Questões da Prova PUC - RS - 2014 - PUC - RS - Vestibular - Prova 2
Foram encontradas 7 questões
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Pai, afasta de mim esse cálice
Pai, afasta de mim esse cálice
Pai, afasta de mim esse cálice
De vinho tinto de sangue
Como beber dessa bebida amarga
Tragar a dor, engolir a labuta
Mesmo calada a boca, resta o peito
Silêncio na cidade não se escuta
De que me vale ser filho da santa
Melhor seria ser filho da outra
Outra realidade menos morta
Tanta mentira, tanta força bruta
Como é difícil acordar calado
Se na calada da noite eu me dano
Quero lançar um grito desumano
Que é uma maneira de ser escutado
Esse silêncio todo me atordoa
Atordoado eu permaneço atento
Na arquibancada pra a qualquer momento
Ver emergir o monstro da lagoa (...)
Por serem obras produzidas e proibidas em regimes autoritários, é possível associar a canção e a escultura à(s) seguinte(s) temática(s):
I. O silenciamento do indivíduo
II. A alienação do sujeito
III. A força da violência
Está/Estão correta(s) a(s) temática(s)
INSTRUÇÃO: Para responder à questão , leia a crônica Um pouco de silêncio, de Lya Luft, e preencha os parênteses com V (verdadeiro) ou F (falso).
Nesta trepidante cultura nossa, da agitação e do barulho, gostar de sossego é uma excentricidade. Sob a pressão do ter de parecer, ter de participar, ter de adquirir, ter de qualquer coisa, assumimos uma infinidade de obrigações. (...) Quem não corre com a manada praticamente nem existe, se não se cuidar botam numa jaula: um animal estranho. Acuados pelo relógio, pelos compromissos, pela opinião alheia, disparamos sem rumo – ou em trilhas determinadas – feito hâmsteres que se alimentam de sua própria agitação. Ficar sossegado é perigoso: pode parecer doença. Recolher-se em casa ou dentro de si mesmo ameaça quem leva um susto cada vez que examina sua alma. Estar sozinho é considerado humilhante, sinal de que não se arrumou ninguém – como se a amizade ou o amor se arrumasse em loja. (...) Além do desgosto pela solidão, temos horror à quietude. Pensamos logo em depressão: quem sabe terapia e antidepressivos? Uma criança que não brinca ou salta ou participa de atividades frenéticas está com algum problema. O silêncio assusta-nos por retumbar no vazio dentro de nós. Quando nada se move nem faz barulho, notamos as frestas pelas quais nos espiam coisas incômodas e mal resolvidas, ou se observa outro ângulo de nós mesmos. (...) O silêncio faz pensar, remexe águas paradas, trazendo à tona sabe Deus que desconcerto nosso. Com medo de vermos quem – ou o que – somos, adiamos o confronto com a nossa alma sem máscaras. Mas, se aprendermos a gostar um pouco de sossego, descobrimos – em nós e no outro – regiões nem imaginadas, questões fascinantes e não necessariamente negativas. Nunca esqueci a experiência de quando alguém me pôs a mão no meu ombro de criaça e disse: – Fica quietinha um momento só, escuta a chuva a chegar.(...) Então, por favor, deem-me isso: um pouco de silêncio bom, para que eu escute o vento nas folhas, a chuva nas lajes, e tudo o que fala muito para além das palavras de todos os textos e da música de todos os sentimentos.
( ) No excerto, é possível perceber a crítica da autora ao isolamento de certos indivíduos, que não conseguem viver em comunidade.
( ) A crônica tem um caráter pedagógico, uma vez que faz um alerta sobre crianças com problemas de socialização, que não brincam, não pulam, não se divertem juntamente às demais.
( ) A autora insinua, em diferentes momentos do texto, a extrema preocupação que as pessoas têm com a opinião dos outros.
( ) A narradora associa o silêncio com a capacidade de reflexão ao olhar para si mesmo.
O correto preenchimento dos parênteses, de cima para baixo, é