Questões de Vestibular PUC - RS 2010 para Vestibular, Prova 02

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Ano: 2010 Banca: PUC - RS Órgão: PUC - RS Prova: PUC - RS - 2010 - PUC - RS - Vestibular - Prova 02 |
Q1262260 Literatura
INSTRUÇÃO: Para responder a questão, ler o seguinte trecho do romance Canaã, de Graça Aranha.
“Milkau cavalgava molemente o cansado cavalo que alugara para ir do Queimado à cidade do Porto do Cachoeiro, no Espírito Santo. Os seus olhos de imigrante pasciam na doce redondeza do panorama. Nessa região a terra exprime uma harmonia perfeita no conjunto das coisas: nem o rio é largo e monstruoso, precipitando-se como espantosa torrente, nem a serra se compõe de grandes montanhas, dessas que enterram a cabeça nas nuvens e fascinam e atraem como inspiradoras de cultos tenebrosos, convidando à morte como a um tentador abrigo...(...) A solidão formada pelo rio e pelos morros era naquele glorioso momento luminosa e calma.”
Considerando o excerto e o romance de Graça Aranha, assinale V (Verdadeiro) ou F (Falso) diante das seguintes afirmações a respeito do texto acima:

( ) O narrador do romance é um estrangeiro que aprecia a natureza, comparando-a implicitamente com outras paisagens já vistas por ele.


( ) A paisagem contemplada revela algo de harmônico e, ao mesmo tempo, de assustador.


( ) A visão da serra brasileira suscita no observador, simbolicamente, a associação direta a cultos funestos, e o desejo de morte.


( ) Os rios e as montanhas sugerem um locus ameno e uma doçura suave para aquele que descortina pela primeira vez a solidão da paisagem.


A sequência correta de preenchimento dos parênteses, de cima para baixo, é:

Alternativas
Ano: 2010 Banca: PUC - RS Órgão: PUC - RS Prova: PUC - RS - 2010 - PUC - RS - Vestibular - Prova 02 |
Q1262261 Português
INSTRUÇÃO: Para responder a questão, ler o seguinte trecho do conto A parasita azul, de Machado de Assis.
“Há cerca de dezesseis anos, desembarcara no Rio de Janeiro, vindo da Europa, o Sr. Camilo Seabra, goiano de nascimento, que ali fora estudar medicina e voltava agora com o diploma na algibeira e umas saudades no coração. Voltava depois de uma ausência de oito anos, tendo visto e admirado as principais coisas que um homem pode ver e admirar por lá, quando não lhe falta gosto nem meios. (...) Quando veio a hora de desembarcar fê-lo com a mesma alegria com que o réu transpõe os umbrais do cárcere. O escaler afastou-se do navio em cujo mastro flutuava uma bandeira tricolor; Camilo murmurou consigo: – Adeus, França! Depois envolveu-se num magnífico silêncio e deixou-se levar para terra. O espetáculo da cidade, que ele não via há muito tempo, sempre lhe prendeu um pouco a atenção. Não tinha porém dentro da alma o alvoroço de Ulisses ao ver a terra da sua pátria. Era antes pasmo e tédio.”
De acordo com o texto, NÃO é correto afirmar que Camilo
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Ano: 2010 Banca: PUC - RS Órgão: PUC - RS Prova: PUC - RS - 2010 - PUC - RS - Vestibular - Prova 02 |
Q1262262 Literatura
INSTRUÇÃO: Para responder a questão, ler o texto que segue.
“Acabava de desembarcar; durante dez dias de viagem tinha-me saturado da poesia do mar, que vive de espuma, de nuvens e de estrelas; povoara a solidão profunda do oceano, naquelas compridas noites veladas ao relento, de sonhos dourados e risonhas esperanças; sentia enfim a sede da vida em flor que desabrocha aos toques de uma imaginação de vinte anos, sob o céu azul da corte. (...) – Que linda menina! Exclamei para meu companheiro que também admirava. Como deve ser pura a alma naquele rosto mimoso!”
O fragmento acima pertence ao romance
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Ano: 2010 Banca: PUC - RS Órgão: PUC - RS Prova: PUC - RS - 2010 - PUC - RS - Vestibular - Prova 02 |
Q1262263 Português
INSTRUÇÃO: Para responder a questão, ler os textos que seguem.
TEXTO A
“No aeroporto, canso de esperar. Um cidadão grisalho explica a um funcionário que as suas duas malas contêm vestidos para senhora. Trinta vestidos. Ante o espanto do outro, ele declara a meia voz: ‘Eu também acho muito, mas vá convencer a minha mulher do contrário...’ Uma inglesa de dois metros de altura trata de liberar dois cãezinhos foxterrier. Seus sapatos de bico fino estão encarregados de comprimir dois formosos pés quarenta e quatro. Por fim, subo a escada de bordo, procuro a poltrona nº 12, ajeito a bagagem de mão, ato o cinto, reclino um pouco mais a poltrona. As pessoas que ficaram no aeroporto viram o avião correr na pista de cimento, decolar, subir mais e mais e desaparecer nos céus claros daquela bela manhã carioca.”

TEXTO B
“Quando o avião aterrissou, sacudindo com guizos os metais e os vidros de bordo, Plínio vinha dormitando. Camilo de um lado e Joan do outro amparavam o seu corpo para que se mantivesse em posição vertical. Avisada, a companhia mandara para junto da escada uma cadeira de rodas e destacara alguns dos seus homens para conduzirem o doente escada abaixo. (...) foram os primeiros a saírem da sala de espera das bagagens: entregaram os talões das malas para dois carregadores, foram para a frente do aeroporto onde um vento de primavera aliviava o calor que haviam sentido a bordo.”

Nos fragmentos acima, retirados, respectivamente, das obras As muralhas de Jericó e Camilo Mortágua, de Josué Guimarães, o narrador refere-se às condições de viagem, usando pontos de vista diferenciados. O primeiro fragmento diz respeito à partida do viajante e é narrado em _________ pessoa; o segundo, ao momento de chegada e é narrado em _________ pessoa. Em ambas as narrativas, o narrador apela para as sensações das personagens, fazendo referência às condições _________ para expressá-las melhor.
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Ano: 2010 Banca: PUC - RS Órgão: PUC - RS Prova: PUC - RS - 2010 - PUC - RS - Vestibular - Prova 02 |
Q1262264 Literatura
INSTRUÇÃO: Para responder a questão, ler o trecho de Noite na taverna, de Álvares de Azevedo.
“– Quem eu sou? na verdade fora difícil dizê-lo: corri muito mundo, a cada instante mudando de nome e de vida. Fui poeta e como poeta cantei. Fui soldado e banhei minha fronte juvenil nos últimos raios de sol da águia de Waterloo. Apertei ao fogo da batalha a mão do homem do século. Bebi numa taverna com Bocage – o português, ajoelhei-me na Itália sobre o túmulo de Dante e fui à Grécia para sonhar como Byron naquele túmulo das glórias do passado. – Quem eu sou? Fui um poeta aos vinte anos, um libertino aos trinta, sou um vagabundo sem pátria e sem crenças aos quarenta. Sentei-me à sombra de todos os sóis, beijei lábios de mulheres de todos os países; e de todo esse peregrinar, só trouxe duas lembranças – um amor de mulher que morreu nos meus braços na primeira noite de embriaguez e de febre – e uma agonia de poeta... Dela tenho uma rosa murcha e a fita que prendia seus cabelos. Dele olhai... O velho tirou de um bolso um embrulho: era um lenço vermelho o invólucro; desataram-no: dentro estava uma caveira.”
O trecho selecionado recupera a fala de um velho que interrompe a história, contada pelo jovem Bertram, um dos rapazes presentes na Taverna. As palavras dessa personagem expressam, nas entrelinhas,
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Respostas
36: X
37: C
38: B
39: A
40: E