Questões de Vestibular UNIOESTE 2017 para Vestibular - Tarde
Foram encontradas 7 questões
Q1260822
Filosofia
Referindo-se à Filosofia, Montaigne escreve:
“É singular que em nosso século as coisas sejam de tal forma que a filosofia, até para as pessoas inteligentes,
seja um nome vão e fantástico, que se considera de nenhum uso e de nenhum valor, tanto por opinião como
de fato. Creio que a causa disso são esses ergotismos [que significa abuso de silogismos na argumentação]
que invadiram seus caminhos de acesso. É um grande erro pintá-la inacessível às crianças e com um
semblante carrancudo, sobranceiro e terrível. Quem a mascarou com esse falso semblante, lívido e medonho?
Não há nada mais alegre, mais jovial, mais vivaz e quase digo brincalhão. Ela só prega festa e bons
momentos. Uma fisionomia triste e inteiriçada mostra que não é ali sua morada” (MONTAIGNE I, 26, p.
240).
Depois de ler o texto acima, atentamente, assinale a alternativa CORRETA.
Depois de ler o texto acima, atentamente, assinale a alternativa CORRETA.
Q1260823
Filosofia
Segundo a conhecida alegoria da caverna, que aparece no Livro VII da República, de Platão, há
prisioneiros, voltados para uma parede em que são projetadas as sombras de objetos que eles não podem ver.
Esses prisioneiros representam a humanidade em seu estágio de mais baixo saber acerca da realidade e de si
mesmos: a doxa, ou “opinião”. Um desses prisioneiros é libertado à força, num processo que ele quer evitar
e que lhe causa dor e enormes dificuldades de visão (conhecimento). Gradativamente, ele é conduzido para
fora da caverna, a um estágio em que pode ver as coisas em si mesmas, isto é, os fundamentos eternos de
tudo o quê, antes, ele via somente mediante sombras. Esses fundamentos são as Formas. Para além das
Formas, brilha o Sol, que representa a Forma das Formas, o Bem, fonte essencial de todo ser e de todo
conhecer e unicamente acessível mediante intuição direta. Com base nisso, responda à seguinte questão: se
chegamos ao conhecimento das Formas mediante a dialética, que é o estabelecimento de fundamentos que
possibilitam o conhecimento das coisas particulares (sombras), é CORRETO dizer:
Q1260824
Filosofia
Considerando-se o seguinte fragmento de Maquiavel, indique qual das alternativas abaixo está
CORRETA.
“Um príncipe prudente deve, portanto, conduzir-se de uma terceira maneira escolhendo no seu Estado homens sábios, e só a esses deve dar o direito de falar-lhe a verdade a respeito, porém apenas das coisas que ele lhes perguntar. Deve consultá-los a respeito de tudo e ouvir-lhes a opinião e deliberar depois como bem entender e com conselhos daqueles; conduzir-se de tal modo que eles percebam que com quanto mais liberdade falarem, mais facilmente as suas opiniões serão seguidas” (MAQUIAVEL, 1973, p. 105).
“Um príncipe prudente deve, portanto, conduzir-se de uma terceira maneira escolhendo no seu Estado homens sábios, e só a esses deve dar o direito de falar-lhe a verdade a respeito, porém apenas das coisas que ele lhes perguntar. Deve consultá-los a respeito de tudo e ouvir-lhes a opinião e deliberar depois como bem entender e com conselhos daqueles; conduzir-se de tal modo que eles percebam que com quanto mais liberdade falarem, mais facilmente as suas opiniões serão seguidas” (MAQUIAVEL, 1973, p. 105).
Q1260825
Filosofia
“A concepção da infinitude do universo é, naturalmente, uma doutrina puramente metafísica; pode,
certamente, como fez de fato, servir de base à ciência empírica; não pode jamais basear-se no empirismo.
Isto foi bem compreendido por Kepler que, portanto, rejeitou a doutrina – o que é particularmente
interessante e instrutivo – não só por motivos metafísicos como ainda por motivos puramente científicos.
Antecipando certas epistemologias de hoje, ele chega a declará-la despida de significação científica”.
(Koyré, A. Do Mundo Fechado ao Universo Infinito. Rio de Janeiro: Ed. Forense Universitária, São Paulo:
Edusp, 1979, p.63)
No trecho acima, Alexandre Koyré identifica continuidade entre certos aspectos do pensamento de Johannes Kepler e
No trecho acima, Alexandre Koyré identifica continuidade entre certos aspectos do pensamento de Johannes Kepler e
Q1260826
Filosofia
O filósofo alemão Immanuel Kant formulou, na Crítica da Razão Pura, uma divisão do conhecimento e
acesso da razão aos fenômenos. Fenômenos não são coisas; eles nomeiam aquilo que podemos conhecer das
coisas, através das formas da sensibilidade (Espaço e Tempo) e das categorias do entendimento (tais como
Substância, Relação, Necessidade etc.). Assim, Kant afirma que o conhecimento humano é finito (limitado
por suas formas e categorias). Como poderia haver, então, algum conhecimento universalmente válido? Ele
afirma que tal conhecimento se formula num “juízo sintético a priori”. Juízos são afirmações; o adjetivo
“sintéticos” significa que essas afirmações reúnem conceitos diferentes; “a priori”, por sua vez, indica aquilo
que é obtido sem acesso à experiência dos fenômenos, antes deles e para que os fenômenos possam ser
reunidos em um conhecimento que tenha unidade e sentido.
Com base nisso, indique a alternativa CORRETA.
Com base nisso, indique a alternativa CORRETA.