Questões de Vestibular
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Fonte: KANT, I. Crítica da razão pura. Lisboa: Calouste, 2013, p. 79.
O trecho ilustra alguns aspectos da teoria kantiana do conhecimento. Sobre esta mesma teoria, assinale a opção CORRETA.
“O imperativo categórico de Kant dizia: ‘Aja de modo que tu também possas querer que tua máxima se torne lei geral’. Aqui, o ‘que tu possas’ invocado é aquele da razão e de sua concordância consigo mesma: a partir da suposição da existência de uma sociedade de atores humanos (seres racionais em ação), a ação deve existir de modo que possa ser concebida, sem contradição, como exercício geral da comunidade. Chame-se atenção aqui para o fato de que a reflexão básica da moral não é propriamente moral, mas lógica: o ‘poder’ ou ‘não poder’ querer expressa autocompatibilidade ou incompatibilidade, e não aprovação moral ou desaprovação. Mas não existe nenhuma contradição em si na ideia de que a humanidade cesse de existir, e dessa forma também nenhuma contradição em si na ideia de que a felicidade das gerações presentes e seguintes possa ser paga com a infelicidade ou mesmo com a não-existência de gerações pósteras – tampouco, afinal, com a ideia contrária, de que a existência e a felicidade das gerações futuras seja paga com a infelicidade e mesmo com a eliminação parcial da presente. O sacrifício do futuro em prol do presente não é logicamente mais refutável do que o sacrifício do presente a favor do futuro”.
(JONAS, Hans. O Princípio Responsabilidade: ensaio de uma ética para a civilização tecnológica. Rio de Janeiro: Contraponto, 2006, p. 47).
Considerando esta passagem, é CORRETO afirmar que Hans Jonas:
Leia o fragmento a seguir:
"[...] 'Por natureza', a juventude está na primeira linha dos que vivem e lutam por Eros contra a Morte e contra uma civilização que se esforça por encurtar o atalho para a morte, embora controlando os meios capazes de alongar esse percurso. Mas, na sociedade administrativa, a necessidade biológica não redunda imediatamente em ação; a organização exige contra-organização. Hoje, a luta pela vida, a luta por Eros, é a luta política".
(Fonte: MARCUSE, Herbert. Eros e civilização: uma interpretação filosófica do pensamento de Freud. Trad. Álvaro Cabral. Rio de Janeiro: Zhar, 1975. p.23)
Embora haja um forte engajamento político, como o próprio texto demonstra, na obra de Herbert Marcuse (1898-1979), os deuses gregos Eros e Thanatos emprestam suas personalidades (poderes de representação), enquanto símbolos, para nomear os elementos humanos da vida e da morte. Esta análise, a partir dos textos freudianos, também desvela concepções éticas e estéticas em âmbito individual e coletivo.
Diante disso, assinale a alternativa correta, quanto ao modo dos dois autores conceberem ambos os conceitos, a saber, morte e vida.