Questões de Vestibular Sobre morfologia - verbos em português
Foram encontradas 449 questões
Resolva questões gratuitamente!
Junte-se a mais de 4 milhões de concurseiros!
Ano: 2015
Banca:
VUNESP
Órgão:
UNIFESP
Prova:
VUNESP - 2015 - UNIFESP - Prova de Língua Portuguesa e Língua Inglesa |
Q1797689
Português
Texto associado
Leia o trecho inicial de um artigo do livro Bilhões e bilhões
do astrônomo e divulgador científico Carl Sagan (1934-1996)
para responder à questão.
O tabuleiro de xadrez persa
Segundo o modo como ouvi pela primeira vez a história,
aconteceu na Pérsia antiga. Mas podia ter sido na Índia ou
até na China. De qualquer forma, aconteceu há muito tempo.
O grão-vizir, o principal conselheiro do rei, tinha inventado um
novo jogo. Era jogado com peças móveis sobre um tabuleiro
quadrado que consistia em 64 quadrados vermelhos e pretos. A peça mais importante era o rei. A segunda peça mais
importante era o grão-vizir – exatamente o que se esperaria
de um jogo inventado por um grão-vizir. O objetivo era capturar o rei inimigo e, por isso, o jogo era chamado, em persa,
shahmat – shah para rei, mat para morto. Morte ao rei. Em
russo, é ainda chamado shakhmat. Expressão que talvez
transmita um remanescente sentimento revolucionário. Até
em inglês, há um eco desse nome – o lance final é chamado
checkmate (xeque-mate). O jogo, claro, é o xadrez. Ao longo
do tempo, as peças, seus movimentos, as regras do jogo,
tudo evoluiu. Por exemplo, já não existe um grão-vizir – que
se metamorfoseou numa rainha, com poderes muito mais
terríveis.
A razão de um rei se deliciar com a invenção de um jogo
chamado “Morte ao rei” é um mistério. Mas reza a história
que ele ficou tão encantado que mandou o grão-vizir determinar sua própria recompensa por ter criado uma invenção tão
magnífica. O grão-vizir tinha a resposta na ponta da língua:
era um homem modesto, disse ao xá. Desejava apenas uma
recompensa simples. Apontando as oito colunas e as oito filas de quadrados no tabuleiro que tinha inventado, pediu que
lhe fosse dado um único grão de trigo no primeiro quadrado,
o dobro dessa quantia no segundo, o dobro dessa quantia no
terceiro e assim por diante, até que cada quadrado tivesse
o seu complemento de trigo. Não, protestou o rei, era uma
recompensa demasiado modesta para uma invenção tão importante. Ofereceu joias, dançarinas, palácios. Mas o grão-vizir, com os olhos apropriadamente baixos, recusou todas
as ofertas. Só desejava pequenos montes de trigo. Assim,
admirando-se secretamente da humildade e comedimento de
seu conselheiro, o rei consentiu.
No entanto, quando o mestre do Celeiro Real começou a
contar os grãos, o rei se viu diante de uma surpresa desagradável. O número de grãos começa bem pequeno: 1, 2, 4, 8,
16, 32, 64, 128, 256, 512, 1024... mas quando se chega ao
64o
quadrado, o número se torna colossal, esmagador. Na
realidade, o número é quase 18,5 quintilhões*. Talvez o grão-vizir estivesse fazendo uma dieta rica em fibras.
Quanto pesam 18,5 quintilhões de grãos de trigo? Se
cada grão tivesse o tamanho de um milímetro, todos os grãos
juntos pesariam cerca de 75 bilhões de toneladas métricas, o
que é muito mais do que poderia ser armazenado nos celeiros do xá. Na verdade, esse número equivale a cerca de 150
anos da produção de trigo mundial no presente. O relato do
que aconteceu a seguir não chegou até nós. Se o rei, inadimplente, culpando-se pela falta de atenção nos seus estudos
de aritmética, entregou o reino ao vizir, ou se o último experimentou as aflições de um novo jogo chamado vizirmat, não
temos o privilégio de saber.
*1 quintilhão = 1 000 000 000 000 000 000 = 1018. Para se contar esse número a partir de 0 (um número por segundo, dia e noite), seriam necessários
32 bilhões de anos (mais tempo do que a idade do universo).
(Carl Sagan. Bilhões e bilhões, 2008. Adaptado.)
O trecho “era um homem modesto, disse ao xá” (2º parágrafo) foi construído em discurso indireto. Ao se adaptar
tal trecho para o discurso direto, o verbo “era” assume a
seguinte forma:
Ano: 2019
Banca:
VUNESP
Órgão:
SÃO CAMILO
Prova:
VUNESP - 2019 - SÃO CAMILO - Processo Seletivo - 1º Semestre de 2020- Medicina Prova II |
Q1797646
Português
Texto associado
Leia o texto de Caio Prado Júnior para responder à questão.
De tudo se trata, pode-se dizer, ou se tem tratado na “filosofia”, e até os mesmos assuntos, ou aparentemente os mesmos, são considerados em perspectivas de tal modo apartadas uma das outras que não se combinam e entrosam entre
si, tornando-se impossível contrastá-las. Para alguns, essa
situação é não apenas normal, mas plenamente justificável. A
filosofia seria isso mesmo: uma especulação infinita e desregrada em torno de qualquer assunto ou questão, ao sabor de
cada autor, de suas preferências e mesmo de seus humores.
Há mesmo quem afirme não caber à filosofia “resolver”, e
sim unicamente sugerir questões e propor problemas, fazer
perguntas cujas respostas não têm maior interesse, e com o
fim unicamente de estimular a reflexão, aguçar a curiosidade.
E já se afirmou até que a filosofia não passava de uma ginástica do pensamento, entendendo por isso o simples exercício
e adestramento de uma função — no caso, o pensamento em
vez dos músculos, sem outra finalidade que essa.
Apesar, contudo, de boa parte da especulação filosófica,
particularmente em nossos dias, parecer confirmar tal ponto
de vista, ele certamente não é verdadeiro. Há sem dúvida um
terreno comum onde a filosofia, ou aquilo que se tem entendido como tal, se confunde com a literatura (no bom sentido,
entenda-se bem) e não objetiva realmente conclusão alguma,
destinando-se tão somente, como toda literatura, a par do entretimento que proporciona, levar aos leitores ou ouvintes, a
partir destes centros condensadores da consciência coletiva
que são os profissionais do pensamento, levar-lhes impressões e estados de espírito, emoções e estímulos, dúvidas e
indagações. Mas esse terreno que a filosofia, ou pelo menos
aquilo que se tem entendido por “filosofia”, compartilha com a
literatura, não é toda filosofia, nem mesmo, de certo modo, a
sua mais importante e principal parte.
Com toda sua heterogeneidade, confusão e hermetismo,
a filosofia ainda encontra ressonância tal, que bastaria para
comprovar que nela se abrigam questões que dizem muito de
perto com interesses e aspirações humanas que devem, por
isso, ser atendidos, e não frustrados pela ausência ou desconhecimento de objetivo e rumo seguros da parte daqueles
que se ocupam do assunto.
Mas onde encontrar esse “objeto” último e profundo da
especulação filosófica para o qual converge e onde se concentra a variegada problemática de que a filosofia vem através dos
séculos e em todos os lugares se ocupando; e de que se trata?
(O que é filosofia, 2008. Adaptado.)
“Apesar, contudo, de boa parte da especulação filosófica,
particularmente em nossos dias, parecer confirmar tal ponto
de vista, ele certamente não é verdadeiro.” (2°
parágrafo)
Mantendo-se o significado original e a correção gramatical, os dois trechos sublinhados podem ser substituídos por:
Mantendo-se o significado original e a correção gramatical, os dois trechos sublinhados podem ser substituídos por:
Ano: 2020
Banca:
FGV
Órgão:
FGV
Prova:
FGV - 2020 - FGV - Graduação em Economia - Química e Língua Portuguesa - 1º Dia |
Q1796197
Português
Texto associado
Considere o trecho inicial do conto "Uns sábados, uns agostos", de Caio Fernando Abreu, para
responder à questão.
Eles vinham aos sábados, sem telefonar. Não lembro desde quando criou-se o hábito de virem aos
sábados, sem telefonar – e de vez em quando isso me irritava, pensando que se quisesse sair para, por
exemplo, passear pelo parque ou tomar uma dessas lanchas de turismo que fazem excursões pelas
ilhas, não poderia porque eles bateriam com as caras na porta fechada e ficariam ofendidos (eles eram
sensíveis) e talvez não voltassem nunca mais. E como, aos sábados, eu jamais faria coisas como ir ao
parque ou andar nessas tais lanchas que fazem excursões pelas ilhas, era obrigado a esperá-los,
trancado em casa. Certamente os odiava um pouco enquanto não chegavam: um ódio de ter meus
sábados totalmente dependentes deles, que não eram eu, e que não viveriam a minha vida por mim –
embora eu nunca tivesse conseguido aprender como se vive aos sábados, se é que existe uma maneira
específica de atravessá-los.
[...]
E afinal, chovesse ou fizesse sol, sagradamente lá estavam eles, aos sábados. Naturalmente
chovesse-ou-fizesse-sol é apenas isso que se convencionou chamar força de expressão, já que há
muito tempo não fazia sol, talvez por ser agosto − mas de certa forma é sempre agosto nesta cidade,
principalmente aos sábados.
Não é que fossem chatos. Na verdade, eu nunca soube que critérios de julgamento se pode usar
para julgar alguém definitivamente chato, irremediavelmente burro ou irrecuperavelmente
desinteressante. Sempre tive uma dificuldade absurda para arrumar prateleiras. Acontece que não
tínhamos nada em comum, não que isso tenha importância, mas nossas famílias não se conheciam,
então não podíamos falar sobre os meus pais ou os avós deles, sobre os meus tios ou os seus
sobrinhos ou qualquer outra dessas combinações genealógicas. Também não sabia que tipo de trabalho
faziam, se é que faziam alguma coisa, nem sequer se liam, se estudavam, iam ao cinema, assistiam à
televisão ou com que se ocupavam, enfim, além de me visitar aos sábados.
(Caio Fernando Abreu. Mel e girassóis, 1988. Adaptado.)
Considerado o contexto do primeiro parágrafo, o verbo sublinhado indica um acontecimento
habitual, frequente, no passado, na frase:
Ano: 2020
Banca:
FGV
Órgão:
FGV
Prova:
FGV - 2020 - FGV - Graduação em Economia - Química e Língua Portuguesa - 1º Dia |
Q1796195
Português
Texto associado
Leia o texto de Teresinha Costa para responder à questão.
Em História social da criança e da família, Philippe Ariès faz um estudo na Europa, no período
compreendido entre a Idade Média e o século XX, para demonstrar como a definição de criança se
modificou no decorrer do tempo de acordo com parâmetros ideológicos. Pela análise de pinturas,
diários, esculturas e vitrais produzidos na Europa no período anterior aos ideais da Revolução Francesa,
Ariès forja a expressão "sentimento da infância" para designar "a consciência da particularidade infantil,
essa particularidade que distingue essencialmente a criança do adulto". Esse sentimento vai aparecer a
partir apenas do século XVII.
Na Idade Média, a criança era vista como um pequeno adulto, sem características que a
diferenciassem, e desconsiderada como alguém merecedor de cuidados especiais. Isso não significava
que as crianças fossem até então desprezadas ou negligenciadas, mas sim que não se tinha
consciência de uma série de particularidades intelectuais, comportamentais e emocionais que
passaram, então, a ser consideradas como inerentes ou até mesmo naturais às crianças. Ariès
comenta, inclusive, que os pintores ocidentais reproduziam crianças vestidas como pequenos adultos, e
que somente percebemos se tratar de uma criança devido ao seu tamanho reduzido. Nas sociedades
agrárias, a infância era um período rapidamente superado e, tão logo a criança adquiria alguma
independência, passava a participar da vida dos adultos e de seus trabalhos, jogos e festas.
(Psicanálise com crianças, 2010.)
"Isso não significava que as crianças fossem até então desprezadas" (2° parágrafo)
Se esta frase for transposta para a voz ativa, a locução verbal sublinhada muda para:
Se esta frase for transposta para a voz ativa, a locução verbal sublinhada muda para:
Ano: 2019
Banca:
Universidade Presbiteriana Mackenzie
Órgão:
MACKENZIE
Prova:
Universidade Presbiteriana Mackenzie - 2019 - MACKENZIE - Vestibular Mackenzie - Grupos II e III |
Q1793858
Português
Texto associado
Texto para a questão
Considere as seguintes afirmações sobre o texto.
I. O pronome isso (linha 03) refere-se ao que é afirmado anteriormente. II. A forma verbal sustentariam (linha 08) apresenta um tempo que denota ideia de possibilidade, de algo possível, mas não efetivamente certo. III. A partícula si (linha 13) refere-se à expressão inteligência artificial.
Assinale a alternativa correta.
I. O pronome isso (linha 03) refere-se ao que é afirmado anteriormente. II. A forma verbal sustentariam (linha 08) apresenta um tempo que denota ideia de possibilidade, de algo possível, mas não efetivamente certo. III. A partícula si (linha 13) refere-se à expressão inteligência artificial.
Assinale a alternativa correta.