Questões do ENEM 2019 para Vestibular - 2° Dia - PPL
Foram encontradas 39 questões
Ano: 2019
Banca:
INEP
Órgão:
ENEM
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INEP - 2019 - ENEM - Vestibular - PPL
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Q1274799
Português
De vez em quando, nas redes sociais, a gente se pega compartilhando notícias falsas, fotos modificadas, boatos de todo tipo. O problema é quando a matéria é falsa. E, pior ainda, se é uma matéria falsa que não foi criada
por motivos humorísticos ou literários (sim, considero o “jornalismo ficcional” uma interessante forma de literatura),
mas para prejudicar a imagem de algum partido ou de algum político, não importa de que posição ou tendência.
Inventa-se uma arbitrariedade ou falcatrua, joga-se nas redes sociais e aguarda-se o resultado. Nesse caso, a
multiplicação da notícia falsa (que está sempre sujeita a ser denunciada juridicamente como injúria, calúnia ou
difamação) se dá em várias direções. Antes de curtir, comentar ou compartilhar, procuro checar as fontes, ir aos links originais.
TAVARES, B. Disponível em: www.cartafundamental.com.br. Acesso em: 20 jan. 2015 (adaptado).
O texto expõe a preocupação de uma leitora de notícias on-line de que o compartilhamento de conteúdos falsos pode ter como consequência a
O texto expõe a preocupação de uma leitora de notícias on-line de que o compartilhamento de conteúdos falsos pode ter como consequência a
Ano: 2019
Banca:
INEP
Órgão:
ENEM
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Q1274800
Português
19-11-1959
Eu a conheci da primeira vez em que estive aqui. Parece-me que é esquizofrênica, caso crônico, doente há
mais de vinte anos — não estou bem certa. Foi transferida para a Colônia Juliano Moreira e nunca mais a vi. [...]
À tarde, quando ia lá, pedia-lhe para cantar a ária da Bohème, “Valsa da Musetta”. Dona Georgiana, recortada no
meio do pátio, cantava — e era de doer o coração. As dementes, descalças e rasgadas, paravam em surpresa,
rindo bonito em silêncio, os rostos transformados. Outras, sentadas no chão úmido, avançavam as faces inundadas
de presença — elas que eram tão distantes. Os rostos fulgiam por instantes, irisados e indestrutíveis. Me deixava
imóvel, as lágrimas cegando-me. Dona Georgiana cantava: cheia de graça, os olhos azuis sorrindo, aquele passado
tão presente, ela que fora, ela que era, se elevando na limpidez das notas, minhas lágrimas descendo caladas, o
pátio de mulheres existindo em dor e beleza. A beleza terrífica que Puccini não alcançou: uma mulher descalça,
suja, gasta, louca, e as notas saindo-lhe em tragicidade difícil e bela demais — para existir fora de um hospício.
CANÇADO, M. L. Hospício é Deus. Belo Horizonte: Autêntica, 2015.
O diário da autora, como interna de hospital psiquiátrico, configura um registro singular, fundamentado por uma percepção que
O diário da autora, como interna de hospital psiquiátrico, configura um registro singular, fundamentado por uma percepção que
Ano: 2019
Banca:
INEP
Órgão:
ENEM
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Q1274801
Português

VERISSIMO, L. F. As cobras em: se Deus existe que eu seja atingido por um raio. Porto Alegre: L&PM, 2000.
No que diz respeito ao uso de recursos expressivos em diferentes linguagens, o cartum produz humor brincando com a
Ano: 2019
Banca:
INEP
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ENEM
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Q1274802
Português
A porca e os sete leitões
É um mito que está desaparecendo, pouca gente o conhece. É provável que a geração infantil atual o desconheça. (Em nossa infância em Botucatu, ouvimos falar que aparecia atrás da igreja de São Benedito no largo do Rosário.) Aparece atrás das igrejas antigas. Não faz mal a ninguém, pode-se correr para apanhá-la com seus bacorinhos que não se conseguirá. Desaparecem do lugar costumeiro da aparição, a qual só se dá à noite, depois de terem “cumprido a sina”. Em São Luís do Paraitinga, informaram que se a gente atirar contra a porca, o tiro não acerta. Ninguém é dono dela e por muitos anos apareceu atrás da igreja de Nossa Senhora das Mercês, na cidade onde nasceu Oswaldo Cruz. ARAÚJO, A. M. Folclore nacional I: festas, bailados, mitos e lendas. São Paulo: Martins Fontes, 2004.
Os mitos são importantes para a cultura porque, entre outras funções, auxiliam na composição do imaginário de um povo por meio da linguagem. Esse texto contribui com o patrimônio cultural brasileiro porque
É um mito que está desaparecendo, pouca gente o conhece. É provável que a geração infantil atual o desconheça. (Em nossa infância em Botucatu, ouvimos falar que aparecia atrás da igreja de São Benedito no largo do Rosário.) Aparece atrás das igrejas antigas. Não faz mal a ninguém, pode-se correr para apanhá-la com seus bacorinhos que não se conseguirá. Desaparecem do lugar costumeiro da aparição, a qual só se dá à noite, depois de terem “cumprido a sina”. Em São Luís do Paraitinga, informaram que se a gente atirar contra a porca, o tiro não acerta. Ninguém é dono dela e por muitos anos apareceu atrás da igreja de Nossa Senhora das Mercês, na cidade onde nasceu Oswaldo Cruz. ARAÚJO, A. M. Folclore nacional I: festas, bailados, mitos e lendas. São Paulo: Martins Fontes, 2004.
Os mitos são importantes para a cultura porque, entre outras funções, auxiliam na composição do imaginário de um povo por meio da linguagem. Esse texto contribui com o patrimônio cultural brasileiro porque
Ano: 2019
Banca:
INEP
Órgão:
ENEM
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Q1274803
Português
É através da linguagem que uma sociedade se
comunica e retrata o conhecimento e entendimento de
si própria e do mundo que a cerca. É na linguagem que
se refletem a identificação e a diferenciação de cada
comunidade e também a inserção do indivíduo em
diferentes agrupamentos, estratos sociais, faixas etárias,
gêneros, graus de escolaridade. A fala tem, assim, um
caráter emblemático, que indica se o falante é brasileiro
ou português, francês ou italiano, alemão ou holandês,
americano ou inglês, e, mais ainda, sendo brasileiro, se
é nordestino, sulista ou carioca. A linguagem também
oferece pistas que permitem dizer se o locutor é homem
ou mulher, se é jovem ou idoso, se tem curso primário,
universitário ou se é iletrado. E, por ser um parâmetro
que permite classificar o indivíduo de acordo com sua
nacionalidade e naturalidade, sua condição econômica
ou social e seu grau de instrução, é frequentemente
usado para discriminar e estigmatizar o falante.
LEITE, Y.; CALLOU, D. Como falam os brasileiros. Rio de Janeiro: Jorge Zahar, 2002.
Nesse texto acadêmico, as autoras fazem uso da linguagem formal para
LEITE, Y.; CALLOU, D. Como falam os brasileiros. Rio de Janeiro: Jorge Zahar, 2002.
Nesse texto acadêmico, as autoras fazem uso da linguagem formal para
Ano: 2019
Banca:
INEP
Órgão:
ENEM
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Q1274804
Português

Disponível em: http://jconlineinteratividade.ne10.uol.com.br. Acesso em: 17 set. 2015.
Ao relacionar o problema da seca à inclusão digital, essa charge faz uma crítica a respeito da
Ano: 2019
Banca:
INEP
Órgão:
ENEM
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Q1274805
Português
Em suas produções, nem o olho nem o ouvido
são capazes de encontrar um ponto fixo no qual se
concentrarem. O espectador das peças de Foreman é
bombardeado por uma multiplicidade de eventos visuais
e auditivos. No nível visual, há contínuas mudanças
da forma geométrica do palco, mesmo dentro de um
ato. A iluminação também muda continuamente; suas
transformações podem ocorrer com lentidão ou rapidez
e podem afetar o palco e a plateia: os espectadores
podem de súbito se ver banhados de luz quando os
canhões são voltados para eles sem aviso. Quanto
ao som, tudo é gravado: buzinas de carros, sirenes,
apitos, trechos de jazz, bem como o próprio diálogo.
O roteiro é fragmentado, composto de frases curtas,
aforísticas, desconectadas.
DURAND, R. In: CONNOR, S. Cultura pós-moderna: introdução às
teorias do contemporâneo. São Paulo: Loyola, 1992 (adaptado).
A descrição, que referencia o Teatro Ontológico-Histérico do dramaturgo estadunidense Richard Foreman, representa uma forma de fazer teatro marcada pela
A descrição, que referencia o Teatro Ontológico-Histérico do dramaturgo estadunidense Richard Foreman, representa uma forma de fazer teatro marcada pela
Ano: 2019
Banca:
INEP
Órgão:
ENEM
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Q1274806
Português
A mídia divulga à exaustão um padrão corporal
determinado, padrão único, branco, jovem, musculoso
e, especialmente no caso do corpo feminino, magro.
Pesquisas apontam para o fato de que esse padrão
de beleza divulgado se aplica apenas de 5 a 8% da
população mundial. Especialmente no Brasil, onde a
diversidade é uma característica marcante, a mídia no
geral acaba por mostrar seu desprezo pela riqueza de
tipos, de raças, pela própria mestiçagem, insistindo
num padrão único de beleza tanto para mulheres
quanto para homens.
MALDONADO, G. A educação física e o adolescente: a imagem corporal e a estética da transformação na mídia impressa. Revista Mackenzie de Educação Física e Esportes, n. 1, 2006 (adaptado).
Em relação aos aspectos do padrão corporal dos brasileiros, compreende-se que esta população
MALDONADO, G. A educação física e o adolescente: a imagem corporal e a estética da transformação na mídia impressa. Revista Mackenzie de Educação Física e Esportes, n. 1, 2006 (adaptado).
Em relação aos aspectos do padrão corporal dos brasileiros, compreende-se que esta população
Ano: 2019
Banca:
INEP
Órgão:
ENEM
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Q1274807
Português
O mato do Mutúm é um enorme mundo preto, que
nasce dos buracões e sobe a serra. O guará-lobo trota
a vago no campo. As pessôas mais velhas são inimigas
dos meninos. Soltam e estumam cachorros, para ir
matar os bichinhos assustados — o tatú que se agarra
no chão dando guinchos suplicantes, os macacos que
fazem artes, o coelho que mesmo até quando dorme
todo-tempo sonha que está sendo perseguido. O tatú
levanta as mãozinhas cruzadas, ele não sabe — e os
cachorros estão rasgando o sangue dele, e ele pega a
sororocar. O tamanduá. Tamanduá passeia no cerrado,
na beira do capoeirão. Ele conhece as árvores, abraça
as árvores. Nenhum nem pode rezar, triste é o gemido
deles campeando socôrro. Todo choro suplicando por
socôrro é feito para Nossa Senhora, como quem diz
a salve-rainha. Tem uma Nossa Senhora velhinha. Os
homens, pé-ante-pé, indo a peitavento, cercaram o
casal de tamanduás, encantoados contra o barranco,
o casal de tamanduás estavam dormindo. Os homens
empurraram com a vara de ferrão, com pancada bruta,
o tamanduá que se acordava. Deu som surdo, no corpo
do bicho, quando bateram, o tamanduá caiu pra lá, como
um colchão velho.
ROSA, G. Noites do sertão (Corpo de baile). Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 2016.
Na obra de Guimarães Rosa, destaca-se o aspecto afetivo no contorno da paisagem dos sertões mineiros. Nesse fragmento, o narrador empresta à cena uma expressividade apoiada na
ROSA, G. Noites do sertão (Corpo de baile). Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 2016.
Na obra de Guimarães Rosa, destaca-se o aspecto afetivo no contorno da paisagem dos sertões mineiros. Nesse fragmento, o narrador empresta à cena uma expressividade apoiada na
Ano: 2019
Banca:
INEP
Órgão:
ENEM
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Q1274808
Português
Alegria, alegria
Que maravilhoso país o nosso, onde se pode
contratar quarenta músicos para tocar um uníssono.
(Mile Davis, durante uma gravação)
antes havia orlando silva & flauta, e até mesmo no
meio do meio-dia. antes havia os prados e os bosques
na gravura dos meus olhos. antes de ontem o céu estava
muito azul e eu & ela passamos por baixo desse céu. ao
mesmo tempo, com medo dos cachorros e sem muita
pressa de chegar do lado de lá.
do lado de cá não resta quase ninguém. apenas os
sapatos polidos refletem os automóveis que, por sua
vez, polidos, refletem os sapatos...
VELOSO, C. Seleção de textos. São Paulo: Abril Educação, 1981.
Quanto ao seu aspecto formal, a escrita do texto de Caetano Veloso apresenta um(a)
Quanto ao seu aspecto formal, a escrita do texto de Caetano Veloso apresenta um(a)
Ano: 2019
Banca:
INEP
Órgão:
ENEM
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Q1274809
Português
10 anos de “hashtag”: a ferramenta que
mobiliza a internet
A “hashtag”, ícone das redes sociais, celebrou em 2017 seus primeiros 10 anos de uso no acompanhamento dos grandes eventos mundiais com um efeito de mobilização e expressão de emoção e humor. A palavra-chave precedida pelo símbolo do jogo da velha foi popularizada pelo Twitter antes de ser incorporada por outras redes sociais. A invenção foi de Chris Messina, designer americano especialista em redes sociais. Em 23 de agosto de 2007, o usuário intensivo do Twitter propôs em um tuíte usar o jogo da velha para reagrupar mensagens sobre um mesmo assunto. Ele lançou, então, a primeira “hashtag” #barcamp sobre oficinas participativas dedicadas à inovação na web. O compartilhamento das palavras-chaves — que já são citadas 125 milhões de vezes por dia no mundo — já serviu de trampolim para mobilizações em massa. Alguns slogans que tiveram grande efeito mobilizador foram o #BlackLivesMatter (Vidas negras importam), após a morte de vários cidadãos americanos negros pela polícia, e #OccupyWallStreet (Ocupem Wall Street), referente ao movimento que acampou no coração de Manhattan para denunciar os abusos do capitalismo. AFP. Disponível em: http://exame.abril.com.br. Acesso em: 24 ago. 2017 (adaptado).
Ao descrever a história e os exemplos de utilização da hashtag, o texto evidencia que
A “hashtag”, ícone das redes sociais, celebrou em 2017 seus primeiros 10 anos de uso no acompanhamento dos grandes eventos mundiais com um efeito de mobilização e expressão de emoção e humor. A palavra-chave precedida pelo símbolo do jogo da velha foi popularizada pelo Twitter antes de ser incorporada por outras redes sociais. A invenção foi de Chris Messina, designer americano especialista em redes sociais. Em 23 de agosto de 2007, o usuário intensivo do Twitter propôs em um tuíte usar o jogo da velha para reagrupar mensagens sobre um mesmo assunto. Ele lançou, então, a primeira “hashtag” #barcamp sobre oficinas participativas dedicadas à inovação na web. O compartilhamento das palavras-chaves — que já são citadas 125 milhões de vezes por dia no mundo — já serviu de trampolim para mobilizações em massa. Alguns slogans que tiveram grande efeito mobilizador foram o #BlackLivesMatter (Vidas negras importam), após a morte de vários cidadãos americanos negros pela polícia, e #OccupyWallStreet (Ocupem Wall Street), referente ao movimento que acampou no coração de Manhattan para denunciar os abusos do capitalismo. AFP. Disponível em: http://exame.abril.com.br. Acesso em: 24 ago. 2017 (adaptado).
Ao descrever a história e os exemplos de utilização da hashtag, o texto evidencia que
Ano: 2019
Banca:
INEP
Órgão:
ENEM
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Q1274810
Português
TEXTO I A introdução de transgênicos na natureza expõe
nossa biodiversidade a sérios riscos, como a perda ou
alteração do patrimônio genético de nossas plantas e
sementes e o aumento dramático no uso de agrotóxicos.
Além disso, ela torna a agricultura e os agricultores
reféns de poucas empresas que detêm a tecnologia e
põe em risco a saúde de agricultores e consumidores.
O Greenpeace defende um modelo de agricultura
baseado na biodiversidade agrícola e que não se utilize
de produtos tóxicos, por entender que só assim teremos
agricultura para sempre.
Disponível em: www.greenpeace.org. Acesso em: 20 maio 2013.
TEXTO II Os alimentos geneticamente modificados disponíveis no mercado internacional não representam um risco à saúde maior do que o apresentado por alimentos obtidos através de técnicas tradicionais de cruzamento agrícola. Essa é a posição de entidades como a Organização Mundial da Saúde (OMS), a Organização das Nações Unidas para Alimentação e para Agricultura (FAO), o Comissariado Europeu para Pesquisa, Inovação e Ciência e várias das principais academias de ciência do mundo. A OMS diz que até hoje não foi encontrado nenhum caso de efeito sobre a saúde, resultante do consumo de alimento geneticamente modificado (GM) “entre a população dos países em que eles foram aprovados”. Disponível em: www.bbc.co.uk. Acesso em: 20 maio 2013.
Os textos tratam de uma temática bastante discutida na atualidade. No que se refere às posições defendidas, os dois textos
TEXTO II Os alimentos geneticamente modificados disponíveis no mercado internacional não representam um risco à saúde maior do que o apresentado por alimentos obtidos através de técnicas tradicionais de cruzamento agrícola. Essa é a posição de entidades como a Organização Mundial da Saúde (OMS), a Organização das Nações Unidas para Alimentação e para Agricultura (FAO), o Comissariado Europeu para Pesquisa, Inovação e Ciência e várias das principais academias de ciência do mundo. A OMS diz que até hoje não foi encontrado nenhum caso de efeito sobre a saúde, resultante do consumo de alimento geneticamente modificado (GM) “entre a população dos países em que eles foram aprovados”. Disponível em: www.bbc.co.uk. Acesso em: 20 maio 2013.
Os textos tratam de uma temática bastante discutida na atualidade. No que se refere às posições defendidas, os dois textos
Ano: 2019
Banca:
INEP
Órgão:
ENEM
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Q1274811
Português
Slow Food
A favor da alimentação com prazer e da responsabilidade socioambiental, o slow food é um movimento que vai contra o ritmo acelerado de vida da maioria das pessoas hoje: o ritmo fast-food, que valoriza a rapidez e não a qualidade. Traduzido na alimentação, o fast-food está nos produtos artificiais, que, apesar de práticos, são péssimos à saúde: muito processados e muito distantes da sua natureza — como os lanches cheios de gorduras, os salgadinhos e biscoitos convencionais etc. etc.
Agora, vamos deixar de lado o fast e entender melhor o slow food. Segundo esse movimento, o alimento deve ser: • bom: tão gostoso que merece ser saboreado com calma, fazendo de cada refeição uma pausa especial do dia; • limpo: bom à saúde do consumidor e dos produtores, sem prejudicar o meio ambiente nem os animais; • justo: produzido com transparência e honestidade social e, de preferência, de produtores locais. Deu pra ver que o slow food traz muita coisa interessante para o nosso dia a dia. Ele resgata valores tão importantes, mas que muitas vezes passam despercebidos. Não é à toa que ele já está contagiando o mundo todo, inclusive o nosso país. Disponível em: www.maeterra.com.br. Acesso em: 5 ago. 2017.
Algumas palavras funcionam como marcadores textuais, atuando na organização dos textos e fazendoos progredir. No segundo parágrafo desse texto, o marcador “agora”
A favor da alimentação com prazer e da responsabilidade socioambiental, o slow food é um movimento que vai contra o ritmo acelerado de vida da maioria das pessoas hoje: o ritmo fast-food, que valoriza a rapidez e não a qualidade. Traduzido na alimentação, o fast-food está nos produtos artificiais, que, apesar de práticos, são péssimos à saúde: muito processados e muito distantes da sua natureza — como os lanches cheios de gorduras, os salgadinhos e biscoitos convencionais etc. etc.
Agora, vamos deixar de lado o fast e entender melhor o slow food. Segundo esse movimento, o alimento deve ser: • bom: tão gostoso que merece ser saboreado com calma, fazendo de cada refeição uma pausa especial do dia; • limpo: bom à saúde do consumidor e dos produtores, sem prejudicar o meio ambiente nem os animais; • justo: produzido com transparência e honestidade social e, de preferência, de produtores locais. Deu pra ver que o slow food traz muita coisa interessante para o nosso dia a dia. Ele resgata valores tão importantes, mas que muitas vezes passam despercebidos. Não é à toa que ele já está contagiando o mundo todo, inclusive o nosso país. Disponível em: www.maeterra.com.br. Acesso em: 5 ago. 2017.
Algumas palavras funcionam como marcadores textuais, atuando na organização dos textos e fazendoos progredir. No segundo parágrafo desse texto, o marcador “agora”
Ano: 2019
Banca:
INEP
Órgão:
ENEM
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INEP - 2019 - ENEM - Vestibular - PPL
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Q1274812
Português
A nossa emotividade literária só se interessa pelos
populares do sertão, unicamente porque são pitorescos
e talvez não se possa verificar a verdade de suas
criações. No mais é uma continuação do exame de
português, uma retórica mais difícil, a se desenvolver
por este tema sempre o mesmo: Dona Dulce, moça
de Botafogo em Petrópolis, que se casa com o
Dr. Frederico. O comendador seu pai não quer
porque o tal Dr. Frederico, apesar de doutor, não tem
emprego. Dulce vai à superiora do colégio de irmãs.
Esta escreve à mulher do ministro, antiga aluna
do colégio, que arranja um emprego para o rapaz.
Está acabada a história. É preciso não esquecer que
Frederico é moço pobre, isto é, o pai tem dinheiro,
fazenda ou engenho, mas não pode dar uma mesada
grande.
Está aí o grande drama de amor em nossas letras, e
o tema de seu ciclo literário.
BARRETO, L. Vida e morte de MJ Gonzaga de Sá.Disponível em: www.brasiliana.usp.br. Acesso em: 10 ago. 2017.
Situado num momento de transição, Lima Barreto produziu uma literatura renovadora em diversos aspectos. No fragmento, esse viés se fundamenta na
BARRETO, L. Vida e morte de MJ Gonzaga de Sá.Disponível em: www.brasiliana.usp.br. Acesso em: 10 ago. 2017.
Situado num momento de transição, Lima Barreto produziu uma literatura renovadora em diversos aspectos. No fragmento, esse viés se fundamenta na
Ano: 2019
Banca:
INEP
Órgão:
ENEM
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Q1274813
Português

Destak, nov. 2015 (adaptado).
A imagem da caneta de tinta vermelha, associada às frases do cartaz, é utilizada na campanha para mostrar ao possível doador que
Ano: 2019
Banca:
INEP
Órgão:
ENEM
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Q1274814
Português
A partir de 2018, a Resolução n. 518 do Contran
obriga todo novo projeto de automóvel, SUV e picape
dupla a ter pontos de ancoragem para cadeirinhas
infantis. Em 2020, a regra passa a valer para todos os
modelos à venda no Brasil. Esse tipo de fixação possui travas na cadeirinha no
formato de garras que são encaixadas em um ponto fixo
na estrutura do veículo. O Isofix reduz o deslocamento
do pescoço, ombros e coluna cervical.
Desde 2008, a Lei da Cadeirinha estabelece que
bebês e crianças só podem ser transportados em
assentos infantis indicados segundo a faixa etária e o
peso. Como reflexo, as mortes de menores de 10 anos
caíram 23% no Brasil.
A cadeirinha do tipo Isofix não é presa no cinto, mas em dois pontos de apoio soldados à estrutura do carro. Há ainda um terceiro ponto, que pode ser de fixação superior (top tether), atrás do encosto. Cada garra de engate se encaixa num ponto de fixação. Depois, é só apertar o botão para soltá-lo.
CARVALHO, C. Disponível em: http://quatrorodas.abril.com.br. Acesso em: 22 ago. 2017 (adaptado).
Segundo o texto, a cadeira infantil do tipo Isofix tem por característica

A cadeirinha do tipo Isofix não é presa no cinto, mas em dois pontos de apoio soldados à estrutura do carro. Há ainda um terceiro ponto, que pode ser de fixação superior (top tether), atrás do encosto. Cada garra de engate se encaixa num ponto de fixação. Depois, é só apertar o botão para soltá-lo.
CARVALHO, C. Disponível em: http://quatrorodas.abril.com.br. Acesso em: 22 ago. 2017 (adaptado).
Segundo o texto, a cadeira infantil do tipo Isofix tem por característica
Ano: 2019
Banca:
INEP
Órgão:
ENEM
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Q1274815
Português
A expansão do português no Brasil, as variações
regionais com suas possíveis explicações e as
raízes das inovações da linguagem estão emergindo
por meio do trabalho de linguistas que estão
desenterrando as raízes do português brasileiro
ao examinar cartas pessoais e administrativas,
testamentos, relatos de viagens, processos
judiciais, cartas de leitores e anúncios de jornais
desde o século XVI, coletados em instituições
como a Biblioteca Nacional e o Arquivo Público do
Estado de São Paulo. No acervo de documentos
que servem para estudos sobre o português paulista
está uma carta de 1807, escrita pelo soldado Manoel
Coelho, que teria seduzido a filha de um fazendeiro.
Quando soube, o pai da moça, enfurecido, forçou o
rapaz a se casar com ela. O soldado, porém, bateu
o pé: “Nem por bem, nem por mar!”, não se casaria.
Um linguista pesquisador estranhou a citação, já
que o fato se passava na Vila de São Paulo, mas
depois percebeu: “Ele quis dizer ‘nem por bem, nem
por mal!’. O soldado escrevia como falava. Não se
sabe se casou com a filha do fazendeiro, mas deixou
uma prova valiosa de como se falava no início do
século XIX.”
FIORAVANTI, C. Ora pois, uma língua bem brasileira. Pesquisa Fapesp, n. 230, abr. 2015 (adaptado).
O fato relatado evidencia que fenômenos presentes na fala podem aparecer em textos escritos. Além disso, sugere que
FIORAVANTI, C. Ora pois, uma língua bem brasileira. Pesquisa Fapesp, n. 230, abr. 2015 (adaptado).
O fato relatado evidencia que fenômenos presentes na fala podem aparecer em textos escritos. Além disso, sugere que
Ano: 2019
Banca:
INEP
Órgão:
ENEM
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Q1274816
Português
Qual a diferença entre publicidade e propaganda?
Esses dois termos não são sinônimos, embora sejam usados indistintamente no Brasil. Propaganda é a atividade associada à divulgação de ideias (políticas, religiosas, partidárias etc.) para influenciar um comportamento. Alguns exemplos podem ilustrar, como o famoso Tio Sam, criado para incentivar jovens a se alistar no exército dos EUA; ou imagens criadas para “demonizar” os judeus, espalhadas na Alemanha pelo regime nazista; ou um pôster promovendo o poderio militar da China comunista. No Brasil, um exemplo regular de propaganda são as campanhas políticas em período pré-eleitoral. Já a publicidade, em sua essência, quer dizer tornar algo público. Com a Revolução Industrial, a publicidade ganhou um sentido mais comercial e passou a ser uma ferramenta de comunicação para convencer o público a consumir um produto, serviço ou marca. Anúncios para venda de carros, bebidas ou roupas são exemplos de publicidade. VASCONCELOS, Y. Disponível em: https://mundoestranho.abril.com.br. Acesso em: 22 ago. 2017 (adaptado).
A função sociocomunicativa desse texto é
Esses dois termos não são sinônimos, embora sejam usados indistintamente no Brasil. Propaganda é a atividade associada à divulgação de ideias (políticas, religiosas, partidárias etc.) para influenciar um comportamento. Alguns exemplos podem ilustrar, como o famoso Tio Sam, criado para incentivar jovens a se alistar no exército dos EUA; ou imagens criadas para “demonizar” os judeus, espalhadas na Alemanha pelo regime nazista; ou um pôster promovendo o poderio militar da China comunista. No Brasil, um exemplo regular de propaganda são as campanhas políticas em período pré-eleitoral. Já a publicidade, em sua essência, quer dizer tornar algo público. Com a Revolução Industrial, a publicidade ganhou um sentido mais comercial e passou a ser uma ferramenta de comunicação para convencer o público a consumir um produto, serviço ou marca. Anúncios para venda de carros, bebidas ou roupas são exemplos de publicidade. VASCONCELOS, Y. Disponível em: https://mundoestranho.abril.com.br. Acesso em: 22 ago. 2017 (adaptado).
A função sociocomunicativa desse texto é
Ano: 2019
Banca:
INEP
Órgão:
ENEM
Provas:
INEP - 2019 - ENEM - Vestibular - PPL
|
INEP - 2019 - ENEM - Vestibular - 2° Dia - PPL |
Q1274817
Português
A máquina extraviada
Você sempre pergunta pelas novidades daqui deste
sertão, e finalmente posso lhe contar uma importante.
Fique o compadre sabendo que agora temos aqui uma
máquina imponente, que está entusiasmando todo
o mundo. Desde que ela chegou — não me lembro
quando, não sou muito bom em lembrar datas — quase
não temos falado em outra coisa; e da maneira que o
povo aqui se apaixona até pelos assuntos mais infantis,
é de admirar que ninguém tenha brigado ainda por
causa dela, a não ser os políticos. [...]
Já existe aqui um movimento para declarar a máquina
monumento municipal. [...] Dizem que a máquina já tem
feito até milagre, mas isso — aqui para nós — eu acho
que é exagero de gente supersticiosa, e prefiro não ficar
falando no assunto. Eu — e creio que também a grande
maioria dos munícipes — não espero dela nada em
particular; para mim basta que ela fique onde está, nos
alegrando, nos inspirando, nos consolando.
VEIGA, J. J. A máquina extraviada: contos.
Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 1974.
Qual procedimento composicional caracteriza a construção do texto?
Qual procedimento composicional caracteriza a construção do texto?
Ano: 2019
Banca:
INEP
Órgão:
ENEM
Provas:
INEP - 2019 - ENEM - Vestibular - PPL
|
INEP - 2019 - ENEM - Vestibular - 2° Dia - PPL |
Q1274818
Português
Biografia de Pasárgada
Quando eu tinha meus 15 anos e traduzia na classe de grego do D. Pedro II a Ciropédia fiquei encantado com o nome dessa cidadezinha fundada por Ciro, o Antigo, nas montanhas do sul da Pérsia, para lá passar os verões. A minha imaginação de adolescente começou a trabalhar, e vi Pasárgada e vivi durante alguns anos em Pasárgada. Mais de vinte anos depois, num momento de profundo desânimo, saltou-me do subconsciente este grito de evasão: “Vou-me embora pra Pasárgada!” Imediatamente senti que era a célula de um poema. Peguei do lápis e do papel, mas o poema não veio. Não pensei mais nisso. Uns cinco anos mais tarde, o mesmo grito de evasão nas mesmas circunstâncias. Desta vez, o poema saiu quase ao correr da pena. Se há belezas em “Vou-me embora pra Pasárgada!”, elas não passam de acidentes. Não construí o poema, ele construiu-se em mim, nos recessos do subconsciente, utilizando as reminiscências da infância — as histórias que Rosa, minha ama-seca mulata, me contava, o sonho jamais realizado de uma bicicleta etc. BANDEIRA, M. Itinerário de Pasárgada. São Paulo: Global, 2012.
O texto é um depoimento de Manuel Bandeira a respeito da criação de um de seus poemas mais conhecidos. De acordo com esse depoimento, o fazer poético em “Vou-me embora pra Pasárgada!”
Quando eu tinha meus 15 anos e traduzia na classe de grego do D. Pedro II a Ciropédia fiquei encantado com o nome dessa cidadezinha fundada por Ciro, o Antigo, nas montanhas do sul da Pérsia, para lá passar os verões. A minha imaginação de adolescente começou a trabalhar, e vi Pasárgada e vivi durante alguns anos em Pasárgada. Mais de vinte anos depois, num momento de profundo desânimo, saltou-me do subconsciente este grito de evasão: “Vou-me embora pra Pasárgada!” Imediatamente senti que era a célula de um poema. Peguei do lápis e do papel, mas o poema não veio. Não pensei mais nisso. Uns cinco anos mais tarde, o mesmo grito de evasão nas mesmas circunstâncias. Desta vez, o poema saiu quase ao correr da pena. Se há belezas em “Vou-me embora pra Pasárgada!”, elas não passam de acidentes. Não construí o poema, ele construiu-se em mim, nos recessos do subconsciente, utilizando as reminiscências da infância — as histórias que Rosa, minha ama-seca mulata, me contava, o sonho jamais realizado de uma bicicleta etc. BANDEIRA, M. Itinerário de Pasárgada. São Paulo: Global, 2012.
O texto é um depoimento de Manuel Bandeira a respeito da criação de um de seus poemas mais conhecidos. De acordo com esse depoimento, o fazer poético em “Vou-me embora pra Pasárgada!”