Questões de Vestibular

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Q1860477 Sociologia

É costumeiro dizer ou é próprio do senso comum afirmar que gosto não se discute. Porém, Souza (2018), ao estudar e pesquisar sobre a categoria “ralé brasileira”, procurou classificar e identificar as razões e as lógicas sociais que fazem com que, na estrutura social de classes do Brasil, as pessoas das classes mais baixas não compartilhem do “privilégio estético” ou do “bom gosto” daqueles que alegam tê-lo ao possuir a “capacidade cognitiva” para fruir, entender e apreciar, por exemplo, música clássica, um quadro de Picasso ou um “bom vinho”. E é importante frisar que esta compreensão sociológica não aponta simplesmente para questões de cunho subjetivo ou de opiniões individuais e gostos pessoais, mas para formas ou modelos de explicar a desigualdade social no Brasil.

SOUZA, Jessé. A ralé brasileira: quem é e como vive. 3ª ed.

ampliada. São Paulo: Editora Contracorrente, 2018.


A partir do exposto, é correto afirmar que

Alternativas
Q1860476 Sociologia

De acordo com matérias exibidas em sites jornalísticos como o OXFAM Brasil em 2020 e o Alma Preta em 2021, as mulheres negras e pobres pagam mais impostos proporcionalmente no país. Essas mulheres, conforme as citadas reportagens, estão na base da pirâmide social na nossa sociedade e o sistema tributário brasileiro é muito regressivo, o que faz com que elas acabem pagando mais tributos do que homens e mulheres brancas de outras classes sociais, por exemplo. Isto ocorre porque a tributação de impostos no Brasil recai mais sobre o consumo do que sobre renda e patrimônio e, assim, as mulheres negras que figuram entre as pessoas mais pobres do país sentem a mordida do leão direto na hora de consumir. Em síntese, mais propriamente, são as mulheres negras, de baixa renda, mães e chefes de família as mais afetadas com essa tributação no consumo uma vez que os aumentos nos preços dos itens da cesta básica afetam mais quem ganha menos.


Considerando o enunciado acima, avalie as seguintes proposições:

I. O fato de as mulheres negras e pobres pagarem mais impostos proporcionais no Brasil envolve questões de gênero, raça e classe social em conjunto.

II. As mulheres brancas podem pagar, da mesma forma, mais impostos proporcionais, mas não são consideradas pelo vitimismo progressista.

III. A estrutura social brasileira e a política de tributação explicam essa incidência tributária sobre as mulheres negras, pelo fato de estas mulheres serem maioria entre os mais pobres.

IV. O fato de uma tributação no consumo incidir sobre pessoas negras e mais pobres demonstra a falta de cuidado dessas pessoas com a educação financeira.


É correto o que se afirma em

Alternativas
Q1860470 Sociologia

Os conceitos de “raça” e de “etnia” são marcadores de diferenças dos diversos grupos e coletividades humanas. A “raça”, em dado momento histórico, possuía uma base biológica e serviu para discriminar a humanidade em “raças superiores” e “inferiores”. Todavia, essa concepção biológica e preconceituosa de “raça” foi contestada e provada defasada e, atualmente, tal conceito é usado em um sentido social e político. Já o conceito de “etnia” conjuga critérios socioculturais como hábitos e crenças e semelhanças fenotípicas e orgânicas que servem, em conjunto, para identificar e diferenciar certos grupos humanos como as tribos indígenas americanas e africanas.

Partindo desta compreensão sobre os conceitos de raça e etnia, assinale com V ou F conforme seja verdadeiro ou falso o que se afirma a seguir:

( ) Os movimentos pelos direitos dos negros nas sociedades democráticas usam o conceito de raça esvaziado do conteúdo biológico discriminatório.

( ) A etnia delimita um conjunto de indivíduos que têm uma língua em comum, uma mesma cultura e possuem similares caraterísticas físicas.

( ) Os países africanos como Congo, Angola e Nigéria são nações étnicas enquanto países americanos como o Brasil e os EUA são nações sem etnias.

( ) A concepção de raça em seu conteúdo biológico e discriminatório da humanidade não tem relação com o surgimento do racismo no mundo.

A sequência correta, de cima para baixo, é:

Alternativas
Q1860468 Sociologia

Freyre (2013) afirmava que a sociedade brasileira, embasada historicamente nos dois extremos antagônicos, a Casa-Grande e a Senzala, foi sendo constituída em vários sentidos sociais de forma democrática, flexível e plástica, uma vez que a formação social brasileira não se processou no puro sentido da europeização ao entrar em contato com as culturas indígena e africana. A nossa sociedade, insiste este autor, foi formada em um “processo de equilíbrio de antagonismos” que tem como um dos seus fundamentos a relação entre os Senhores (homens) e as escravas (mulheres) nos períodos colonial e monárquico. Os extremos antagônicos teriam sido contrariados pelos efeitos sociais da miscigenação que ocorreu de início por parte dos Senhores que sem “escrúpulos de raça” se relacionavam com suas escravas em “coitos para sempre danados, de brancos com pretas, de portugas com índias”. Os portugueses colonizadores possuíam essa capacidade de miscibilidade e misturavam-se “gostosamente com mulheres de cor logo ao primeiro contato”. E para Freyre (2013), essas relações “danadas” eram, por vezes, pautadas curiosamente pelo “sadismo” do Senhor e o “masoquismo de escravo”. Mas, ao fim e assim, a índia e a “negra-mina” e depois, a “mulata” – termos de Freyre (2013) – “agiram poderosamente no sentido da democratização social no Brasil”.

FREYRE, Gilberto. Introdução à história da sociedade patriarcal no Brasil – 1. Casa-Grande e Senzala: formação da família brasileira sob o regime da economia patriarcal. 52ª Ed. São Paulo: Global, 2013.


Esta concepção freyriana sobre a formação da “democracia racial” da sociedade brasileira é criticada, dentre outras razões, por

Alternativas
Q1857081 Sociologia
Considere o seguinte excerto:
A partir do período da história que teve início no século XV, à medida que os europeus intensificaram o contato com povos provenientes de diferentes regiões do mundo, tentou-se sistematizar o conhecimento através da categorização e da explicação dos fenômenos naturais e sociais. Populações não europeias foram “racializadas”, em oposição à “raça branca” europeia. Em algumas situações, essa racialização assumiu formas institucionais “codificadas”, como no caso da escravidão, nas colônias norte-americanas, e do apartheid, na África do Sul.
(GIDDENS, Anthony. Sociologia. Porto Alegre: Artmed, 2005. p. 205-206.)
Em relação ao tema do racismo, assinale a alternativa correta. 
Alternativas
Respostas
11: B
12: A
13: C
14: D
15: A