Questões de Vestibular UDESC 2016 para Vestibular - Primeiro Semestre (Manhã)

Da leitura da estrutura “Esses já não eram propriamente caminhos, eram sucessivos buracos, frestas, rachaduras na superfície da cidade pelas quais eu ia passando de mundo em mundo” (linhas 5 a 7), infere-se uma paráfrase de a Alice no País das Maravilhas, Lewis Carroll, cuja protagonista também viveu inusitados encontros e grandes descobertas por tocas e pequenas brechas.

A leitura do período “eu ia passando de mundo em mundo” (linhas 6 e 7) leva o leitor a inferir que a personagem/narradora refere-se às favelas as quais ela percorreu durante a incessante busca por Cícero Araújo.

Nos sintagmas “senti...” (linha 2) e “ou era vagar por mundo nenhum...” (linha 7) os sinais de pontuação de reticências são usados para transmitir sentimentos e sensações típicas da linguagem falada, como hesitação, dúvida, surpresa, suspense, tristeza, ironia.

Gradação consiste em organizar uma sequência de palavras ou frases no sentido de intensificar progressivamente uma determinada ideia dentro de uma mesma ideia. Na gradação, a sequência de palavras pode ir se amenizando ou ir se exagerando. Assim na estrutura linguística “eram sucessivos buracos, frestas, rachaduras” (linhas 5 e 6) há gradação.

Embora a obra Quarenta dias esteja inserida na contemporaneidade, a fuga da realidade da personagem/narradora, buscando compreender diversos aspectos da alma humana, é narrada com uma linguagem expressiva, imprecisa e vaga, assim o romance também pontua características da escola Simbolista.

Da leitura do sintagma “NEM A COR NEM A IDADE CERTAS,” infere-se que Nando e Carla Vitória eram negros e eram mais velhos, razões pelas quais não foram adotados.

O romance imagético/gráfico de Elvira apresenta um viés patético-dramático que objetiva desconstruir a ingenuidade e a magia verbal que a linguagem metafórica pode proporcionar em uma narrativa, embora explore ao máximo os limites dos seus significados, mesmo trabalhando com linguagem coloquial e frequente uso de gíria.

No período “E FICARAM ATÉ DEPOIS QUE SAÍRAM”, quanto à figura de linguagem, tem-se antítese.

Nas estruturas linguísticas “ELE, 36” e “ELA, 37” o sinal de pontuação – vírgula – foi usado para assinalar elipse verbal.

A leitura da estrutura destacada “ELE, DEPOIS DE TUDO” leva o leitor a inferir sobre a briga, o acidente, a morte dos pais de Nando e de Carla.

Da leitura do texto, infere-se que Flora, filha de Batista e D. Cláudia, hesita na escolha entre Pedro e Paulo, pois não consegue decidir qual dos irmãos deve ocupar definitivamente o coração dela.

Em “Meteu-se na cama, e, se não dormiu logo, também não se demorou muito” (linha 18) as palavras destacadas são, na morfologia, pronome reflexivo, conjunção subordinada condicional e conjunção subordinada integrante, sequencialmente.

Em “A lamparina (agora nova) alumiava” (linhas 13 e 14) os parênteses podem ser substituídos por vírgulas sem que haja transgressão quanto à pontuação no texto.

Da leitura da obra, infere-se que, embora a narrativa apresente fatos políticos do final do século XIX, também faz referência a outros elementos, não menos importantes para a construção do enredo, a exemplo, as fases da vida dos irmãos Pedro e Paulo, o amor dos gêmeos pela mesma mulher.

Quanto à regência verbal, o verbo chamar em “chamando-lhe dorminhoca” (linha 21) também aceita a seguinte construção: chamando-a de dorminhoca.