Questões Militares de Português - Flexão verbal de número (singular, plural)
Foram encontradas 112 questões
Q2169321
Português
Texto associado
Texto 01
Cultivar a amizade
No Brasil, o ideal da família como fonte de segurança de felicidade permanece forte. Apesar de estar
aumentando consideravelmente o número de brasileiros que vivem sozinhos por opção, o valor da vida em família ainda
é dominante.
A escolha de não ter filhos, apesar de cada vez mais frequente, não é totalmente legítima em nossa cultura. As
brasileiras que fazem essa escolha ainda são percebidas como desviantes e são muito questionadas sobre as razões de
optarem por algo fora do modelo tradicional.
Uma das principais razões apontadas para a decisão de ter filhos é a necessidade de ter segurança, amparo, apoio
e companhia na velhice. As mulheres perguntam para aquelas que optam por não terem filhos: “Mas como vai ser a
velhice? Como vai enfrentar uma velhice solitária? Por que não adota ?”
A imagem do velho sozinho é associada ao abandono, desamparo, fracasso, insegurança. Os filhos são vistos
como uma possível proteção contra a velhice solitária e infeliz, uma espécie de seguro contra a velhice desamparada.
GOLDENBERG, Mirian. A Invenção de uma Bela Velhice. Ed. Record. p.85-86. 2021
Observe o fragmento de texto abaixo:
“As brasileiras que fazem essa escolha ainda são percebidas como desviantes e são muito questionadas sobre as razões de optarem por algo fora do modelo tradicional.”
Se o termo “brasileiras” estivesse no singular, mantendo-se os tempos verbais, estaria CORRETO o texto indicado na alternativa
“As brasileiras que fazem essa escolha ainda são percebidas como desviantes e são muito questionadas sobre as razões de optarem por algo fora do modelo tradicional.”
Se o termo “brasileiras” estivesse no singular, mantendo-se os tempos verbais, estaria CORRETO o texto indicado na alternativa
Ano: 2023
Banca:
Marinha
Órgão:
Comando do 1º Distrito Naval
Prova:
Marinha - 2023 - Comando do 1º Distrito Naval - Oficial |
Q2132050
Português
Texto associado
Texto 01
Bibliotecas
Márcio Tavares D'Amaral
A biblioteca de Alexandria foi a maior da
Antiguidade. Fundada no século IlI a.C., teve a missão de
engaiolar ao menos um exemplar de todos os livros
escritos no mundo. Setecentos mil rolos e papiros foram
protegidos pelas suas paredes! Estava aberta a todas as
áreas da poderosa inquietação que nos move a ser e
saber mais do que temos sabido e sido. Uma fonte, uma
torrente, uma gula de inundar desertos. A biblioteca de
Alexandria existiu de verdade. E, tendo sido destruída, é
também, até hoje, para quem gosta de livros, um mito. A
mãe das bibliotecas. A casa dos sábios.
Alguns dos nossos fundadores trabalharam nela e
inventaram uma parte da nossa cultura, a que, dizem hoje
alguns, perdeu sua força e vai para as gôndolas de
perfumaria no megamercado do mundo. Custa crer. Se ela
não tivesse sido incendiada, bastaria ir lá, intoxicar-se com
o ar de séculos de poeira acumulada, respirar a História e
desmentir essa profecia. Mas ela de fato foi incendiada.
Setecentos mil livros! Se parássemos um pouco nossas
correrias, poderíamos olhar com veneração para essa
fogueira. Nela ardem também outras bibliotecas,
aposentam-se da vida outros livros. É triste. E tem um
sabor de símbolo nessa época voraz de informação. A
época do Kindle, biblioteca portátil.
Pensem que Ptolomeu, o grande astrônomo que
defendeu a ideia de que a Terra era o centro do universo,
trabalhou lá. Como, antes dele, Aristarco de Sarnas, que,
ao contrário, postulava o sol como centro, e a Terra como
humilde circuladora em torno da sua estrela. Não lhe
deram ouvidos. Mas seu livro ficou lá, mudamente dando
testemunho da verdade. Foi copiado. Escapou assim do
incêndio. E cimentou parte do mundo que é o nosso. E
Arquimedes? Também ele trabalhou ali. Pode ter
encontrado entre suas prateleiras e armários a ideia
extraordinária de com uma alavanca e um apoio mover o
mundo. A biblioteca de Alexandria era uma alavanca. E um
apoio. Moveu o mundo antigo, pai e mãe do nosso. E
Euclides, cujo nome por vinte e três séculos, até o nosso
XIX, foi sinônimo de matemática. Euclides também. Como
Galena, que frequentou aquelas salas e foi longamente o
mestre da medicina. A mim encanta Hipatia. Foi diretora
da Biblioteca, astrônoma e matemática. Mas, sobretudo,
até o século XX, a única filósofa registrada na nossa
corporação. A única mulher filósofa. É incrível. A filosofia é
mulher. A solitária Hipatia aponta um dedo acusador para
a nossa cultura de machos. Era pagã. Foi morta por
cristãos durante uma sublevação. Também isso fala mal
de nós. Devíamos pensar um pouco nessas coisas no
tempo em que as bibliotecas, dizem, vão em breve se tornar obsoletas. Cabem num Kindle.
O incêndio da biblioteca de Alexandria é de autoria
incerta. Já foi atribuído a Júlio César, e estaria envolvido
na história de amor do cônsul romano com a rainha
Cleópatra do Egito. Amor e poder, incêndio na certa. A
história mais cenográfica é a da queima ordenada pelo
governador do Egito logo depois da sua conquista pelo
califa Omar. Teria sido em 646. E não um incêndio
qualquer: os papiros e pergaminhos teriam sido levados
para as caldeiras que esquentavam os banhos públicos e
queimados lentamente, esquentando a água, dias a fio.
Não tanto o incêndio do prédio: a biblioteca ela mesma, os
livros, combustível para a água quente dos alexandrinos.
Que imagem! Que sofrimento. Mas o mais provável é que
o imperador romano a tenha incendiado de fato 50 anos
antes, em 595, como ato de guerra. Guerras, destinos
mortais de bibliotecas? Em todo caso, feridas no corpo da
nossa história. A Inquisição e o Terceiro Reich também
queimaram algumas. A leitura é a nossa arma de combate.
Bibliotecas não apenas guardam. Também geram.
Quando, no século IX, Carlos Magno quis restaurar o
Império do Ocidente destruído pelos germânicos, precisou
de livros. A Europa conservara sua memória nas grandes
bibliotecas dos mosteiros da Irlanda. Vieram, os monges e
os livros. E a Europa começou de novo. E as
universidades foram criadas - em torno de bibliotecas. A
Universidade de Paris depois se chamou Sorbonne porque
o colégio criado por Robert de Sorbon para moradia e
lugar de trabalho para estudantes pobres tinha muitos
livros. Os livros criaram a Sorbonne. Era assim, então.
Hoje bibliotecas não merecem mais a admiração
quase religiosa dos tempos passados. A nossa cultura
transforma-se rapidamente numa experiência de
estocagem e uso de informação. Arquivamento e
consumo. Temos o Kindle. O Kindle é, que não haja a
menor dúvida, uma das maravilhas da nossa civilização
tecnológica. Cabem nele a biblioteca de Alexandria e as
dos mosteiros irlandeses, talvez. É verdade. Mas não tem
maciez. Não cheira. Não se desfaz, como os livros velhos.
Não vive.
Quem tiver uns livros em casa, guarde-os. Se você
ainda ama os livros, de fato, conserve-se. São pedaços de
História. Podem desaparecer. Podem também salvar.
(Jornal O Globo, Sábado 5.9.2015. Texto adaptado)
Na sentença "[ ... ] saber mais do que temos sabido e sido."
(1º§), a locução verbal está flexionada na:
Ano: 2022
Banca:
INSTITUTO AOCP
Órgão:
PM-ES
Prova:
INSTITUTO AOCP - 2022 - PM-ES - Capitão Oficial Músico |
Q2098442
Português
Texto associado
Leia o texto a seguir para responder a questão.
Asas que absorvem o som
Revista Pesquisa FAPESP
Estruturas microscópicas na escama das asas de
duas espécies de mariposa – a chinesa Antheraea
pernyi e a africana Dactyloceras lucina – são capazes
de absorver grande parte das ondas de ultrassom
emitidas por seus principais predadores, os
morcegos, constataram pesquisadores da
Universidade de Bristol, no Reino Unido (PNAS, 8 de
dezembro). Em suas caçadas noturnas, os morcegos
emitem silvos e guinchos ultrassônicos. Essas ondas
batem no corpo das presas e retornam ao ouvido
desses mamíferos alados, permitindo-lhes localizar o
jantar. A equipe liderada pelo biólogo acústico Marc
Holderied, de Bristol, observou que as escamas das
asas das mariposas vibram e abafam as ondas
ultrassônicas – cada escama tem 1 milímetro de
comprimento e 200 micrômetros de espessura.
Combinadas, as dezenas de milhares de escamas
absorvem mais ultrassom que a soma de suas partes,
abafando uma faixa de frequências entre 20 quilohertz (kHz) e 160 kHz e criando uma camuflagem
sonora que dificulta a localização das mariposas. A
nanoestrutura descoberta pode inspirar o
desenvolvimento de novos materiais redutores de
ruídos.
Disponível em: https://revistapesquisa.fapesp.br/wpcontent/uploads/2021/01/012-017_notas_299.pdf. Acesso em: 09
jun. 2022.
Analise o uso e a classificação dos verbos
destacados no excerto retirado do texto: “A
equipe liderada pelo biólogo acústico Marc
Holderied, de Bristol, observou que as escamas
das asas das mariposas vibram e abafam as
ondas ultrassônicas [...]” e assinale a alternativa
correta.
Q2097625
Português
Considere o seguinte parágrafo:
Partilhar conhecimentos e bens é uma forma inovadora de reduzir o impacto negativo da informalidade, que achata a renda das famílias. Alguém que __________ consertar uma geladeira, por exemplo, talvez __________ de algum conhecimento seu. E você, assim, __________ a geladeira consertada em troca de suas habilidades.
(Disponível em: https://www1.folha.uol.com.br/colunas/mariaines/2020/05/reconstrucao-do-consumo-exigira-colaboracao-e-desprendimento.shtml.)
Assinale a alternativa que preenche corretamente as lacunas na ordem em que aparecem no texto.
Partilhar conhecimentos e bens é uma forma inovadora de reduzir o impacto negativo da informalidade, que achata a renda das famílias. Alguém que __________ consertar uma geladeira, por exemplo, talvez __________ de algum conhecimento seu. E você, assim, __________ a geladeira consertada em troca de suas habilidades.
(Disponível em: https://www1.folha.uol.com.br/colunas/mariaines/2020/05/reconstrucao-do-consumo-exigira-colaboracao-e-desprendimento.shtml.)
Assinale a alternativa que preenche corretamente as lacunas na ordem em que aparecem no texto.
Q2063094
Português
Texto associado
Atualmente, a maioria das considerações sobre a violência se concentra na criminalidade, cujo aumento quer denunciar. Mas
essa progressão da violência criminal não foi provada e o que se assiste é, ao contrário, uma pacificação progressiva da sociedade;
admitindo-se ou não, os costumes se civilizaram. O fato de a opinião pública preocupar-se com uma crescente insegurança não tem
entretanto nada a ver com o volume efetivo da criminalidade, mas sim com as normas a partir das quais concebemos os fenômenos
criminosos. Ao contrário das sociedades do passado, as nossas estão habituadas a uma segurança cada vez maior, que não depende
só dos números da criminalidade, mas também e até mais da organização dos seguros e da previdência social, da homogeneidade de
um espaço de livre circulação, da regulação de múltiplos aspectos da vida através do Estado. Sobre o pano de fundo de uma segurança crescente, os comportamentos criminosos são percebidos com uma ansiedade desproporcional em relação ao seu volume
real. No entanto, isso não significa que a mudança das normas possa ser subestimada.
Do ponto de vista histórico, é difícil dispor de informações quantitativas certas sobre um passado distante, mas nossa ignorância não é total; em todo caso, tudo o que sabemos vai na mesma direção: a violência é a marca registrada de períodos inteiros do
passado.
(Adaptado de: MICHAUD, Yves. A violência. Tradução de L. Garcia. São Paulo: Editora Ática,1989)
Dos seguintes trechos extraídos do texto, aquele cujo enunciado NÃO carrega marca da 1ª pessoa do plural é: