Questões de Vestibular UNIOESTE 2016 para Vestibular - Tarde

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Ano: 2016 Banca: UNIOESTE Órgão: UNIOESTE Prova: UNIOESTE - 2016 - UNIOESTE - Vestibular - Tarde |
Q1261159 História

Tomando como base a citação abaixo, assinale a alternativa CORRETA.


“A história escrita do mundo é, em larga medida, uma história de guerras, porque os Estados em que vivemos nasceram de conquistas, guerras civis ou lutas pela independência. Ademais, os grandes estadistas da história escrita foram, em geral, homens de violência, pois ainda que não fossem guerreiros – e muitos o foram –, compreendiam o uso da violência e não hesitavam em colocá-la em prática para seus fins”. KEEGAN, John Uma História da Guerra. São Paulo: Companhia das Letras, 1995, p. 399

Alternativas
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Q1261160 História

Analise as indicações abaixo:


I - Censura e controle

“O samba O Bonde de São Januário, de autoria de Wilson Batista composta em 1940 e interpretado por Ataúfo Alves, foi censurado pelo DIP (Departamento de Imprensa e Propaganda). Esse órgão, criado pelo governo de Getúlio Vargas durante o Estado Novo, exercia de forma severa a censura sobre os jornais, as revistas, o teatro, o cinema, a literatura, o rádio e as demais manifestações culturais. A letra original dizia: “O bonde de São Januário/leva mais um sócio otário/só eu não vou trabalhar”.”

Fonte: http://www.educadores.diaadia.pr.gov.br/modules/debaser/singlefile.php?id=23459 

O Bonde de São Januário

Quem trabalha é quem tem razão

Eu digo e não tenho medo de errar

O Bonde de São Januário leva mais um operário

Sou eu que vou trabalhar

Antigamente eu não tinha juízo

Mas hoje eu penso melhor no futuro

Graças a Deus sou feliz vivo muito bem

A boemia não dá camisa a ninguém

Passe bem!

Composição: Wilson Batista


II - Expectativa de apoio estatal nas disputas de terra

“Deste Norte do Paraná, que já parecera o eldorado para milhares de brasileiros que para lá se deslocavam, chega a carta de José Arruda de Oliveira. A carta não serve apenas para pedir, mas também contar sua vida: “Trabalhei na Bahia em cinqüenta e cinco tarefas de cacau, mas só recebi mil cruzeiros por pé. Tenho sofrido muito na unha dos tubarões. Eu não queria trabalhar mais para os tubarões”. Tubarão, na linguagem da época, era o explorador que não plantava, mas colhia o resultado de seu plantio. Arruda continuava: “Formei quatro alqueire de café, e tenho uma posse. Mas agora homem da companhia agrícola de Catanduva diz que a terra é deles. Eu agaranto que é mata do Estado”. Ser mata do Estado abria para Arruda a esperança de que pudesse ficar em paz: “eu assisti o seu comício em Londrina e fiquei muito satisfeito. Eu queria muito conversar com o senhor pra contar o que acontece aqui no Paraná.”.”

RIBEIRO, Vanderlei V. Cartas da roça ao presidente: os camponeses ante Vargas e Perón. Revista de História Comparada, Rio de Janeiro, v. 1, n. 2, p. 9, 2007.

Após analisarmos tais considerações frente ao que se denominou "Era Vargas", podemos indicar como INCORRETA a seguinte alternativa:
Alternativas
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Q1261161 História

Leia atentamente o que segue abaixo:


“A maneira indireta de neutralizar a capital e as forças que nela se agitavam era fortalecer os estados, pacificando e cooptando suas oligarquias. Era reunir as oligarquias em torno de um arranjo que garantisse seu domínio local e sua participação no poder nacional de acordo com o cacife político de cada um [...]. Se os partidos não funcionavam como instrumentos de governo, se se dividiam em facções, se ficavam presos a caudilhos, a solução, para Campos Salles, era formar então um grande partido de governo com sustentação nas oligarquias estaduais [...]. O resumo é perfeito: governar o País por cima do tumulto das multidões agitadas da capital. O Rio podia ser caixa de ressonância, mas não ter força política própria porque uma população urbana mobilizada politicamente, socialmente heterogênea, indisciplinada, dividida por conflitos internos não podia dar sustentação a um governo que tivesse de representar as forças dominantes do Brasil agrário [...].” 

CARVALHO, José Murilo de. Os bestializados: o Rio de Janeiro e a República que não foi. São Paulo: Companhia das Letras, 1987, p. 32-33.


O trecho refere-se a um dos momentos turbulentos e críticos da República brasileira: crises econômicas e financeiras, disputas políticas entre as oligarquias regionais, militares no poder com Deodoro da Fonseca e Floriano Peixoto, a Revolta da Armada (1893), graves problemas sociais e urbanos nas cidades, como o Rio de Janeiro (Capital Federal), mas, também, as tensões no campo – basta citar a emblemática e sangrenta história de Canudos (1895-1897) – e a chegada dos civis ao poder, a contar de Prudente de Morais em 1894. Um contexto histórico, enfim, marcado por uma crise aguda de legitimidade institucional do regime republicano desde a sua implantação em 1889. Como sair da crise? O contexto e a questão não parecem soar estranhos aos nossos ouvidos, posto que a solução buscada pelo presidente Campos Salles (1898-1902) confunde-se, sem negar as especificidades de cada período histórico, com medidas autoritárias e conservadoras de nossos governantes.  

Tomando-se por base a referência ao texto de José Murilo de Carvalho e a análise acima, assinale a alternativa CORRETA.

Alternativas
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Q1261162 História

Tendo como referência a reflexão abaixo, assinale a alternativa INCORRETA.


“A história da filosofia é a história dos problemas filosóficos, das teorias filosóficas e das argumentações filosóficas [...]. A história da filosofia ocidental é a história das ideias que informaram, ou seja, que deram forma à história do Ocidente. É um patrimônio para não ser dissipado, uma riqueza que não se deve perder”.

REALE, Giovanni; ANTISERI, Dario. História da Filosofia. São Paulo: Paulus, 2003, p. 3.

Alternativas
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Q1261163 História

Baseando-se nos textos e no comentário apresentados a seguir, assinale a alternativa INCORRETA.


“Hitler considerava que a propaganda sempre deveria ser popular, dirigida às massas, desenvolvida de modo a levar em conta um nível de compreensão dos mais baixos. 'As grandes massas', dizia ele, 'têm uma capacidade de recepção muito limitada, uma inteligência modesta, uma memória fraca'. Por isso mesmo, a propaganda deveria restringir-se a pouquíssimos pontos, repetidos incessantemente […]. Tudo interessa no jogo da propaganda: mentiras, calúnias; para mentir, que seja grande a mentira, pois assim sendo, 'nem passará pela cabeça das pessoas ser possível arquitetar uma tão profunda falsificação da verdade.”

LENHARO, Alcir. Nazismo: “o triunfo da vontade”. 6ª. ed., São Paulo: Ática, 1998, p. 47-48.


“Eu vivo em tempos sombrios.

Uma linguagem sem malícia é sinal de estupidez,

Uma testa sem rugas é sinal de indiferença.

Aquele que ainda ri é porque ainda não recebeu a terrível notícia.

Que tempos são esses,

Quando falar sobre flores é quase um crime,

Pois significa silenciar sobre tanta injustiça? [...]”.

Trecho de “Aos que virão depois de nós”, de Bertolt Brecht, 193?. 

Uma das características marcantes do nazismo – que colocou em cheque tanto a liberdade, a democracia e a dignidade humana, quanto os movimentos socialistas e comunistas – foi a disseminação de uma ideologia de extrema direita, de tradição xenófoba, nacionalista e antissemita, por uso sistemático e ostensivo dos modernos meios de informação e comunicação com o objetivo expresso de silenciar, controlar e conduzir as “massas” - daí a importância de Brecht dizer “Eu vivo em tempos sombrios”. Exemplos, aliás, desta prática – dadas às devidas proporções e aos contextos distintos – ainda persistem em nossos dias.
Alternativas
Respostas
1: C
2: D
3: C
4: E
5: B