de não ter participado da educação formal dos filhos. 

      "Quando eles começaram a estudar, era muito ruim. Mas, graças a Deus, a minha sobrinha me ajudava com as lições de casa deles", conta.

      Hoje, a dificuldade se repete com os estudos da neta de quatro anos. A nora assume a função que a avó gostaria de desempenhar.

      Tota teve negado o direito à alfabetização. Aos 5 anos, perdeu a mãe e, aos 10, o pai. Foi morar com uma tia, que não queria que ela estudasse para dar conta dos afazeres domésticos. "Às vezes, ia escondida para a aula e, quando voltava, levava uma surra de pôr sal nas costas."

      Familiares a ajudam com tarefas do dia a dia, como seguir uma receita médica. Para outras, como pegar o transporte para ir trabalhar, ela improvisa. "Não erro, já decorei a cor dos ônibus", diz.

      O desejo de estudar perdeu-se com os anos. "O tempo vai passando, a gente casa, tem filhos...", diz ela.

      A resignação é uma característica comum entre adultos como ela, que não tiveram acesso à educação formal, afirma Rita de Cássia Lima Alves, da Comissão Nacional de Alfabetização e Educação de Jovens e Adultos.

      "São pessoas que lutam pela educação dos seus filhos, mas não pela própria."

Wagner Melo. Colaborou Ângela Pinho, de São Paulo. Folha de São Paulo, domingo, 28/08/2016. Cotidiano, p. B12. (fragmento)

Glossário:

gestores: pessoas que administram; diretores.

ressentir; sentir muito; ficar magoado.

resignação: ato de se resignar; submissão. 

Como se pode observar na matéria da Folha de São Paulo, reportagens ou notícias são textos que apresentam:
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Q753282 Português

            Líder em analfabetismo, Alagoas tem fila de espera em programa suspenso 

                  

      Todos os dias, os servidores alojados em uma sala de um prédio anexo à Secretaria Municipal de Educação de Maceió dão a mesma resposta: o Programa Brasil Alfabetizado está suspenso na capital alagoana por tempo indeterminado e não estão sendo feitas novas matrículas.

      O estado tem a maior taxa de analfabetismo do país. De cada 100 pessoas com 15 anos ou mais de idade, 22 não sabem ler e escrever. Na capital, Maceió, 66 mil estão nessa situação, aponta pesquisa.

      A dificuldade de manter adultos em cursos de alfabetização é citada por diversos gestores públicos e especialistas na área. Muitos desistem ou nem procuram as aulas.

      Esse segundo caso é o da diarista Maria Cícera dos Santos Silva, moradora de Maceió. Aos 53 anos, "Tota", como é conhecida, escreve apenas o próprio nome. "Minha filha escrevia num papel, e fui copiando até aprender".

      Casada, com três filhos e o mesmo número de netos, a diarista diz se ressentir de não ter participado da educação formal dos filhos. 

      "Quando eles começaram a estudar, era muito ruim. Mas, graças a Deus, a minha sobrinha me ajudava com as lições de casa deles", conta.

      Hoje, a dificuldade se repete com os estudos da neta de quatro anos. A nora assume a função que a avó gostaria de desempenhar.

      Tota teve negado o direito à alfabetização. Aos 5 anos, perdeu a mãe e, aos 10, o pai. Foi morar com uma tia, que não queria que ela estudasse para dar conta dos afazeres domésticos. "Às vezes, ia escondida para a aula e, quando voltava, levava uma surra de pôr sal nas costas."

      Familiares a ajudam com tarefas do dia a dia, como seguir uma receita médica. Para outras, como pegar o transporte para ir trabalhar, ela improvisa. "Não erro, já decorei a cor dos ônibus", diz.

      O desejo de estudar perdeu-se com os anos. "O tempo vai passando, a gente casa, tem filhos...", diz ela.

      A resignação é uma característica comum entre adultos como ela, que não tiveram acesso à educação formal, afirma Rita de Cássia Lima Alves, da Comissão Nacional de Alfabetização e Educação de Jovens e Adultos.

      "São pessoas que lutam pela educação dos seus filhos, mas não pela própria."

Wagner Melo. Colaborou Ângela Pinho, de São Paulo. Folha de São Paulo, domingo, 28/08/2016. Cotidiano, p. B12. (fragmento)

Glossário:

gestores: pessoas que administram; diretores.

ressentir; sentir muito; ficar magoado.

resignação: ato de se resignar; submissão. 

O problema do analfabetismo vivido por Maria Cícera começou, ainda na infância, com a morte dos pais dela. Além disso, Tota deixou de frequentar a escola porque
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Q753283 Português

            Líder em analfabetismo, Alagoas tem fila de espera em programa suspenso 

                  

      Todos os dias, os servidores alojados em uma sala de um prédio anexo à Secretaria Municipal de Educação de Maceió dão a mesma resposta: o Programa Brasil Alfabetizado está suspenso na capital alagoana por tempo indeterminado e não estão sendo feitas novas matrículas.

      O estado tem a maior taxa de analfabetismo do país. De cada 100 pessoas com 15 anos ou mais de idade, 22 não sabem ler e escrever. Na capital, Maceió, 66 mil estão nessa situação, aponta pesquisa.

      A dificuldade de manter adultos em cursos de alfabetização é citada por diversos gestores públicos e especialistas na área. Muitos desistem ou nem procuram as aulas.

      Esse segundo caso é o da diarista Maria Cícera dos Santos Silva, moradora de Maceió. Aos 53 anos, "Tota", como é conhecida, escreve apenas o próprio nome. "Minha filha escrevia num papel, e fui copiando até aprender".

      Casada, com três filhos e o mesmo número de netos, a diarista diz se ressentir de não ter participado da educação formal dos filhos. 

      "Quando eles começaram a estudar, era muito ruim. Mas, graças a Deus, a minha sobrinha me ajudava com as lições de casa deles", conta.

      Hoje, a dificuldade se repete com os estudos da neta de quatro anos. A nora assume a função que a avó gostaria de desempenhar.

      Tota teve negado o direito à alfabetização. Aos 5 anos, perdeu a mãe e, aos 10, o pai. Foi morar com uma tia, que não queria que ela estudasse para dar conta dos afazeres domésticos. "Às vezes, ia escondida para a aula e, quando voltava, levava uma surra de pôr sal nas costas."

      Familiares a ajudam com tarefas do dia a dia, como seguir uma receita médica. Para outras, como pegar o transporte para ir trabalhar, ela improvisa. "Não erro, já decorei a cor dos ônibus", diz.

      O desejo de estudar perdeu-se com os anos. "O tempo vai passando, a gente casa, tem filhos...", diz ela.

      A resignação é uma característica comum entre adultos como ela, que não tiveram acesso à educação formal, afirma Rita de Cássia Lima Alves, da Comissão Nacional de Alfabetização e Educação de Jovens e Adultos.

      "São pessoas que lutam pela educação dos seus filhos, mas não pela própria."

Wagner Melo. Colaborou Ângela Pinho, de São Paulo. Folha de São Paulo, domingo, 28/08/2016. Cotidiano, p. B12. (fragmento)

Glossário:

gestores: pessoas que administram; diretores.

ressentir; sentir muito; ficar magoado.

resignação: ato de se resignar; submissão. 

 “A resignação é uma característica comum entre adultos como ela, que não tiveram acesso à educação formal”. Nessa frase, a palavra destacada está indicando que as pessoas como Tota tornam-se 
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Respostas
6: B
7: C
8: E
9: A
10: B