Questões de Vestibular UNESP 2016 para Vestibular - Primeiro Semestre
Foram encontradas 90 questões
Ano: 2016
Banca:
VUNESP
Órgão:
UNESP
Prova:
VUNESP - 2016 - UNESP - Vestibular - Primeiro Semestre |
Q809324
Português
Texto associado
Leia o excerto do livro Violência urbana, de Paulo Sérgio
Pinheiro e Guilherme Assis de Almeida, para responder a questão.
De dia, ande na rua com cuidado, olhos bem abertos.
Evite falar com estranhos. À noite, não saia para caminhar,
principalmente se estiver sozinho e seu bairro for
deserto. Quando estacionar, tranque bem as portas do
carro [...]. De madrugada, não pare em sinal vermelho. Se
for assaltado, não reaja – entregue tudo.
É provável que você já esteja exausto de ler e ouvir
várias dessas recomendações. Faz tempo que a ideia de
integrar uma comunidade e sentir-se confiante e seguro
por ser parte de um coletivo deixou de ser um sentimento
comum aos habitantes das grandes cidades brasileiras.
As noções de segurança e de vida comunitária foram
substituídas pelo sentimento de insegurança e pelo isolamento
que o medo impõe. O outro deixa de ser visto
como parceiro ou parceira em potencial; o desconhecido
é encarado como ameaça. O sentimento de insegurança
transforma e desfigura a vida em nossas cidades.
De lugares de encontro, troca, comunidade, participação
coletiva, as moradias e os espaços públicos transformam-se
em palco do horror, do pânico e do medo.
A violência urbana subverte e desvirtua a função
das cidades, drena recursos públicos já escassos, ceifa
vidas – especialmente as dos jovens e dos mais pobres –,
dilacera famílias, modificando nossas existências dramaticamente
para pior. De potenciais cidadãos, passamos
a ser consumidores do medo. O que fazer diante desse
quadro de insegurança e pânico, denunciado diariamente
pelos jornais e alardeado pela mídia eletrônica? Qual
tarefa impõe-se aos cidadãos, na democracia e no Estado
de direito?
(Violência urbana, 2003.)
O trecho “As noções de segurança e de vida comunitária foram substituídas pelo sentimento de insegurança e
pelo isolamento que o medo impõe.” (2º parágrafo) foi
construído na voz passiva. Ao se adaptar tal trecho para
a voz ativa, a locução verbal “foram substituídas” assume
a seguinte forma:
Ano: 2016
Banca:
VUNESP
Órgão:
UNESP
Prova:
VUNESP - 2016 - UNESP - Vestibular - Primeiro Semestre |
Q809325
Português
Texto associado
Leia o excerto do livro Violência urbana, de Paulo Sérgio
Pinheiro e Guilherme Assis de Almeida, para responder a questão.
De dia, ande na rua com cuidado, olhos bem abertos.
Evite falar com estranhos. À noite, não saia para caminhar,
principalmente se estiver sozinho e seu bairro for
deserto. Quando estacionar, tranque bem as portas do
carro [...]. De madrugada, não pare em sinal vermelho. Se
for assaltado, não reaja – entregue tudo.
É provável que você já esteja exausto de ler e ouvir
várias dessas recomendações. Faz tempo que a ideia de
integrar uma comunidade e sentir-se confiante e seguro
por ser parte de um coletivo deixou de ser um sentimento
comum aos habitantes das grandes cidades brasileiras.
As noções de segurança e de vida comunitária foram
substituídas pelo sentimento de insegurança e pelo isolamento
que o medo impõe. O outro deixa de ser visto
como parceiro ou parceira em potencial; o desconhecido
é encarado como ameaça. O sentimento de insegurança
transforma e desfigura a vida em nossas cidades.
De lugares de encontro, troca, comunidade, participação
coletiva, as moradias e os espaços públicos transformam-se
em palco do horror, do pânico e do medo.
A violência urbana subverte e desvirtua a função
das cidades, drena recursos públicos já escassos, ceifa
vidas – especialmente as dos jovens e dos mais pobres –,
dilacera famílias, modificando nossas existências dramaticamente
para pior. De potenciais cidadãos, passamos
a ser consumidores do medo. O que fazer diante desse
quadro de insegurança e pânico, denunciado diariamente
pelos jornais e alardeado pela mídia eletrônica? Qual
tarefa impõe-se aos cidadãos, na democracia e no Estado
de direito?
(Violência urbana, 2003.)
As palavras do texto cujos prefixos traduzem ideia de
negação são
Ano: 2016
Banca:
VUNESP
Órgão:
UNESP
Prova:
VUNESP - 2016 - UNESP - Vestibular - Primeiro Semestre |
Q809326
Português
Trata-se de uma obra híbrida que transita entre a
literatura, a história e a ciência, ao unir a perspectiva científica,
de base naturalista e evolucionista, à construção
literária, marcada pelo fatalismo trágico e por uma visão
romântica da natureza. Seu autor recorreu a formas de
ficção, como a tragédia e a epopeia, para compreender o
horror da guerra e inserir os fatos em um enredo capaz de
ultrapassar a sua significação particular.
(Roberto Ventura. “Introdução”. In: Silviano Santiago (org.).
Intérpretes do Brasil, vol 1, 2000. Adaptado.)
Tal comentário crítico aplica-se à obra
Ano: 2016
Banca:
VUNESP
Órgão:
UNESP
Prova:
VUNESP - 2016 - UNESP - Vestibular - Primeiro Semestre |
Q809327
Português
Carpe diem: Esse conhecido lema, extraído das
Odes do poeta latino Horácio (65 a.C.- 8 a.C.), sintetiza
expressivamente o seguinte motivo: saber aproveitar
tudo o que se apresente de positivo (mesmo que pouco)
e transitório.
(Renzo Tosi. Dicionário de sentenças latinas e gregas, 2010. Adaptado.)
Das estrofes extraídas da produção poética de Fernando
Pessoa (1888-1935), aquela em que tal motivo se manifesta
mais explicitamente é:
Ano: 2016
Banca:
VUNESP
Órgão:
UNESP
Prova:
VUNESP - 2016 - UNESP - Vestibular - Primeiro Semestre |
Q809328
Português
O quadro não se presta a uma leitura convencional,
no sentido de esmiuçar os detalhes da composição em
busca de nuances visuais. Na tela, há apenas formas
brutas, essenciais, as quais remetem ao estado natural,
primitivo. Os contornos inchados das plantas, os pés agigantados
das figuras, o seio que atende ao inexorável
apelo da gravidade: tudo é raiz. O embasamento que
vem do fundo, do passado, daquilo que vegeta no substrato
do ser. As cabecinhas, sem faces, servem apenas
de contraponto. Estes não são seres pensantes, produtos
da cultura e do refinamento. Tampouco são construídos; antes nascem, brotam como plantas, sorvendo a
energia vital do sol de limão. À palheta nacionalista de
verde planta, amarelo sol e azul e branco céu, a pintora
acrescenta o ocre avermelhado de uma pele que mais
parece argila. A mensagem é clara: essa é nossa essência
brasileira – sol, terra, vegetação. É isto que somos,
em cores vivas e sem a intervenção erudita das fórmulas
pictóricas tradicionais.
(Rafael Cardoso. A arte brasileira em 25 quadros, 2008. Adaptado.)
Tal comentário aplica-se à seguinte obra de Tarsila do
Amaral (1886-1973):