Questões de Vestibular Sobre modernismo em literatura
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João Gostoso era carregador de feira livre e morava no morro da Babilônia num barracão sem número. Uma noite ele chegou no bar Vinte de Novembro Bebeu Cantou Dançou Depois se atirou na lagoa Rodrigo de Freitas e morreu afogado.
(BANDEIRA, M. Estrela da vida inteira: poesias reunidas. Rio de Janeiro: José Olympio, 1980.)
Pode-se afirmar acerca do poema modernista de Manuel Bandeira que:
Abancado à escrivaninha em São Paulo Na minha casa da rua Lopes Chaves De supetão senti um friúme por dentro. Fiquei trêmulo, muito comovido Com o livro palerma olhando pra mim.
Não vê que me lembrei que lá no Norte, meu Deus! muito longe de mim, Na escuridão ativa da noite que caiu Um homem pálido magro de cabelo escorrendo nos olhos Depois de fazer uma pele com a borracha do dia, Faz pouco se deitou, está dormindo. Esse homem é brasileiro que nem eu...
(ANDRADE, Mário de. Poesias completas. Belo Horizonte – São Paulo: Itatiaia – Edusp, 1987.)
Mário de Andrade, autor do poema anterior, fez parte do grupo que idealizou a Semana de Arte Moderna. Acerca da linguagem empregada pelo poeta em “Descobrimento”, pode-se afirmar que:
A rosa de Hiroshima
Pensem nas crianças Mudas telepáticas Pensem nas meninas Cegas inexatas Pensem nas mulheres Rotas alteradas Pensem nas feridas Como rosas cálidas Mas oh não se esqueçam Da rosa da rosa Da rosa de Hiroshima A rosa hereditária A rosa radioativa Estúpida e inválida A rosa com cirrose A antirrosa atômica Sem cor sem perfume Sem rosa, sem nada. (MORAES, Vinicius de. Poesia completa e prosa. São Paulo: Companhia das Letras, 1992.)
Imagem da explosão da bomba atômica, que serve como tema para a composição de Vinicius de Moraes.
Comparando a imagem da explosão da bomba atômica com as imagens criadas pelo eu lírico em “A rosa de Hiroshima”, pode-se afirmar que: