Questões Militares de História - Colonialismo espanhol: Ocupação e exploração do território americano

Após tentativas frustradas, os espanhóis entenderam que a sua única chance de triunfo seria a formação de um exército de espanhóis numericamente superior à população a ser derrotada, objetivo que somente foi atingido no referido ano de 1519.

A derrota asteca foi enormemente facilitada pelas condições geográficas da localização do seu povo e dos seus governantes, um desfiladeiro que facilitou o cerco dos espanhóis.

Diferentemente de outras civilizações existentes na região do México, entranhadas no interior do território, a derrota asteca teve como importante fator a sua localização quase litorânea

Uma tática fundamental dos espanhóis, dadas as difíceis condições de penetração no território e o baixo número de conquistadores no seu “exército”, foi a de solapar o sistema de alianças e de submissão que os astecas mantinham com outros grupos no seu entorno.

A conquista da cidadela asteca requereu mais de dez anos de lutas quase ininterruptas, sendo estimado um número de mais de 15 mil espanhóis mortos em combate.

Um fator importante para o ensino é que o conceito de expansão deve ser visto de maneira mais complexa, conforme o proposto pelos especialistas.

Para que este assunto possa ser problematizado da maneira proposta, é indispensável perceber o intento tendo como plano de fundo, as características políticas do período, sobretudo as portuguesas, visto que o pioneirismo daquele país permitiu que outros Estados se lançassem à ampliação de suas fronteiras.

A formação do Estado Moderno de Portugal, em 1385, promoveu a submissão ainda maior da nobreza ao poder do rei e a junção dos interesses do último à burguesia mercantil.

O conceito de expansão econômica europeia deve ser percebido em sua representação, para isso, faz-se necessário atentar para a relação estabelecida entre consolidação do capitalismo comercial e a busca de riquezas (sejam estas minerais ou tropicais), bem como associar a esses fatores a autonomia real em detrimento à nobreza (a última figura era desprovida pelo menos em Portugal, pioneiro nas grandes navegações, de quaisquer tipos de privilégio ou autonomia).

Transferência aos conquistadores do direito ilimitado de exploração das terras pertencentes à Coroa

Cobrança de tributos dos moradores locais, privilégio confiado pela Coroa aos conquistadores.

Fixação de salário a ser pago aos nativos que aceitassem trabalhar para os conquistadores.

Processo de exploração da mão de obra local que não envolvia a evangelização dos nativos.

Exploração de mão de obra restrita à agricultura, vedado seu uso na extração de metais preciosos.

a colonização significava catequese de povos indígenas e africanos originários da América, e esta cristianização ensinava aos indígenas como ser dóceis no trabalho.

a catequese era, simultaneamente, um mecanismo civilizatório (cristianizador) e também colonizatório, na medida em que recolocava os povos indígenas no mundo hispânico dos céus (da Igreja) e da terra (do Estado).

catequizar e colonizar eram práticas similares no mundo espanhol da América porque ambas eram feitas pelos governadores e seus discípulos, os padres jesuítas, emissários do Estado hispânico na América e eternos aliados do monarca.

colonizar significava catequizar os povos da América, já que, quando estes se tornavam católicos, perdiam o direito a suas terras, entregando-as aos europeus, seus catequizadores, por meio de bulas e tratados como o de Tordesilhas.