Questões de Vestibular Sobre conjunções: relação de causa e consequência em português

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Ano: 2018 Banca: UNICENTRO Órgão: UNICENTRO Prova: UNICENTRO - 2018 - UNICENTRO - Vestibular - Português |
Q1399841 Português
Leia o texto a seguir e responda à questão:

Viver em cima do muro é prejudicial à saúde
Élida Ramirez
    Ocre. Sempre me incomodou essa cor. Sabe aquele marrom amarelado? O tal burro fugido? Exato isso! Quando vejo alguém com roupa ocre, tenho maior aflição. Certa feita, entrei em um consultório médico to-di-nho ocre. Paredes, chão, quadros. Tive uma gastura horrorosa. A sensação é que o ocre existe no dilema de não ser amarelo nem marrom. Invejando o viço das outras colorações definidas e nada fazendo para mudar sua tonalidade. Isso explica meu desconforto. O ocre, para mim, ultrapassa o sentido de cor. Ele dá o tom da existência do viver em cima do muro. E conviver com gente assim é um transtorno.
    É fato que a tal “modernidade líquida”, definida por Bauman, favorece o comportamento. Pensemos. Segundo o sociólogo, a globalização trouxe o encurtamento das distâncias, borrando fronteiras. E, ao reconfigurar esses limites geográficos, mudou a concepção de si do sujeito bem como sua relação com as instituições. Muito rapidamente houve um esfacelamento de estruturas rígidas como a família e o estado. Essa mudança do sólido para líquido detonou o processo de individualização generalizado no mundo ocidental reforçando o conceito de que “Nada é para durar” (Bauman). Então, desse jeito dá para ser mutante pleno nesse viver em cima do muro. Nem amarelo ou marrom. Ocre. Por isso, discursos ocos de pessoas com personalidades fluidas ganham espaço. E vão tomando a forma do ambiente, assim como a água. Uma fusão quase nebulosa que embaça o comprometimento.
    Nota-se ainda certo padrão do viver em cima do muro. Como uma receitinha básica. Vejam só: Misture meias palavras em um discurso politicamente correto. Inclua, com ar de respeito, a posição contrária. Cozinhe em banho-maria. Deixe descansar, para sempre, se puder. Se necessário, volte ao fogo brando. Não mexa mais. Sirva morno. Viu? Simples de fazer. Difícil é digerir.
    É porque, na prática, a legião de ocres causa a maior complicação. Quem vive do meio de campo, sem decidir sua cor publicamente, não tem o inconveniente de arcar com as escolhas. Quase nunca se tornará um desafeto. Fará pouco e, muitas vezes, será visto com um sujeito comedido. Quem não escolhe tem mais liberdade para mudar de ideia. Não fica preso ao dito anteriormente. Exatamente porque não disse nada. Não se comprometeu com nada. Apenas proferiu ideias genéricas e inconclusivas estando liberado para transitar por todos os lados, segundo sua necessidade. Ao estar em tudo não estando em nada, seja para evitar responsabilidades, não se expor à crítica ou fugir de polêmicas, o em cima do muro se esconde, sobrecarrega e expõe aqueles que bancam opiniões.
    Portanto, conviver com quem não toma posição, de forma crônica, atrasa a vida. Ao se esquivar de escolher, o indivíduo condena o outro a fazê-lo em seu lugar. Reconheço que, às vezes, a gente leva tempo para se decidir por algo. Todos temos medos que nos impedem de agir. Mas ouso dizer: nunca tomar partido nas situações é covardia. Parece, inclusive, que o viver em cima do muro é mais confortável que a situação do mau-caráter. É que o sacana, ao menos, se define. Embora atue na surdina, sua ação reflete um posicionamento. Já o indefinido, não. Ele vive na toada do alheio. E, curiosamente, também avacalha o próprio percurso por delegar ao outro a sua existência.
    Recorro outra vez a Bauman para esclarecer: “Escapar da incerteza é um ingrediente fundamental presumido, de todas e quaisquer imagens compósitas da felicidade genuína, adequada e total, sempre parece residir em algum lugar à frente”. Por isso, atenção! Viver em cima do muro é prejudicial à sua própria saúde. Facilita a queda e impede novos caminhos. Um deles, o da alegria de poder ser. Talvez seja isso a que Bauman se refere quando trata da fuga da incerteza para alcançar a felicidade genuína. E, pensando bem, desconheço imagem de alegria predominantemente ocre.
    
Texto adaptado e disponível em: https://www.revistabula.com/16514-viver-em-cima-do-muro-e-prejudicial-a-saude/. Acesso em 14 de ago. 2018.
Em relação ao emprego da palavra portanto, no período “Portanto, conviver com quem não toma posição, de forma crônica, atrasa a vida”, é correto afirmar que 
Alternativas
Ano: 2015 Banca: FUNTEF-PR Órgão: IF-PR Prova: FUNTEF-PR - 2015 - IF-PR - Vestibular - Cursos Técnicos |
Q1398822 Português
Canadense prodígio já ajudou a perfurar mil
poços em 16 países

    Ryan Hreljac não tem mais o ar infantil que ficou conhecido mundo afora, antes mesmo do fenômeno de viralização na internet. Em 1997, o menino canadense de 6 anos ficou incomodado ao descobrir que crianças na África não tinham acesso à água. Decidiu que precisava agir e juntou, durante quatro meses de serviços domésticos, os US$ 70 (equivalente hoje a R$ 280) que um professor havia dito que eram necessários para abrir um poço. Mas o dinheiro pagava apenas a bomba manual. Ryan não desistiu e começou, então, uma campanha emocionante que se espalhou por vários países. De lá para cá, mil poços abertos em 16 nações beneficiam 1 milhão de pessoas.
    Além das ações práticas para resolver problemas concretos e destacar a necessidade de preservação da água, Ryan – hoje recém-formado em Ciência Política Internacional e aos 24 anos – também se dedica a engajar pessoas. Já esteve em dezenas de conferências internacionais e deu palestras, pela internet, para centenas de escolas pelo mundo. (...) A Gazeta do Povo conversou com ele, via Skype, sobre o trabalho que vem desempenhando na Ryan’s Well Foundation. Confira a entrevista em que ele defende que nunca se é jovem demais para se engajar em uma causa.
    Você acredita que os jovens estão engajados nas questões ambientais?
    Na juventude, eu acho que há diversas coisas que nos desencorajam a respeito de se envolver. Mas nessa fase você tem habilidades de olhar para os problemas de uma maneira mais simples. Quando eu era criança, não entendia o tamanho e a complexidade do problema. Mas porque eu queria fazer a diferença, eu fui lá e fiz. E eu não acho que os adultos têm esse tipo de mentalidade, sabe? Esse jeito de olhar razões para fazer algo, ao invés de olhar razões para não fazer algo. Você nunca é jovem demais para se engajar.
   Como foi o seu primeiro contato com a perspectiva da falta de água?
    Quando estava na primeira série, meu professor falou que iríamos arrecadar fundos para países subdesenvolvidos. E o que o meu professor teve que explicar, porque nós tínhamos apenas 6 anos, era que nem todas as crianças tinham acesso à água limpa. Ele disse que essas crianças tinham que andar mais de cinco quilômetros para conseguir água limpa. Só que eu não sabia quanto era cinco quilômetros e ele disse “são 5 mil passos”. Então eu fiz o caminho da minha sala para o bebedouro e vi que davam 10 passos e então fui e voltei algumas vezes para saber o quão longe seria o percurso dessas crianças. Eu acho que uma coisa que aprendemos especialmente quando somos crianças é sobre dividir e ter a consciência de justiça.
Disponível em http://www.gazetadopovo.com.br/
mundo. Acesso em 22.09.2015

Em relação ao texto, considere as seguintes afirmativas:

I) No quarto parágrafo, a expressão na juventude vem isolada por vírgula por se tratar de uma circunstância de tempo deslocada.

II) No quarto parágrafo, a conjunção E introduz uma ideia de proporção à oração anterior.

III) No quarto parágrafo, o verbo têm está no plural porque concorda com o sujeito plural os adultos.



Está(ão) correta(s):

Alternativas
Ano: 2015 Banca: CCV-UFC Órgão: UFC Prova: CCV-UFC - 2015 - UFC - Casas de Cultura Estrangeira - Primeiro Semestre |
Q1398750 Português
Assinale a alternativa em que a expressão sublinhada é uma locução conjuntiva.
Alternativas
Ano: 2015 Banca: CCV-UFC Órgão: UFC Prova: CCV-UFC - 2015 - UFC - Casas de Cultura Estrangeira - Primeiro Semestre |
Q1398723 Português

Trecho de: BRUM, Eliane. Antiautoajuda. Disponível em http://brasil.elpais.com/brasil/2014/12/22/opinion/1419251053_272392.html. Acesso em 22 dez.2014. 


Com base no texto 1, responda à questão.
A contradição entre incerteza e convicção nas duas primeiras frases do texto (linhas 01-02) é amenizada pelo emprego:
Alternativas
Q1395978 Português
Em “não evitará o crime” e “não se mobilizar para protegê-la”, as palavras em destaque funcionam morfologicamente no contexto em questão como:
Alternativas
Respostas
26: C
27: D
28: E
29: D
30: B