Questões do ENEM 2014 para Exame Nacional do Ensino Médio - Primeiro e Segundo Dia - PPL
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Pelada é o futebol de campinho, de terreno baldio. Mas existe um tipo de futebol ainda mais rudimentar do que a pelada. É o futebol de rua. Perto do futebol de rua qualquer pelada é luxo e qualquer terreno baldio é o Maracanã em jogo noturno. Se você é brasileiro e criado em cidade, sabe do que eu estou falando. Futebol de rua é tão humilde que chama pelada de senhora. Não sei se alguém, algum dia, por farra ou nostalgia, botou num papel as regras do futebol de rua. Elas seriam mais ou menos assim: DO CAMPO — O campo pode ser só até o fio da calçada, calçada e rua, rua e a calçada do outro lado e — nos clássicos — o quarteirão inteiro. O mais comum é jogar-se só no meio da rua. DA DURAÇÃO DO JOGO — Até a mãe chamar ou escurecer, o que vier primeiro. Nos jogos noturnos, até alguém da vizinhança ameaçar chamar a polícia. DA FORMAÇÃO DOS TIMES — O número de jogadores em cada equipe varia, de um a setenta para cada lado. DO JUIZ — Não tem juiz. DO INTERVALO PARA DESCANSO — Você deve estar brincando.
VERISSIMO, L. F. In: Para gostar de ler: crônicas 6. São Paulo: Ática, 2002 (fragmento).
Nesse trecho de crônica, o autor estabelece a seguinte relação entre o futebol de rua e o futebol oficial:
O termo Foco equivale ao ponto de concentração I do ator. O nível de concentração é determinado pelo envolvimento com o problema a ser solucionado. Tomemos o exemplo do jogo teatral Cabo de Guerra: o Foco desse jogo reside em dar realidade ao objeto, que nesse caso é a corda imaginária. A dupla de jogadores no palco mobiliza toda sua atenção e energia para dar realidade à corda. Quando a concentração é plena, a dupla sai do jogo com toda evidência de ter realmente jogado o Cabo de Guerra — sem fôlego, com dor nos músculos do braço etc. A plateia observa em função do Foco.
KOUDELA, I. D. Jogos teatrais. São Paulo: Perspectiva, 1990.
De acordo com o texto, a autora argumenta que o uso
do foco da cena teatral permite
ASSIS, M. Obra completa. Rio de Janeiro: Nova Aguilar, 1967 (fragmento).
No gênero crônica, Machado de Assis legou inestimável contribuição para o conhecimento do contexto social de seu tempo e seus hábitos culturais. O fragmento destacado comprova que o escritor avalia o(a)
Triste, mas verdadeira, a constatação de Jairo Marques — colunista que tem um talento raro — em seu texto “E a mãe ficou velhinha” (“Cotidiano”, ontem). Aqueles que percebem que a mãe envelheceu sempre têm atitudes diversas. Ou não a procuram mais, porque essa é uma forma de negar que um dia perderão o amparo materno, ou resolvem estar ao lado dela o maior tempo possível, pois têm medo de perdê-la sem ter retribuído plenamente o amor que receberam.
Leonor Souza (São Paulo, SP) — Painel do Leitor. Folha de S. Paulo, 29 fev. 2012.
Os gêneros textuais desempenham uma função social específica, em determinadas situações de uso da língua, em que os envolvidos na interação verbal têm um objetivo comunicativo. Considerando as características do gênero, a análise do texto Mães revela que sua função é
TEXTO I
TEXTO II
Só Deus pode me julgar
Soldado da guerra a favor da justiça Igualdade por aqui é coisa fictícia Você ri da minha roupa, ri do meu cabelo Mas tenta me imitar se olhando no espelho Preconceito sem conceito que apodrece a nação Filhos do descaso mesmo pós-abolição
MV BILL. Declaração de guerra. Manaus:BMG, 2002 (fragmento).
O trecho do rap e o grafite evidenciam o papel social das manifestações artísticas e provocam a