Questões de Vestibular
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O filme Metrópolis, lançado pelo lendário diretor austríaco Fritz Lang, em 1927, retrata uma cidade fictícia no futuro, dividida em dois grupos. De um lado os dirigentes, que são ricos industriais, vivem na superfície da cidade e desfrutam dos benefícios da tecnologia. De outro, os operários que vivem nos subterrâneos e apenas sobem até a cidade para trabalhar na produção de energia, em imensas máquinas. É muito claro que Fritz Lang se inspirou numa importante teoria filosófica, política e social para desenvolver seu filme.
A que teoria a imagem e o texto se referem?
Cenas do Drama Épico Germinal – Claude Berri, 1993.
O longa metragem Germinal é uma adaptação do célebre romance de Émile Zola, publicado em 1885. O filme, assim como o livro, retrata as condições de vida dos trabalhadores franceses no século XIX, a partir de uma greve de mineiros. A narrativa procura demonstrar algo que as análises de Marx e Proudhon, dentre outros pensadores e ativistas socialistas de meados do século XIX, perceberam. Esses filósofos defendiam que a melhora nas condições de vida dos trabalhadores só poderia ocorrer com a participação desses na política. Isso se devia, entre outras coisas, a uma profunda diferença na concepção do Estado desses filósofos com relação a outros teóricos modernos da política.
Assinale a alternativa que corresponde a essa forma de compreender o Estado.
Esses pensadores, mais tarde, acabaram ficando conhecidos como
Analise a figura 1 a seguir e responda à questão.
Leia o texto a seguir.
A “Querela do luxo” foi um dos mais intensos debates do século XVIII na França e consistiu em defender o luxo como sinal do progresso da humanidade, ou em atacá-lo como signo de decadência. Rousseau, partidário da segunda via, num dos seus textos, afirma:
A vaidade e a ociosidade, que engendram nossas ciências, também engendram o luxo. [...] Eis como o luxo, a dissolução e a escravidão foram [...] o castigo dos esforços orgulhosos que fizemos para sair da ignorância feliz na qual nos colocara a sabedoria eterna. [...] Crêem embaçar- -me terrivelmente perguntando-me até onde se deve limitar o luxo. Minha opinião é que absolutamente não se precisa dele. Para além da necessidade física, tudo é fonte de mal.
ROUSSEAU, Jean-Jacques. Discurso sobre as ciências e as artes. Trad. Lourdes Santos Machado, 3ª ed. São Paulo: Abril Cultural, 1983. p.395; 341; 410.
Com base no texto e nos conhecimentos sobre a teoria política e antropológica de Rousseau e a compreensão do autor acerca das ciências, das artes e do luxo, considere as afirmativas a seguir.
I. A crítica de Rousseau às ciências e às artes e, por extensão, ao luxo, resulta da sua compreensão da natureza humana, na qual a necessidade física é o critério decisivo sobre o que é bom para a humanidade.
II. Em sua teoria política, Rousseau dirige a crítica às ciências, às artes e ao luxo, por identificar neles a vigência de um princípio que sacrifica a possibilidade da criação de uma sociedade minimamente justa.
III. A vaidade e a ociosidade, que engendram o luxo, são uma constante da natureza humana, razão pela qual também as ciências e as artes são expressões necessárias da natureza humana.
IV. A defesa da feliz ignorância, na qual nasce cada ser humano, leva Rousseau a legitimar formas de governo caracterizadas pelo sacrifício da inteligência e da crítica e pela obediência a um poder soberano.
Assinale a alternativa correta.