Questões de Vestibular UFBA 2013 para Vestibular de Bacharelado Interdisciplinar em Saúde
Foram encontradas 63 questões
Ano: 2013
Banca:
UFBA
Órgão:
UFBA
Prova:
UFBA - 2013 - UFBA - Vestibular de Bacharelado Interdisciplinar em Saúde |
Q527247
Português
I
INF: Bem, e depois, meu pai faleceu, tinha eu treze anos. […] E então, daí, deu-se o caso, é claro, arrumei-me então à arte. Digo assim: "Bem, isto já não dá nada o campo, também". Arrumei-me à arte. Trabalhava, então, ali numa quinta do prado, ali em baixo. Trabalhei ali, à roda dos vinte anos, lá. Fazia um biscatito assim nos domingos, cá em casa, mas o mais trabalhava ali, assim de jorna. E depois então acabei por pôr loja por minha conta, até à data de hoje. Faço cinquenta e sete no dia quatorze de Junho. […] E então aqui vou fazendo aquilo que posso. O que não posso, é claro, digo logo que não posso; (Inf.1 – Castelo de Vide, Portugal). (BEM... 2013).
II
Olha, eu só compro à vista. Eu sou absolutamente contra a compra a crédito, não tenho por hábito fazer compra a crédito a não ser nas grandes coisas. Eu acho, por exemplo, pra comprar uma casa, aí é preciso (inint.) despender uma quantia tão grande assim pra comprar uma casa, então isso é válido. O automóvel ainda é mais ou menos válido, mas outras coisas eu não admito essa compra a crédito porque você fica sem controle daquilo que você tem. [...] Eu sou mulher de militar, a vida pra nós no começo foi dura e então nos restringíamos àquilo que ele recebia, o que nós recebíamos, porque eu também trabalhava. (Loc. 159 – Rio de Janeiro, Brasil). (OLHA... 2013).
Algumas construções sintáticas do português europeu, como se observa no uso do pronome átono, "deu-se", "arrumei-me", no texto I, indicam que essa variedade do português, mesmo na zona rural, apresenta rigor gramatical, o que deveria ser seguido pelos falantes do português do Brasil, em todas as áreas geográficas.
INF: Bem, e depois, meu pai faleceu, tinha eu treze anos. […] E então, daí, deu-se o caso, é claro, arrumei-me então à arte. Digo assim: "Bem, isto já não dá nada o campo, também". Arrumei-me à arte. Trabalhava, então, ali numa quinta do prado, ali em baixo. Trabalhei ali, à roda dos vinte anos, lá. Fazia um biscatito assim nos domingos, cá em casa, mas o mais trabalhava ali, assim de jorna. E depois então acabei por pôr loja por minha conta, até à data de hoje. Faço cinquenta e sete no dia quatorze de Junho. […] E então aqui vou fazendo aquilo que posso. O que não posso, é claro, digo logo que não posso; (Inf.1 – Castelo de Vide, Portugal). (BEM... 2013).
II
Olha, eu só compro à vista. Eu sou absolutamente contra a compra a crédito, não tenho por hábito fazer compra a crédito a não ser nas grandes coisas. Eu acho, por exemplo, pra comprar uma casa, aí é preciso (inint.) despender uma quantia tão grande assim pra comprar uma casa, então isso é válido. O automóvel ainda é mais ou menos válido, mas outras coisas eu não admito essa compra a crédito porque você fica sem controle daquilo que você tem. [...] Eu sou mulher de militar, a vida pra nós no começo foi dura e então nos restringíamos àquilo que ele recebia, o que nós recebíamos, porque eu também trabalhava. (Loc. 159 – Rio de Janeiro, Brasil). (OLHA... 2013).
Algumas construções sintáticas do português europeu, como se observa no uso do pronome átono, "deu-se", "arrumei-me", no texto I, indicam que essa variedade do português, mesmo na zona rural, apresenta rigor gramatical, o que deveria ser seguido pelos falantes do português do Brasil, em todas as áreas geográficas.
Ano: 2013
Banca:
UFBA
Órgão:
UFBA
Prova:
UFBA - 2013 - UFBA - Vestibular de Bacharelado Interdisciplinar em Saúde |
Q527248
Português
Casa de muito menino é sempre uma bagunça (afr.), principalmente quando os guris (ind.) estão
todos juntos e querem decidir o que comer para o lanche da tarde. Alguns guris (ind.) preferiam
farofa (afr.) de ovo. O caçula (afr.) preferia comer pipoca (ind.) e o moleque (afr.) insistia nessa
ideia. Outros queriam beiju (ind.), quentinho com manteiga. Era preciso encontrar uma comida que
agradasse a todos. O cuscuz (afr.) de coco foi a saída. Todos aprovaram. O problema era ter de sair
para comprar o fubá (afr.). Tudo resolvido. Comida pronta. Barriga cheia. Um bom samba (afr.) pra
descontrair a garotada. E viva o lanche em família!
Notação:
(afr. = termo africano); (ind. = termo indígena)
Marque C, se a proposição é certo; E, se a proposição é errado.
O Brasil é considerado um país pluriétnico, o que se reflete nas construções linguísticas, conforme exemplificado nesse texto.
(afr. = termo africano); (ind. = termo indígena)
Marque C, se a proposição é certo; E, se a proposição é errado.
O Brasil é considerado um país pluriétnico, o que se reflete nas construções linguísticas, conforme exemplificado nesse texto.
Ano: 2013
Banca:
UFBA
Órgão:
UFBA
Prova:
UFBA - 2013 - UFBA - Vestibular de Bacharelado Interdisciplinar em Saúde |
Q527249
Português
Casa de muito menino é sempre uma bagunça (afr.), principalmente quando os guris (ind.) estão
todos juntos e querem decidir o que comer para o lanche da tarde. Alguns guris (ind.) preferiam
farofa (afr.) de ovo. O caçula (afr.) preferia comer pipoca (ind.) e o moleque (afr.) insistia nessa
ideia. Outros queriam beiju (ind.), quentinho com manteiga. Era preciso encontrar uma comida que
agradasse a todos. O cuscuz (afr.) de coco foi a saída. Todos aprovaram. O problema era ter de sair
para comprar o fubá (afr.). Tudo resolvido. Comida pronta. Barriga cheia. Um bom samba (afr.) pra
descontrair a garotada. E viva o lanche em família!
Notação:
(afr. = termo africano); (ind. = termo indígena)
Marque C, se a proposição é certo; E, se a proposição é errado.
A constituição histórica da língua portuguesa falada no Brasil aponta para o fato de que esse idioma entrou em contato com mais de 200 línguas africanas e mais de 1000 línguas indígenas, uma parte dessa contribuição pode ser identificada nesse texto.
(afr. = termo africano); (ind. = termo indígena)
Marque C, se a proposição é certo; E, se a proposição é errado.
A constituição histórica da língua portuguesa falada no Brasil aponta para o fato de que esse idioma entrou em contato com mais de 200 línguas africanas e mais de 1000 línguas indígenas, uma parte dessa contribuição pode ser identificada nesse texto.
Ano: 2013
Banca:
UFBA
Órgão:
UFBA
Prova:
UFBA - 2013 - UFBA - Vestibular de Bacharelado Interdisciplinar em Saúde |
Q527253
Português
Marque C, se a proposição é certo; E, se a proposição é errado.
A ideia presente nesse cartum não procede, visto que, se todos os brasileiros conseguem se entender em todo o país, não se pode defender que exista uma forma de falar exclusiva de determinado lugar.
Ano: 2013
Banca:
UFBA
Órgão:
UFBA
Prova:
UFBA - 2013 - UFBA - Vestibular de Bacharelado Interdisciplinar em Saúde |
Q527255
Português
Marque C, se a proposição é certo; E, se a proposição é errado.
De acordo com Rajagopalan (1998, p. 41), “A identidade de um indivíduo se constrói na língua e através dela. Isso significa que o indivíduo não tem uma identidade fixa anterior e fora da língua. Além disso, a construção da identidade de um indivíduo na língua e através dela depende do fato de a própria língua em si ser uma atividade em evolução e vice-versa. Em outras palavras, as identidades da língua e do indivíduo têm implicações mútuas".
A partir dessas informações, é possível compreender que o indivíduo não escolhe uma identidade linguística, ao contrário, esta é imposta por uma língua, o que se reflete nas formas linguísticas usadas por falantes pertencentes a grupos sociais, como, por exemplo, os grafiteiros, os roqueiros, os professores, os religiosos ou os partidários políticos.
De acordo com Rajagopalan (1998, p. 41), “A identidade de um indivíduo se constrói na língua e através dela. Isso significa que o indivíduo não tem uma identidade fixa anterior e fora da língua. Além disso, a construção da identidade de um indivíduo na língua e através dela depende do fato de a própria língua em si ser uma atividade em evolução e vice-versa. Em outras palavras, as identidades da língua e do indivíduo têm implicações mútuas".
A partir dessas informações, é possível compreender que o indivíduo não escolhe uma identidade linguística, ao contrário, esta é imposta por uma língua, o que se reflete nas formas linguísticas usadas por falantes pertencentes a grupos sociais, como, por exemplo, os grafiteiros, os roqueiros, os professores, os religiosos ou os partidários políticos.