Questões ENEM de Filosofia - O Sujeito Moderno
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Quando analisamos nossos pensamentos ou ideias, por mais complexos e sublimes que sejam, sempre descobrimos que se resolvem em ideias simples que são cópias de uma sensação ou sentimento anterior. Mesmo as ideias que, à primeira vista, parecem mais afastadas dessa origem mostram, a um exame mais atento, ser derivadas dela.
HUME, D. Investigação sobre o entendimento humano. São Paulo: Abril Cultural, 1973.
Depreende-se deste excerto da obra de Hume que o conhecimento tem a sua gênese na
Jamais deixou de haver sangue, martírio e sacrifício, quando o homem sentiu a necessidade de criar em si uma memória; os mais horrendos sacrifícios e penhores, as mais repugnantes mutilações (as castrações, por exemplo), os mais cruéis rituais, tudo isto tem origem naquele instinto que divisou na dor o mais poderoso auxiliar da memória.
NIETZSCHE, F. Genealogia da moral. São Paulo: Cia. das Letras, 1999.
O fragmento evoca uma reflexão sobre a condição humana e a elaboração de um mecanismo distintivo entre homens e animais, marcado pelo(a)
Disponível em: http://www.culturabrasil.org. Acesso em: 28 ago. 2010 (adaptado).
No mito Édipo Rei, são dignos de destaque os temas do destino e do determinismo. Ambos são características do mito grego e abordam a relação entre liberdade humana e providência divina. A expressão filosófica que toma como pressuposta a tese do determinismo é:
TEXTO I
O Heliocentrismo não é o “meu sistema”, mas a Ordem de Deus.
COPÉRNICO, N. As revoluções dos orbes celestes [1543]. Lisboa: Fundação Calouste Gulbenkian, 1984.
TEXTO II
Não vejo nenhum motivo para que as ideias expostas neste livro (A origem das espécies) se choquem com as ideias religiosas.
DARWIN, C. A origem das espécies [1859]. São Paulo: Escala, 2009.
Os textos expressam a visão de dois pensadores — Copérnico e Darwin — sobre a questão religiosa e suas relações com a ciência, no contexto histórico de construção e consolidação da Modernidade. A comparação entre essas visões expressa, respectivamente:
Após ter examinado cuidadosamente todas as coisas, cumpre enfim concluir e ter por constante que esta proposição, eu sou, eu existo, é necessariamente verdadeira todas as vezes que a enuncio ou que a concebo em meu espírito.
DESCARTES, R. Meditações. Pensadores. São Paulo: Abril Cultural, 1979.
A proposição “eu sou, eu existo” corresponde a um dos momentos mais importantes na ruptura da filosofia do século XVII com padrões da reflexão medieval, por