Questões de Vestibular INSPER 2019 para Vestibular - Códigos e Linguagens e Matemática

Foram encontradas 3 questões

Ano: 2019 Banca: VUNESP Órgão: INSPER Prova: VUNESP - 2019 - INSPER - Vestibular - Códigos e Linguagens e Matemática |
Q1937119 Português

Leia o trecho inicial de um poema de Charles Baudelaire para responder à questão.


Bênção


        Quando, por uma lei das supremas potências,

        O Poeta se apresenta à plateia entediada,      

         Sua mãe, estarrecida e prenhe de insolências,

          Pragueja com Deus, que dela então se apieda:


        “Ah! tivesse eu gerado um ninho de serpentes,

          Em vez de amamentar esse aleijão sem graça!

        Maldita a noite dos prazeres mais ardentes    

           Em que meu ventre concebeu minha desgraça!


        Pois que entre todas neste mundo fui eleita  

        Para ser o desgosto de meu triste esposo,   

            E ao fogo arremessar não posso, qual se deita

           Uma carta de amor, esse monstro asqueroso,


        Eu farei recair teu ódio que me afronta       

        Sobre o instrumento vil de tuas maldições,

                  E este mau ramo hei de torcer de ponta a ponta,

                 Para que aí não vingue um só de seus botões!”

(As flores do mal, 2012.)  

Assinale a alternativa em que a reescrita do verso mantém o seu sentido original.  
Alternativas
Ano: 2019 Banca: VUNESP Órgão: INSPER Prova: VUNESP - 2019 - INSPER - Vestibular - Códigos e Linguagens e Matemática |
Q1937128 Português

Leia a tira para responder à questão.


(Adão Iturrusgarai. “A vida como ela yeah”. Folha de S.Paulo, 17.09.2019.) 

Em conformidade com a norma-padrão, a reescrita que atende aos sentidos do texto é:  
Alternativas
Ano: 2019 Banca: VUNESP Órgão: INSPER Prova: VUNESP - 2019 - INSPER - Vestibular - Códigos e Linguagens e Matemática |
Q1937131 Português

Leia o texto para responder à questão.


    15 DE JULHO DE 1955 Aniversário de minha filha Vera Eunice. Eu pretendia comprar um par de sapatos para ela. Mas o custo dos generos alimenticios nos impede a realização dos nossos desejos. Atualmente somos escravos do custo de vida. Eu achei um par de sapatos no lixo, lavei e remendei para ela calçar.

    Eu não tinha um tostão para comprar pão. Então eu lavei 3 litros e troquei com o Arnaldo. Ele ficou com os litros e deu-me pão. Fui receber o dinheiro do papel. Recebi 65 cruzeiros. Comprei 20 de carne, 1 quilo de toucinho e 1 quilo de açucar e seis cruzeiros de queijo. E o dinheiro acabou-se.

    Passei o dia indisposta. Percebi que estava resfriada. A noite o peito doia-me. Comecei tussir. Resolvi não sair a noite para catar papel. Procurei meu filho João José. Ele estava na rua Felisberto de Carvalho, perto do mercadinho. O onibus atirou um garoto na calçada e a turba afluiu-se. Ele estava no nucleo. Dei-lhe uns tapas e em cinco minutos ele chegou em casa.

    Ablui as crianças, aleitei-as e ablui-me e aleitei-me. Esperei até as 11 horas, um certo alguem. Ele não veio. Tomei um melhoral e deitei-me novamente. Quando despertei o astro rei deslisava no espaço. A minha filha Vera Eunice dizia: — Vai buscar agua mamãe!

(Carolina Maria de Jesus. Quarto de despejo diário de uma favelada, 1993.) 

Em conformidade com a norma-padrão e com o sentido do texto, a passagem “Esperei até as 11 horas, um certo alguem. Ele não veio. Tomei um melhoral e deitei-me novamente” (4º parágrafo) está adequadamente reescrita em: 
Alternativas
Respostas
1: C
2: B
3: D