Questões de Vestibular UEG 2019 para Vestibular - Inglês
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Q1391464
Literatura
Texto associado
MUNCH, Edvard. Kneeling Female Nude Crying, (1919).Disponível em:<https://br.pinterest.com/pin/256494141249676234/?lp=true>. Acesso em: 12 mar. 2019.
Soneto da separação
De repente do riso fez-se o pranto
Silencioso e branco como a bruma
E das bocas unidas fez-se a espuma
E das mãos espalmadas fez-se o espanto.
De repente da calma fez-se o vento
Que dos olhos desfez a última chama
E da paixão fez-se o pressentimento
E do momento imóvel fez-se o drama.
De repente, não mais que de repente
Fez-se de triste o que se fez amante
E de sozinho o que se fez contente.
Fez-se do amigo próximo o distante
Fez-se da vida uma aventura errante
De repente, não mais que de repente.
MORAES, Vinícius de. Soneto da separação. In: Antologia poética.
São Paulo: Companhia das Letras, 2009. p.177.
Nota-se, tanto no poema quanto na pintura apresentados, o retrato de um sentimento de
Q1391465
Literatura
Texto associado
MUNCH, Edvard. Kneeling Female Nude Crying, (1919).Disponível em:<https://br.pinterest.com/pin/256494141249676234/?lp=true>. Acesso em: 12 mar. 2019.
Soneto da separação
De repente do riso fez-se o pranto
Silencioso e branco como a bruma
E das bocas unidas fez-se a espuma
E das mãos espalmadas fez-se o espanto.
De repente da calma fez-se o vento
Que dos olhos desfez a última chama
E da paixão fez-se o pressentimento
E do momento imóvel fez-se o drama.
De repente, não mais que de repente
Fez-se de triste o que se fez amante
E de sozinho o que se fez contente.
Fez-se do amigo próximo o distante
Fez-se da vida uma aventura errante
De repente, não mais que de repente.
MORAES, Vinícius de. Soneto da separação. In: Antologia poética.
São Paulo: Companhia das Letras, 2009. p.177.
O soneto, embora modernista, é modulado por um tom romântico, ao passo que a pintura é
Q1391466
Literatura
Texto associado
VERMEER, Johannes. La Latière vers (1660). In. Beaux Arts &
hors - série Vermeer et les maîtres de la peinture hollandaise.
Paris, 2017. p. 43. Acesso em: 12 mar. 2019.
Iracema, a virgem dos lábios de mel, que tinha os
cabelos mais negros que a asa da graúna, e mais
longos que seu talhe de palmeira.
O favo da jati não era doce como seu sorriso; nem
a baunilha recendia no bosque seu hálito
perfumado.
Mais rápida que a ema selvagem, a morena virgem
corria o sertão e as matas do Ipu, onde campeava
sua guerreira tribo, da grande nação tabajara. O pé
grácil e nu, mal roçando, alisava apenas a verde
pelúcia que vestia a terra com as primeiras águas.
ALENCAR, José de. Iracema. São Paulo: Saraiva, 2006. p. 15.
Relativamente ao modo como as personagens femininas são vislumbradas e construídas, tanto na pintura de
Vermeer quanto no romance de Alencar, tem-se o seguinte:
Q1391467
Literatura
Texto associado
VERMEER, Johannes. La Latière vers (1660). In. Beaux Arts &
hors - série Vermeer et les maîtres de la peinture hollandaise.
Paris, 2017. p. 43. Acesso em: 12 mar. 2019.
Iracema, a virgem dos lábios de mel, que tinha os
cabelos mais negros que a asa da graúna, e mais
longos que seu talhe de palmeira.
O favo da jati não era doce como seu sorriso; nem
a baunilha recendia no bosque seu hálito
perfumado.
Mais rápida que a ema selvagem, a morena virgem
corria o sertão e as matas do Ipu, onde campeava
sua guerreira tribo, da grande nação tabajara. O pé
grácil e nu, mal roçando, alisava apenas a verde
pelúcia que vestia a terra com as primeiras águas.
ALENCAR, José de. Iracema. São Paulo: Saraiva, 2006. p. 15.
A construção das imagens femininas, tanto na pintura de Vermeer quanto no fragmento de Alencar, indicam
respectivamente