Questões de Vestibular UEA 2018 para Prova de Conhecimentos Gerais
Foram encontradas 4 questões
Q1794433
Português
Texto associado
Considere o poema de Augusto Massi para responder à questão.
Homem rindo
A roda de amigos
sacudida por uma
rajada de risos.
Me concentro num
homem tímido que
sorri por dentro.
Deslocado na roda
rapidamente corta
o riso pela raiz.
Mas o riso retorna.
Coceira furiosa nos
orifícios do nariz.
Bebe graça no gargalo
rola rala racha o bico
ri até ficar sem graça.
A rodada de amigos
explode às gargalhadas:
o tímido é sua cachaça.
(Negativo, 1991.)
No contexto do poema, o sentido expresso pelo último verso
é:
Q1794434
Português
Texto associado
Considere o poema de Augusto Massi para responder à questão.
Homem rindo
A roda de amigos
sacudida por uma
rajada de risos.
Me concentro num
homem tímido que
sorri por dentro.
Deslocado na roda
rapidamente corta
o riso pela raiz.
Mas o riso retorna.
Coceira furiosa nos
orifícios do nariz.
Bebe graça no gargalo
rola rala racha o bico
ri até ficar sem graça.
A rodada de amigos
explode às gargalhadas:
o tímido é sua cachaça.
(Negativo, 1991.)
“Deslocado na roda
rapidamente corta
o riso pela raiz.”
A expressão “cortar pela raiz” equivale a
A expressão “cortar pela raiz” equivale a
Q1794437
Português
Texto associado
Leia o trecho do romance Iracema, de José de Alencar, para
responder à questão.
Além, muito além daquela serra, que ainda azula no horizonte, nasceu Iracema.
Iracema, a virgem dos lábios de mel, que tinha os cabelos mais negros que a asa da graúna, e mais longos que seu
talhe de palmeira.
O favo da jati não era doce como seu sorriso; nem a baunilha recendia no bosque como seu hálito perfumado.
Mais rápida que a corça selvagem, a morena virgem corria o sertão e as matas do Ipu, onde campeava sua guerreira
tribo, da grande nação tabajara. O pé grácil e nu, mal roçando, alisava apenas a verde pelúcia que vestia a terra com as
primeiras águas.
Um dia, ao pino do Sol, ela repousava em um claro da
floresta. Banhava-lhe o corpo a sombra da oiticica, mais fresca do que o orvalho da noite. Os ramos da acácia silvestre
esparziam flores sobre os úmidos cabelos. Escondidos na
folhagem os pássaros ameigavam o canto.
Iracema saiu do banho: o aljôfar d’água ainda a roreja,
como à doce mangaba que corou em manhã de chuva. Enquanto repousa, empluma das penas do gará as flechas de
seu arco, e concerta com o sabiá da mata, pousado no galho
próximo, o canto agreste.
A graciosa ará, sua companheira e amiga, brinca junto
dela. Às vezes sobe aos ramos da árvore e de lá chama a
virgem pelo nome; outras remexe o uru de palha matizada,
onde traz a selvagem seus perfumes, os alvos fios do crautá,
as agulhas da juçara com que tece a renda, e as tintas de que
matiza o algodão.
Rumor suspeito quebra a doce harmonia da sesta. Ergue a virgem os olhos, que o sol não deslumbra; sua vista
perturba-se.
Diante dela e todo a contemplá-la está um guerreiro estranho, se é guerreiro e não algum mau espírito da floresta.
Tem nas faces o branco das areias que bordam o mar; nos
olhos o azul triste das águas profundas. Ignotas armas e tecidos ignotos cobrem-lhe o corpo.
Foi rápido, como o olhar, o gesto de Iracema. A flecha
embebida no arco partiu. Gotas de sangue borbulham na
face do desconhecido.
De primeiro ímpeto, a mão lesta caiu sobre a cruz da espada; mas logo sorriu. O moço guerreiro aprendeu na religião
de sua mãe, onde a mulher é símbolo de ternura e amor.
Sofreu mais d’alma que da ferida.
O sentimento que ele pôs nos olhos e no rosto, não o sei
eu. Porém a virgem lançou de si o arco e a uiraçaba, e correu
para o guerreiro, sentida da mágoa que causara.
A mão que rápida ferira, estancou mais rápida e compassiva o sangue que gotejava. Depois Iracema quebrou a flecha
homicida: deu a haste ao desconhecido, guardando consigo
a ponta farpada.
(Iracema, 2006.)
“Banhava-lhe o corpo a sombra da oiticica” (5°
parágrafo)
No contexto em que está inserida, a frase é equivalente a
No contexto em que está inserida, a frase é equivalente a
Q1794440
Português
Texto associado
Leia o texto de Jorge Coli para responder à questão.
Dizer o que seja a arte é coisa difícil. Um sem-número de
tratados de estética debruçou-se sobre o problema, procurando situá-lo, procurando definir o conceito. Mas, se buscamos uma resposta clara e definitiva, decepcionamo-nos: elas
são divergentes, contraditórias, além de frequentemente se
pretenderem exclusivas, propondo-se como solução única.
Desse ponto de vista, a empresa é desencorajadora.
Entretanto, se pedirmos a qualquer pessoa que possua
um mínimo contato com a cultura para nos citar alguns exemplos de obras de arte ou de artistas, ficaremos certamente
satisfeitos. Todos sabemos que a Mona Lisa, que a Nona Sinfonia de Beethoven, que a Divina Comédia, que Guernica de
Picasso ou o Davi de Michelangelo são, indiscutivelmente,
obras de arte. Assim, mesmo sem possuirmos uma definição
clara e lógica do conceito, somos capazes de identificar algumas produções da cultura em que vivemos como “arte”.
É possível dizer, então, que arte são certas manifestações da atividade humana diante das quais nosso sentimento é admirativo, isto é: nossa cultura possui uma noção que
denomina solidamente algumas de suas atividades e as privilegia. Portanto, podemos ficar tranquilos: se não conseguimos saber o que a arte é, pelo menos sabemos quais coisas
correspondem a essa ideia e como devemos nos comportar
diante delas.
(O que é arte, 2010. Adaptado.)
“arte são certas manifestações da atividade humana
diante das quais nosso sentimento é admirativo” (3°
parágrafo)
Os dois segmentos sublinhados podem ser substituídos, com correção gramatical, por:
Os dois segmentos sublinhados podem ser substituídos, com correção gramatical, por: