Questões de Vestibular UERJ 2022 para Vestibular - Exame Único
Foram encontradas 5 questões
Q1994380
Português
Texto associado
Ideias para adiar o fim do mundo
Em Ideias para adiar o fim do mundo, Ailton Krenak questiona o que se convencionou chamar
“humanidade”, em especial a partir do século XVI.
Esse questionamento deve-se principalmente ao fato de o sentido dessa palavra poder ser associado, na perspectiva de Krenak, à ideia de:
Esse questionamento deve-se principalmente ao fato de o sentido dessa palavra poder ser associado, na perspectiva de Krenak, à ideia de:
Q1994385
Português
Nas práticas primitivas, solidariedade é partilhar pão, manta e sêmen. Sou do tempo
moderno. Prefiro dar a minha vida e o meu sangue a quem deles precisa. (cap. 4)
A escrita do romance é bastante marcada por frases mais breves, que se aproximam da oralidade. Entre essas frases, mesmo sem a presença de conectores, é possível recuperar relações de sentido.
No fragmento citado, entre a primeira frase e a segunda, e entre a segunda e a terceira, identificam-se, respectivamente, relações de:
A escrita do romance é bastante marcada por frases mais breves, que se aproximam da oralidade. Entre essas frases, mesmo sem a presença de conectores, é possível recuperar relações de sentido.
No fragmento citado, entre a primeira frase e a segunda, e entre a segunda e a terceira, identificam-se, respectivamente, relações de:
Q1994387
Português
Vou ao espelho tentar descobrir o que há de errado em mim. (...) Ah, meu espelho estranho.
Espelho revelador. Vivemos juntos desde que me casei. Por que só hoje me revelas o teu
poder? (cap. 1)
Não mais terei aquele espelho onde se refletia a imagem daquilo que fui, do que não sou e nunca mais voltarei a ser. (cap. 38)
Assim como em outros textos literários, o “espelho” é um objeto que assume função simbólica na construção da narrativa em Niketche.
Em relação a Rami, narradora e personagem principal, essa função é de:
Não mais terei aquele espelho onde se refletia a imagem daquilo que fui, do que não sou e nunca mais voltarei a ser. (cap. 38)
Assim como em outros textos literários, o “espelho” é um objeto que assume função simbólica na construção da narrativa em Niketche.
Em relação a Rami, narradora e personagem principal, essa função é de:
Q1994389
Português
O coração do meu Tony é uma constelação de cinco pontos. Um pentágono. Eu, Rami, sou a
primeira-dama, a rainha-mãe. Depois vem a Julieta, a enganada, ocupando o posto de
segunda-dama. Segue-se a Luísa, a desejada, no lugar de terceira-dama. A Saly, a apetecida,
é a quarta. Finalmente a Mauá Sualé, a amada, a caçulinha, recém-adquirida. (cap. 5)
Ruínas de uma família. A Lu, a desejada, partiu para os braços de outro com véu e grinalda. A Ju, a enganada, está loucamente apaixonada por um velho português cheio de dinheiro. A Saly, a apetecida, enfeitiçou o padre italiano que até deixou a batina só por amor a ela. A Mauá, a amada, ama outro alguém. (cap. 43)
A repetição de estruturas nos dois trechos citados aponta para as condições de vida das mulheres, que passam de uma postura passiva a um comportamento ativo.
Essa transformação é marcada pela alternância entre os seguintes elementos:
Ruínas de uma família. A Lu, a desejada, partiu para os braços de outro com véu e grinalda. A Ju, a enganada, está loucamente apaixonada por um velho português cheio de dinheiro. A Saly, a apetecida, enfeitiçou o padre italiano que até deixou a batina só por amor a ela. A Mauá, a amada, ama outro alguém. (cap. 43)
A repetição de estruturas nos dois trechos citados aponta para as condições de vida das mulheres, que passam de uma postura passiva a um comportamento ativo.
Essa transformação é marcada pela alternância entre os seguintes elementos:
Q1994390
Português
Há dias conheci uma mulher do interior da Zambézia. Tem cinco filhos, já crescidos. O primeiro,
um mulato esbelto, é dos portugueses que a violaram durante a guerra colonial. O segundo,
um preto, elegante e forte como um guerreiro, é fruto de outra violação dos guerrilheiros de
libertação da mesma guerra colonial. O terceiro, outro mulato, mimoso como um gato, é dos
comandos rodesianos brancos, que arrasaram esta terra para aniquilar as bases dos guerrilheiros
do Zimbabwe. O quarto é dos rebeldes que fizeram a guerra civil no interior do país. A primeira
e a segunda vez foi violada, mas à terceira e à quarta entregou-se de livre vontade, porque se
sentia especializada em violação sexual. O quinto é de um homem com quem se deitou por
amor pela primeira vez.
Essa mulher carregou a história de todas as guerras do país num só ventre. (cap. 37)
O sentido de “humanidade”, criticado no texto de Ailton Krenak, é chave para a compreensão de um contexto de extrema violência, como o narrado no fragmento.
Nesse contexto de colonização, o corpo feminino está associado à imagem de:
Essa mulher carregou a história de todas as guerras do país num só ventre. (cap. 37)
O sentido de “humanidade”, criticado no texto de Ailton Krenak, é chave para a compreensão de um contexto de extrema violência, como o narrado no fragmento.
Nesse contexto de colonização, o corpo feminino está associado à imagem de: