Questões da Prova CPCON - 2009 - UEPB - Vestibular - Português - Literatura Brasileira e Inglês
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Pode-se afirmar que:
I - Uma das bases de sustentação dessa narrativa é a incorporação de elementos da cultura popular, seja através da oralização da linguagem, do uso de estruturas fixas do romanceiro popular como o metro popular (na conversão das frases em versos, como vemos na “estrofe” acima escandida), seja a alusão a narrativas orais (As mil e uma noites), fatos que a tornam polifônica.
II - O “arremedo” da linguagem cordelística no trecho acima metrificado nos mostra que há uma conscientização por parte da autora da obra quanto à ausência de limites rígidos entre os gêneros (prosa e poesia), o que torna O vôo da guará vermelha uma narrativa rica também pelo inventário popular ali tecido e já de domínio de grande parte dos leitores.
III - Não há, a partir da escansão feita das três últimas linhas da narrativa, nenhuma alusão à linguagem, ao gênero, à forma, às temáticas, à estrutura fixa do cordel ou de outro gênero/texto popular.
I - Utiliza-se um esquema clássico das tramas de amor: uma personagem (Evangelista) busca encontrar um amor (Creuza) que, a princípio, não é acessível (questão de classe social ou outro motivo) e, para obter a realização do desejo, precisa enfrentar um obstáculo (o pai de Creuza).
II - Utiliza-se um esquema contemporâneo das tramas de amor: uma personagem (Evangelista) busca encontrar um amor (Creuza) que, a princípio, não é acessível (questão de classe social ou outro motivo) e, para obter a realização do desejo precisa enfrentar um obstáculo (o pai de Creuza ou outros) unicamente através da violência física.
III - Não se utiliza um esquema das tramas de amor, porque o fato narrado é singular, ou seja, não se repete nem se imita uma estrutura comum da literatura, sobretudo do cordel: Evangelista busca encontrar um amor (Creuza). A inacessibilidade da “amada”, a princípio, coincidiu de, na invenção do cordelista, se dar dessa forma sem que isso implique em influência ou característica das narrativas populares que tematizam o amor.
I - A estrofe (sextilha) com versos de sete sílabas poéticas (redondilha maior) e rimas do tipo XAXAXA (as letras repetidas indicam os versos que rimam entre si e o X indica os versos que não rimam) segue a ordem do poema que é assim metrificado para rápida assimilação pelo leitor do ritmo veloz em cuja estrutura são encadeados os fatos narrados.
II - A estrofe (septilha) com versos de cinco sílabas poéticas (redondilha menor) e rimas do tipo ABABAB segue a ordem do poema que é assim metrificado para rápida assimilação pelo leitor do ritmo veloz em cuja estrutura são encadeados os fatos narrados.
III - A estrofe (sextilha) com versos livres segue a ordem do poema que é assim “metrificado” para rápida assimilação pelo leitor do ritmo veloz em cuja estrutura são encadeados os fatos narrados.
I - O uso do discurso direto em “Irene arrasta a amiga e a faz sentar- se na cama”, porque o narrador transcreve diretamente a fala da personagem em ação.
II - O uso do discurso indireto em “Anginha, filha, se acalme, deixe de pensar besteira”, porque o narrador se apropria da fala da personagem e a reformula a seu modo, uma vez que à personagem, nesse trecho, não foi dada a fala.
III - O uso de uma situação linguístico-narrativa em que o ato de narrar (de “Irene arrasta a amiga” até “obriga a outra a beber”) mistura-se, num mesmo plano sintático, à fala, quando Irene se dirige à personagem Anginha. A mistura de vozes provoca um efeito aparentemente caótico (pela ausência da sinalização de recursos típicos do uso dessa função discursiva como o verbo dicendi ou a pontuação apropriada para a situação) que é desfeito tão logo se imaginam elementos introdutores do discurso direto como os já citados.
I - o sentido do “estado de alma” ou “psicológico” da personagem Irene ou de outros com quem ela se relaciona (Rosálio, a velha, o filho), indicando ora esperança (verde), ora paixão (vermelho) ora tristeza (cinza).
II - a profusão de sentidos que a referência às cores lá nomeadas pode indicar para o leitor, seja quanto ao aspecto psicológico da personagem central da trama (Irene) ou em relação às minúcias do cotidiano dos personagens.
III - uma “aquarela semântica” em que as cores não se distinguem, mas se interconectam para surtir um único efeito: a variação de cor que sofre a ave em contato com a luz, uma vez que o título da obra remete o leitor às várias cores com as quais a ave pode ser conhecida.