Questões de Vestibular Sobre parênteses em português

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Ano: 2013 Banca: PUC-MINAS Órgão: PUC-MINAS Prova: PUC-MINAS - 2013 - PUC-MINAS - Prova - Medicina |
Q1263420 Português
O FASCÍNIO DO ÃO
Roberto Pompeu de Toledo

1º § O novo estádio do Corinthians, em São Paulo, em tese destinado à abertura da Copa do Mundo de 2014, é por enquanto um rasgo de imaginação sobre um terreno baldio, mas já tem nome de guerra. O leitor adivinha qual é? Aí vai uma pista: o local escolhido é o bairro de Itaquera. Agora ficou fácil. O nome é Itaquerão, claro. Antes, os estádios precisavam ao menos ser construídos, para receber o enobrecimento do “ão” na última sílaba do apelido. Não mais. Não se sabe sequer quem vai pagar a conta do estádio, ou suposto estádio, do Corinthians, nem existe projeto definido. Mas o nome já lhe foi pespegado.
2º § O uso do aumentativo para designar estádios de futebol começou com a inauguração, em 1965, do Mineirão, em Belo Horizonte – oficialmente Estádio Magalhães Pinto, mas desde o primeiro momento, e para sempre, Mineirão. Fazia sentido. O majestoso Mineirão, com capacidade para 130000 pessoas, nascia como o segundo estádio brasileiro, só atrás do Maracanã, “o maior do mundo”. Dali em diante, a moda pegou, e a febre de construção de estádios que assolou o país, a partir do “milagre brasileiro” [...], espalhou ãos pelo país afora.
3º § Era uma questão de honra, para os governadores, construir estádios na capital do estado. A exemplo do caso mineiro, o governador que iniciasse as obras ganhava, por direito divino, o mimo de ter o nome emprestado ao do colosso. Mas as homenagens devidas ao governador, à cidade, ao estado e ao estádio não estariam completas se ao nome não se juntasse um apelido em que se engatasse um ão. Seguiu-se uma floração da qual constaram, entre outros, o Batistão de Aracaju (Estádio Lourival Batista, 1969), o Castelão de Fortaleza (Estádio Plácido Castelo, 1973), o Albertão de Teresina (Estádio Alberto Silva, 1976) e o Castelão de São Luís (Estádio João Castelo, 1982). Os estádios, assim como o próprio campeonato brasileiro de futebol, que chegou a abrigar quarenta clubes, em 1973, para agradar ao maior número de praças possível, integravam a estratégia panem et circenses do regime. Sendo que, no caso dos estádios, o circenses incluía um ão que convenientemente espelhava a grandeza da Pátria Grande concebida para embalar a fantasia dos brasileiros.
4º § Tal era sua força que o ão se disseminou por cidades do interior. Em Presidente Prudente, interior de São Paulo, surgiu o Prudentão (1982), um entre muitos exemplos. Com o fim do regime militar, ou, antes, com o fim do milagre econômico e de sua contrapartida de Pátria Grande, transcorreram mais de duas décadas de seca na construção de estádios. Mesmo porque, nos centros mais óbvios, ou mais vistosos, sob o ponto de vista político, já tinham sido todos construídos. Mas não desapareceu a memória do ão. Quando, para os Jogos Pan-Americanos, em 2007, foi inaugurado no Rio de Janeiro o Estádio João Havelange, que apelido ganhou? O leitor não adivinha? Pista: fica no bairro de Engenho de Dentro. Claro: é Engenhão. No caso do eventual e futuro estádio do Corinthians, o apelido de ltaquerão prova que o ão sobrevive mesmo à moda recente de chamar estádio de “arena” (Arena da Baixada, Arena Barueri). E no entanto...
5º § No entanto, o inho é que melhor caracterizaria o brasileiro. Sérgio Buarque de Holanda escreveu, no clássico Raízes do Brasil (um pouco de erudição faz bem, especialmente ao autor, que se convence de estar falando coisa séria): “A terminação inho, aposta às palavras, serve para nos familiarizar mais com as pessoas ou os objetos e, ao mesmo tempo, para lhes dar relevo. É a maneira de fazê-los mais acessíveis aos sentidos e também de aproximá-los do coração”. A passagem está no famoso capítulo do “homem cordial”, isto é, o homem regido pelo coração, que seria o brasileiro.
6º § [...] Somos a terra do jeitinho, do favorzinho e do probleminha, invocados sobretudo quando o jeito é complicado, o favor é grande e o problema insolúvel. Por esse caminho, para melhor se aninhar no coração dos brasileiros, o Mineirão deveria ser Mineirinho, o Castelão, Castelinho e o Batistão, Batistinha. Ocorre que estádios pertencem a outra esfera. Não foram feitos para cativar, mas para impressionar. Não pedem carinho, mas reverência, a si mesmos e a seus criadores. Cumprem no Brasil o que há de mais próximo ao papel das catedrais e das pirâmides, em outras épocas e lugares. Mesmo no caso de uma entidade que é puro espírito, como o propalado estádio do Corinthians, o brasileiro é levado a considerar uma indelicadeza não chamá-lo de ão.
(Veja, 9 mar. 2011, p. 102.)
I. O emprego do itálico no texto atende a finalidades distintas. II. Os parênteses são usados pelo autor com funções diversas. III. As aspas são sistematicamente utilizadas pelo autor para indicar menções.

Dentre as afirmativas acima, são VERDADEIRAS:
Alternativas
Ano: 2017 Banca: PUC - SP Órgão: PUC - SP Prova: PUC - SP - 2017 - PUC - SP - Vestibular - Primeiro Semestre |
Q1263391 Português

Texto I
Desafio da nossa época é lidar com a abundância
Leandro Narloch, Folha de S.Paulo - 25.abr.2018 às 9h06

A abundância, quem diria, se tornou um problema. A humanidade passou milênios tentando sobreviver à fome, ao desabrigo e à escassez: hoje precisa aprender a lidar com excesso.

Temos alimentos demais, bugigangas demais, roupas, carros, embalagens, papéis, remédios, drogas, livros, filmes, eletrônicos e diversões demais. Ainda estamos aprendendo a viver no meio de tantas coisas. É uma delícia de problema, é claro. Até o século 18, a teoria malthusiana fazia sentido. O crescimento da população levava à escassez de comida e assim à diminuição da poluição. Crises de fome ceifavam multidões todos os séculos. A Revolução Industrial nos fez escapar dessa armadilha. Produzindo mais com menos esforço, operamos um milagre: a população explodiu e a riqueza também. A fome, até então uma condição natural da humanidade, se tornou uma anomalia. 

Luxos que antes eram reservados a reis ou milionários (chás ou janelas com vidros e cortinas, por exemplo) entraram na casa de trabalhadores comuns.

É claro que boa parte do mundo ainda enfrenta a fome e a escassez. Mas não é por falta de conhecimento que isso acontece. Pelo contrário, o caminho da prosperidade já está mais ou menos mapeado e pavimentado.

A abundância é um tipo de problema chique, que todo mundo gostaria de ter. Como o da grã-fina que está cansada de passar as férias em Paris. Mas ainda assim é um problema.

Muitas más notícias que os jornais publicam hoje são produtos da abundância: o trânsito, a obesidade, a poluição, o lixo, o tempo que crianças gastam em frente a telas. Não só crianças, mas os adultos — que em média tocam 2600 vezes no celular por dia.

As pessoas parecem meio perdidas entre tanto conforto e atrações que desviam a atenção. Se perdem em realizações imediatas de consumo, sem foco e força de vontade para perseguir grandes desejos ou objetivos mais ousados.

Se o problema já é grave hoje, imagine no futuro. O autocontrole será cada vez mais necessário. Nossos filhos e netos terão que aprender desde cedo a se controlar diante do excesso de comida, de drogas, de opções de vida e de diversão.

O mundo capitalista já resolveu o problema da escassez: precisa agora de uma educação para a abundância.

Leandro Narloch - Jornalista, mestre em filosofia e autor do Guia Politicamente Incorreto da História do Brasil, entre outros.

Disponível em: <https://www1.folha.uol.com.br/colunas/leandro-narloch/2018/04/desafio-da-nossa-epoca-e-lidar-com-a-abundancia.shtm> Acesso em: 25 abr. 2018.



Consumo e desperdício: as duas faces das desigualdades

Ana Tereza Caceres Cortez - Professora adjunta do Departamento de Geografia Instituto de Geociências e Ciências Exatas - IGCE/Unesp, Rio Claro

Um dos símbolos do sucesso das economias capitalistas modernas é a abundância dos bens de consumo, continuamente produzidos pelo sistema industrial. Essa fartura passou a receber uma conotação negativa, sendo objeto de críticas que consideram o consumismo um dos principais problemas das sociedades industriais modernas.

Consumismo é o ato de consumir produtos ou serviços, muitas vezes, sem consciência. Há várias discussões a respeito do tema, entre elas o tipo de papel que a propaganda e a publicidade exercem nas pessoas, induzindo-as ao consumo, mesmo que não necessitem de um produto comprado. Muitas vezes, as pessoeas compram produtos que não têm utilidade para elas, ou até mesmo coisas desnecessárias apenas por vontade de comprar, evidenciando até uma doença.

Segundo o Dicionário Houaiss, consumismo é “ato, efeito, fato ou prática de consumir (‘comprar em demasia’)” e “consumo ilimitado de bens duráveis, especialmente artigos supérfluos”.

O simples “consumo” é entendido como as aquisições racionais, controladas e seletivas baseadas em fatores sociais e ambientais e no respeito pelas gerações futuras. Já o consumismo pode ser definido como uma compulsão para consumir. Mas como fazer para não aderir ao perfil consumista? A fórmula clássica e aparentemente simples é distinguir o essencial do necessário e o necessário do supérfluo. No entanto, é muito difícil estabelecer o limite entre consumo e consumismo, pois a definição de necessidades básicas e supérfluas está intimamente ligada às características culturais da sociedade e do grupo a que pertencemos. O que é básico para uns pode ser supérfluo para outros e vice-versa. 

Trecho de CORTEZ, Ana Tereza Caceres. Consumo e desperdício: as duas faces das desigualdades. In: CORTEZ, A.T.C.; ORTIGOZA, S.A.G. (Org.). Da produção ao consumo: impactos socioambientais no espaço urbano. São Paulo: UNESP; São Paulo: Cultura Acadêmica, 2009. Disponível em: . Acesso em: 20 abr. 2018. [Adaptado]

No terceiro parágrafo do texto 3, são empregadas as seguinte notações especiais: itálico, aspas e parênteses. Indique, respectivamente, as finalidades de tais usos.
Alternativas
Q1262712 Português

Observe a pontuação do trecho a seguir: 


Sobre a pontuação do trecho acima, considere as seguintes afirmativas:


1. Se substituíssemos o travessão (linha 3) por parênteses – fechados depois da palavra “limpeza” – não haveria prejuízo de sentido nem de adequação à norma.

2. Os parênteses das linhas 4-5 inserem uma explicação ou especificação do que foi dito.

3. Os parênteses da linha 6 são usados com intenção de fazer uma síntese do que foi dito anteriormente.


Assinale a alternativa correta.

Alternativas
Ano: 2018 Banca: PUC - SP Órgão: PUC - SP Prova: PUC - SP - 2018 - PUC - SP - Vestibular - Segundo Semestre |
Q1262511 Português

Os textos a seguir servirão de base para a realização da questão.


Texto I

Desafio da nossa época é lidar com a abundância

Leandro Narloch, Folha de S.Paulo - 25.abr.2018 às 9h06


A abundância, quem diria, se tornou um problema. A humanidade passou milênios tentando sobreviver à fome, ao desabrigo e à escassez: hoje precisa aprender a lidar com excesso.

Temos alimentos demais, bugigangas demais, roupas, carros, embalagens, papéis, remédios, drogas, livros, filmes, eletrônicos e diversões demais. Ainda estamos aprendendo a viver no meio de tantas coisas.

Artista faz intervenção na avenida Paulista sobre consumismo
Marcus Leoni - 10.jan.2016/Folhapress


É uma delícia de problema, é claro. Até o século 18, a teoria malthusiana fazia sentido. O crescimento da população levava à escassez de comida e assim à diminuição da poluição. Crises de fome ceifavam multidões todos os séculos.
A Revolução Industrial nos fez escapar dessa armadilha. Produzindo mais com menos esforço, operamos um milagre: a população explodiu e a riqueza também. A fome, até então uma condição natural da humanidade, se tornou uma anomalia. 
Luxos que antes eram reservados a reis ou milionários (chás ou janelas com vidros e cortinas, por exemplo) entraram na casa de trabalhadores comuns.
É claro que boa parte do mundo ainda enfrenta a fome e a escassez. Mas não é por falta de conhecimento que isso acontece. Pelo contrário, o caminho da prosperidade já está mais ou menos mapeado e pavimentado.
A abundância é um tipo de problema chique, que todo mundo gostaria de ter. Como o da grã-fina que está cansada de passar as férias em Paris. Mas ainda assim é um problema.
Muitas más notícias que os jornais publicam hoje são produtos da abundância: o trânsito, a obesidade, a poluição, o lixo, o tempo que crianças gastam em frente a telas. Não só crianças, mas os adultos — que em média tocam 2600 vezes no celular por dia.
As pessoas parecem meio perdidas entre tanto conforto e atrações que desviam a atenção. Se perdem em realizações imediatas de consumo, sem foco e força de vontade para perseguir grandes desejos ou objetivos mais ousados.
Se o problema já é grave hoje, imagine no futuro. O autocontrole será cada vez mais necessário. Nossos filhos e netos terão que aprender desde cedo a se controlar diante do excesso de comida, de drogas, de opções de vida e de diversão.
O mundo capitalista já resolveu o problema da escassez: precisa agora de uma educação para a abundância.

Leandro Narloch - Jornalista, mestre em filosofia e autor do Guia Politicamente Incorreto da História do Brasil, entre outros.
Disponível em: <https://www1.folha.uol.com.br/colunas/leandro-narloch/2018/04/desafio-da-nossa-epoca-e-lidar-com-a-abundancia.shtml> . Acesso em: 25 abr. 2018.


Texto 2
Texto de Gilmar Machado, publicado em 8 jan. 2018.
Disponível em: <https://www.humorpolitico.com.br/
tag/meio-ambiente/> . Acesso em: 12 mar. 2018.



Texto 3 

Consumo e desperdício: as duas faces das desigualdades
Ana Tereza Caceres Cortez - Professora adjunta do Departamento de Geografia
Instituto de Geociências e Ciências Exatas - IGCE/Unesp, Rio Claro

Um dos símbolos do sucesso das economias capitalistas modernas é a abundância dos bens de consumo, continuamente produzidos pelo sistema industrial. Essa fartura passou a receber uma conotação negativa, sendo objeto de críticas que consideram o consumismo um dos principais problemas das sociedades industriais modernas.

Consumismo é o ato de consumir produtos ou serviços, muitas vezes, sem consciência. Há várias discussões a respeito do tema, entre elas o tipo de papel que a propaganda e a publicidade exercem nas pessoas, induzindo-as ao consumo, mesmo que não necessitem de um produto comprado. Muitas vezes, as pessoas compram produtos que não têm utilidade para elas, ou até mesmo coisas desnecessárias apenas por vontade de comprar, evidenciando até uma doença.

Segundo o Dicionário Houaiss, consumismo é “ato, efeito, fato ou prática de consumir (‘comprar em demasia’)” e “consumo ilimitado de bens duráveis, especialmente artigos supérfluos”.

O simples “consumo” é entendido como as aquisições racionais, controladas e seletivas baseadas em fatores sociais e ambientais e no respeito pelas gerações futuras. Já o consumismo pode ser definido como uma compulsão para consumir. Mas como fazer para não aderir ao perfil consumista? A fórmula clássica e aparentemente simples é distinguir o essencial do necessário e o necessário do supérfluo. No entanto, é muito difícil estabelecer o limite entre consumo e consumismo, pois a definição de necessidades básicas e supérfluas está intimamente ligada às características culturais da sociedade e do grupo a que pertencemos. O que é básico para uns pode ser supérfluo para outros e vice-versa. 

Trecho de CORTEZ, Ana Tereza Caceres. Consumo e desperdício: as duas faces das desigualdades. In:
CORTEZ, A.T.C.; ORTIGOZA, S.A.G. (Org.). Da produção ao consumo: impactos socioambientais no
espaço urbano. São Paulo: UNESP; São Paulo: Cultura Acadêmica, 2009. Disponível em: <http://books.
scielo.org/id/n9brm/pdf/ortigoza-9788579830075-03.pdf>. Acesso em: 20 abr. 2018. [Adaptado]
No terceiro parágrafo do texto 3, são empregadas as seguinte notações especiais: itálico, aspas e parênteses. Indique, respectivamente, as finalidades de tais usos.
Alternativas
Ano: 2010 Banca: PUC - Campinas Órgão: PUC - Campinas Prova: PUC - Campinas - 2010 - PUC - Campinas - Vestibular |
Q1261875 Português

Instruções: Leia atentamente o texto abaixo para responder a questão.


Banana, a fruta mais consumida e perigosa do mundo


(Adaptado de Sergio Augusto, O Estado de S. Paulo, 26/04/2008)

Só as espécies variam: ao todo, 35; algumas exclusivas de determinadas regiões; todas pertencentes a um gênero de vegetal (herbáceo rizomatoso, de folhas basais imbricadas e inflorescências terminais), cujo nome científico, Musa, nada tem a ver com as deusas inspiradoras da Grécia.
Considerado o trecho acima, em seu contexto, é correto afirmar:
Alternativas
Respostas
16: A
17: B
18: D
19: B
20: D