Questões de Vestibular
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O poder do Estado moderno, para Max Weber (1864-1920), está fundado em uma estrutura típica de dominação legítima que é racional-legal e, em seus princípios, tem a possibilidade de encontrar obediência dos governados através de uma organização idealmente burocrática, normativa e impessoal. Segundo este teórico, a burocracia do Estado é fruto próprio do processo de racionalização que embasa todas as dimensões da vida na modernidade e, justamente, identifica e estrutura as formas de dominação racional-legal de nossa época.
Considerando o tipo de dominação racional-legal do Estado moderno, segundo Weber, avalie as seguintes afirmações:
I. A existência de regulamentações administrativas e normas jurídico-legais regem a organização das sociedades pelos Estados.
II. A dominação racional que estrutura, por exemplo, órgãos do Estado ocorre pela eleição de pessoas carismáticas em suas funções.
III. A obediência dos cidadãos aos ordenamentos estatais é gestada por uma condução pessoal da benevolência dos governantes.
IV. Para que exista legitimidade da dominação burocrático-racional do Estado, é preciso o consentimento por parte daqueles que obedecem.
Está correto o que se afirma somente em
No final do século XIX e início do século XX, inúmeras leis de “proteção” à mulher passaram a proibir o trabalho feminino em ocupações consideradas mais pesadas ou perigosas, já que isso havia trazido problemas de ordem “moral” resultantes do fato de as mulheres terem mais mobilidade fora do espaço da casa. Na França, uma lei de 1892 proibia as mulheres de exercer o trabalho noturno. No Brasil, a mesma proibição foi expressa em um decreto de 1932. Embora muitas dessas leis visassem à “proteção” das mulheres, exploradas pela indústria – assim como ocorria com as crianças –, acabaram por confiná-las aos cuidados domésticos e a trabalhos realizados em casa, sub-remunerados. Durante o século XX, as duas guerras mundiais voltaram a impulsionar a presença das mulheres nas indústrias, pois, nesses momentos, os esforços produtivos eram necessários. No entanto, com o fim do período de guerras, novamente se reivindicou o retorno das mulheres à casa. O modelo de família almejado pela sociedade industrial e fordista do pós-guerra centrou-se, então, no “homem provedor e na mulher cuidadora”. (SILVA, Afrânio et al. (orgs.). Sociologia em movimento. São Paulo: Moderna, 2016. p. 338.)
Sobre a participação das mulheres no mercado de trabalho, assinale a alternativa correta.
Em Raízes do Brasil, Sérgio Buarque de Holanda desenvolve uma ideia em torno da qual constrói sua interpretação sociológica: a do “homem cordial”. Este seria o brasileiro típico, fruto da colonização portuguesa e representante conceitual da nossa sociedade. Acontece que, como a palavra “cordial” na linguagem comum tem o sentido de afável, afetuoso, a ideia do “homem cordial” ficou associada à concepção do brasileiro como gentil, hospitaleiro, pacífico. E Sérgio Buarque foi muito criticado por essa maneira de ver os brasileiros.
(O’DONNEL, Júlia et al. Tempos Modernos, Tempos de Sociologia. Rio de Janeiro: Editora do Brasil, 2018. p. 346-347.)
A partir da reflexão acima, é correto afirmar que para Sérgio Buarque de Holanda a “cordialidade” designa:
Para Weber, as religiões, ou doutrinas religiosas, que possuem conexão de sentido com as origens racionais do capitalismo moderno são o
Partido Comunista, 1848, elaborado por Karl Marx e Friedrich Engels:
“[...] A necessidade de mercados sempre crescentes para seus produtos impele a burguesia a conquistar todo o globo terrestre. A burguesia precisa estabelecer-se, explorar e criar vínculos em todos os lugares.”;
“Pela exploração do mercado mundial, a burguesia imprime um caráter cosmopolita à produção e ao consumo em todos os países. [...]. Ao invés das necessidades antigas, satisfeitas por produtos do próprio país, temos novas demandas supridas por produtos dos países mais distantes, de climas mais diversos. No lugar da tradicional autossuficiência e do isolamento das nações surge uma circulação universal, uma interdependência geral entre os países. E isso tanto na produção material quanto na intelectual.”;
“[...] Sob a ameaça da ruína, a burguesia obriga todas as nações a adotarem o modo capitalista de produção; força-os a introduzir a assim chamada civilização, quer dizer, a se tornar burgueses. Em suma, ela cria um mundo a sua imagem e semelhança”.
MARX, Karl e ENGELS, Friedrich. Manifesto do Partido Comunista, 1848.
Ao tratar da expansão da classe burguesa pelo
mundo, Marx e Engels, em 1848, lançaram luz sobre
um fenômeno que apenas iria ser bastante estudado
e debatido pelo mundo a partir do fim do século XX
– quase 150 anos depois. Partindo dos trechos
acima, é correto afirmar que Marx e Engels já
haviam analisado o recente debate teórico a respeito
da(s)