No Brasil, após a eclosão da Bossa Nova, no fim dos
anos 1950 — quando efetivamente a canção popular
começou a ser objeto de debate e análise por parte das
elites culturais — desenvolveram-se duas principais
vertentes interpretativas da nossa música: a vertente
da tradição e a vertente da modernidade, dualismo que
não surgiu nesta época e nem se restringe ao tema da
produção musical. Desde pelo menos 1922, a tensão
entre “tradicional” e “moderno” ocupa o centro do debate
político-cultural no país, refletindo o dilema de uma elite
em busca da identidade brasileira.
ARAÚJO, P. C. Eu não sou cachorro, não. Rio de Janeiro: Record, 2013.
A manifestação cultural que, a partir da década de 1960,
pretendeu sintetizar o dualismo apresentado no texto foi: