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Q2336160 Português
“São tantas formas de matar um preto Que para alguns sua morte é justificada Devia tá fazendo coisa errada Se não era bandido, um dia ia ser Por ser PRETO sua morte é defendida O PRETO sempre merece morrer”.
       A estrofe acima é do poeta e educador social Baticum Proletário, que atua na periferia de Fortaleza, no Ceará, preparando jovens — em quase sua totalidade negros — para enfrentar as dificuldades impostas pelo racismo estrutural no país.
     É a partir da arte que Baticum consegue envolver a juventude em um projeto de fortalecimento dessa população ao promover batalhas de rimas, slams e saraus com temáticas que discutem os problemas sociais. Não por acaso, o tema mais explorado nas rimas, versos e prosas é a violência. De acordo com o mais recente Atlas da violência, em 2019, os negros representaram 77% das vítimas de homicídios, quase 30 assassinatos por 100 mil habitantes, a maioria deles jovens.
    O Atlas revela ainda que um negro tem quase 2,7 vezes mais chance de ser morto do que um branco, o que justifica o movimento de resistência crescente no Brasil.
MENDONÇA, F. Disponível em: www.cartacapital.com.br. Acesso em: 22 nov. 2021 (adaptado).


O uso de citação e de dados estatísticos nesse texto tem o objetivo de
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Q2336159 Português
TEXTO I

Alegria, alegria
O sol nas bancas de revista Me enche de alegria e preguiça Quem lê tanta notícia Eu vou Por entre fotos e nomes Os olhos cheios de cores O peito cheio de amores vãos Eu vou Por que não, por que não?
VELOSO, C. Alegria, alegria. Rio de Janeiro: Polygram, 1990 (fragmento).


TEXTO II

Anjos tronchos

Uns anjos tronchos do Vale do Silício Desses que vivem no escuro em plena luz Disseram vai ser virtuoso no vício Das telas dos azuis mais do que azuis
Agora a minha história é um denso algoritmo Que vende venda a vendedores reais Neurônios meus ganharam novo outro ritmo E mais, e mais, e mais, e mais, e mais
VELOSO, C. Meu coco. Rio de Janeiro: Sony, 2021 (fragmento).

Embora oriundas de momentos históricos diferentes, essas letras de canção têm em comum a
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Q2336157 Português
     Mandioca, macaxeira, aipim e castelinha são nomes diferentes da mesma planta. Semáforo, sinaleiro e farol também significam a mesma coisa. O que muda é só o hábito cultural de cada região. A mesma coisa acontece com a Língua Brasileira de Sinais (Libras). Embora ela seja a comunicação oficial da comunidade surda no Brasil, existem sinais que variam em relação à região, à idade e até ao gênero de quem se comunica. A cor verde, por exemplo, possui sinais diferentes no Rio de Janeiro, Paraná e São Paulo. São os regionalismos na língua de sinais.
       Essas variações são um dos temas da disciplina Linguística na língua de sinais, oferecida pela Universidade Estadual Paulista (Unesp) ao longo do segundo semestre. “Muitas pessoas pensam que a língua de sinais é universal, o que não é verdade”, explica a professora e chefe do Departamento de Linguística, Literatura e Letras Clássicas da Unesp. “Mesmo dentro de um mesmo país, ela sofre variação em relação à localização geográfica, à faixa etária e até ao gênero dos usuários”, completa a especialista.
        Os surdos podem criar sinais diferentes para identificar lugares, objetos e conceitos. Em São Paulo, o sinal de “cerveja” é feito com um giro do punho como uma meia-volta. Em Minas, a bebida é citada quando os dedos indicador e médio batem no lado do rosto. Também ocorrem mudanças históricas. Um sinal pode sofrer alterações decorrentes dos costumes da geração que o utiliza.
Disponível em: www.educacao.sp.gov.br. Acesso em: 1 nov. 2021 (adaptado).


Nesse texto, a Língua Brasileira de Sinais (Libras)
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Q2336155 Português
Dão Lalalão

     Do povoado do Ão, ou dos sítios perto, alguém precisava urgente de querer vir por escutar a novela do rádio. Ouvia-a, aprendia-a, guardava na ideia, e, retornado ao Ão, no dia seguinte, a repetia a outros.
     Assim estavam jantando, vinham os do povoado receber a nova parte da novela do rádio. Ouvir já tinham ouvido tudo, de uma vez, fugia da regra: falhara ali no Ão, na véspera, o caminhão de um comprador de galinhas e ovos, seo Abrãozinho Buristém, que carregava um rádio pequeno, de pilhas, armara um fio no arame da cerca... Mas queriam escutar outra vez, por confirmação. — “A estória é estável de boa, mal que acompridada: taca e não rende...” — explicava o Zuz ao Dalberto.
     Soropita começou a recontar o capítulo da novela. Sem trabalho, se recordava das palavras, até com clareza — disso se admirava. Contava com prazer de demorar, encher a sala com o poder de outros altos personagens. Tomar a atenção de todos, pudesse contar aquilo noite adiante. Era preciso trazer luz, nem uns enxergavam mais os outros; quando alguém ria, ria de muito longe. O capítulo da novela estava terminando.
ROSA, J. G. Noites do sertão (Corpo de baile). São Paulo: Global, 2021.


Nesse trecho do conto, o gosto dos moradores do povoado por ouvir a novela de rádio recontada por Soropita deve-se ao(à)
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Q2336154 Português
Girassol da madrugada

Teu dedo curioso me segue lento no rosto
Os sulcos, as sombras machucadas por onde a     [vida passou.
Que silêncio, prenda minha...
Que desvio triunfal     [da verdade,
Que círculos vagarosos na lagoa em que uma asa     [gratuita roçou...
Tive quatro amores eternos... O primeiro era moça donzela, O segundo... eclipse, boi que fala, cataclisma, O terceiro era a rica senhora, O quarto és tu... E eu afinal me repousei dos     [meus cuidados
ANDRADE, M. Poesias completas. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 2013 (fragmento).

Perante o outro, o eu lírico revela, na força das memórias evocadas, a
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Respostas
26: D
27: B
28: A
29: D
30: C