Questões de Concurso Militar CIAAR 2018 para Primeiro Tenente - Serviços Jurídicos

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Q891702 Português

Leia os excertos abaixo.


Excerto I


“A arte, bem como a literatura, nasce da liberdade de fantasiar e não suporta prisões. Tentar engaiolar o fruto da liberdade é lhe cortar as asas, impedir seus voos, que alcançam maiores distâncias quando impulsionados por muitos sopros”.


(QUEIRÓS, Bartolomeu Campos de. Contos e poemas para ler na escola. Rio de Janeiro: Objetiva, 2014, p.69).


Excerto II


“Suzana perguntou se era perigoso realizar voos muito baixos. Ele respondeu que era necessário apenas estar mais atento. Atento aos cabos de alta tensão e aos pássaros.

– Aos urubus, principalmente – ele disse.

Ela estranhou que um pássaro pudesse levar perigo a um avião.

– Bater em qualquer um é sempre perigoso – Paulo César comentou.

O impacto podia causar um estrago muito grande ao avião.

– É quase como uma bala – ele disse”.


(FRANÇA JÚNIOR, Oswaldo. O passo-bandeira: uma história de aviadores. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 1984, p.36).


Levando-se em consideração o sentido do voo, o excerto I difere do excerto II.


PORQUE


O excerto I trata do termo de forma figurada, enquanto, no excerto II, o termo é tratado de forma literal.


Com base nos excertos, é correto afirmar que

Alternativas
Q891705 Português

Instruções: Para responder a questão, leia os textos a seguir.


Texto I


Sete anos de pastor Jacob servia

Labão, pai de Raquel, serrana bela;

Mas não servia ao pai, servia a ela,

E a ela só por prêmio pretendia.


Os dias, na esperança de um só dia,

Passava, contentando-se com vê-la;

Porém o pai, usando de cautela,

Em lugar de Raquel lhe dava Lia.


Vendo o triste pastor que com enganos

Lhe fora assim negada a sua pastora,

Como se a não tivera merecida,


Começa de servir outros sete anos,

Dizendo: – Mais servira, se não fora

Para tão longo amor tão curta a vida!


(CAMÕES, Luís de. Lírica. Belo Horizonte: Crisálida, 2005, p.51).


Texto II


Ora, Jacó sete ano já fazia

Que pastorava o gado de Labão.

Pai da linda Raqué; por ele, não:

Mais, por ela que em paga lhe cabia.


Passando os dia, doido por um dia,

Se alegrava de vê seu coração.

E aconteceu que o pai, espertaião,

Ruendo a corda, lhe entregô a Lia.


Quando o pobre Jacó caiu no engano

E deu, de boa-fé a boca doce,

Pela troca da prenda prometida,


Tratô de se ajustá por mais sete ano

Falando: Isto era nada, se num fosse

Pra tanto bemquerê tão poca a vida.


(LACERDA, Abel Tavares de. Apud Fernando Sabino. Livro Aberto. Rio de Janeiro: Record, 2001, p.86).
Preencha as lacunas abaixo e, em seguida, assinale a alternativa correta.
Fernando Sabino comenta que seu tio, Dr. Abel Tavares, médico do Serviço de Febre Amarela, gostava de traduzir poemas clássicos em linguagem de matuto. Nessa paródia do soneto de Camões, entre as várias ______________, ao escrever “Raqué”, “espertaião” e “tratô”, houve uma mudança da ________________, ao passo que ao escrever “sete ano” e “os dia”, tal situação ocorreu na ________________.
A sequência correta é
Alternativas
Q891706 Português

Instruções: Para responder a questão, leia os textos a seguir.


Texto I


Sete anos de pastor Jacob servia

Labão, pai de Raquel, serrana bela;

Mas não servia ao pai, servia a ela,

E a ela só por prêmio pretendia.


Os dias, na esperança de um só dia,

Passava, contentando-se com vê-la;

Porém o pai, usando de cautela,

Em lugar de Raquel lhe dava Lia.


Vendo o triste pastor que com enganos

Lhe fora assim negada a sua pastora,

Como se a não tivera merecida,


Começa de servir outros sete anos,

Dizendo: – Mais servira, se não fora

Para tão longo amor tão curta a vida!


(CAMÕES, Luís de. Lírica. Belo Horizonte: Crisálida, 2005, p.51).


Texto II


Ora, Jacó sete ano já fazia

Que pastorava o gado de Labão.

Pai da linda Raqué; por ele, não:

Mais, por ela que em paga lhe cabia.


Passando os dia, doido por um dia,

Se alegrava de vê seu coração.

E aconteceu que o pai, espertaião,

Ruendo a corda, lhe entregô a Lia.


Quando o pobre Jacó caiu no engano

E deu, de boa-fé a boca doce,

Pela troca da prenda prometida,


Tratô de se ajustá por mais sete ano

Falando: Isto era nada, se num fosse

Pra tanto bemquerê tão poca a vida.


(LACERDA, Abel Tavares de. Apud Fernando Sabino. Livro Aberto. Rio de Janeiro: Record, 2001, p.86).
No soneto de Abel Tavares de Lacerda, há algumas expressões que conferem ao seu texto forte acento sertanejo. Relacione as colunas de acordo com a correta correspondência, considerando a ideia expressa pelas palavras ou expressões.
EXPRESSÃO
(1) “doido por um dia” (2) “ruendo a corda” (3) “boa-fé” (4) “bemquerê”
IDEIA EXPRESSA
( ) trapaça. ( ) confiança. ( ) ansiedade. ( ) afeição.
A sequência correta dessa relação semântica é
Alternativas
Q891707 Português
Leia o texto a seguir.
“O telefone do cartório tocou, o escrevente atendeu: – O elefante está? – Não estou entendendo bem: elefante, a senhora disse? – Ele não foi aí hoje? – Ele quem? – O elefante. – Que brincadeira é essa? – Sabe onde posso encontrá-lo? – Que eu saiba, no circo ou no Jardim Zoológico... O escrevente se voltou, rindo, para as pessoas presentes: – Tem uma mulher no telefone querendo falar com o elefante. Um advogado se adiantou, muito digno: – É para mim. Com licença. E tomou o fone: – Alô? É o Hélio Fontes. Pode falar”.
(SABINO, Fernando. Livro aberto. Rio de Janeiro: Record, 2001, p.127).
Na composição do texto, é incorreto afirmar que
Alternativas
Q891708 Português
A gradação se configura como uma das figuras semânticas que lida com aspectos interpretativos da fala ou do texto, alterando a percepção do leitor ou do interlocutor em questão. Desta forma, sua ocorrência está mais ligada a questões semânticas do que sintáticas ou sonoras. A sua principal função é propor uma sequência de palavras e/ou expressões que intensifiquem uma mesma ideia ou elemento, a fim de destacar este componente dos demais, demonstrando uma espécie de crescimento ou evolução pelo qual ele passou no enunciado.
A esse respeito, leia o conto “A mania”, de Carlos Herculano Lopes.
“Há muitos anos, em Santa Marta, viveu um rapaz que voava. Meu tio Otacílio lembra-se de tê-lo visto. Muito alto e magro, ele possuía a estranha mania de ficar em cima de uma ponte olhando para a cachoeira e os redemoinhos que nela se formavam. Ali o moço passava horas, tardes inteiras, semanas seguidas, e ninguém se preocupava, pois aquele era um costume antigo, adquirido desde a sua mais tenra infância. A última vez que foi visto aconteceu em um mês de dezembro. Dizem que chovia muito e ele pairava entre as árvores, com os olhos fixos na água”.
(LOPES, Carlos Herculano. Coração aos pulos. Rio de Janeiro: Record, 2001, p.45).
Assinale a passagem em que há exemplo de gradação.
Alternativas
Respostas
1: A
2: C
3: C
4: A
5: A