Questões de Vestibular UFPR 2022 para Prova de Conhecimentos Gerais
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O Tenentismo foi um catalisador do descontentamento de importantes setores da sociedade brasileira durante a década de 1920.
(FAGUNDES, Pedro Ernesto. Movimento tenentista: um debate historiográfico. Revista Espaço Acadêmico, n. 108, p. 133, maio 2020.)
Conforme os conhecimentos sobre o movimento tenentista nos anos 1920 e 1930 no Brasil, três fatores de descontentamento que suscitaram a reação do tenentismo na esfera pública são:
Considere os seguintes versos da música “O Quereres”, de Caetano Veloso:
Onde queres revólver, sou coqueiro
E onde queres dinheiro, sou paixão
Onde queres descanso, sou desejo
E onde sou só desejo, queres não
E onde não queres nada, nada falta
E onde voas bem alta, eu sou o chão
E onde pisas o chão, minha alma salta
E ganha liberdade na amplidão.
Assinale a alternativa que aponta, respectivamente, o recurso estilístico empregado pelo compositor e o efeito de sentido pretendido.
Considere os versos da canção “Laranja Madura”, de Ataulfo Alves:
“Laranja madura na beira da estrada
Tá bichada Zé ou tem marimbondo no pé”
Assinale, dentre as alternativas a seguir, aquela que traz o ditado popular cujo sentido se assemelha aos versos de Ataulfo Alves.
(DIAS, Gonçalves. Poesia e prosa completas. Rio de Janeiro: Nova Aguilar, 1998.)
... As vezes mudam algumas famílias para a favela, com crianças. No inicio são iducadas, amaveis. Dias depois usam o calão, são soezes e repugnantes. São diamantes que transformam em chumbo. Transformam-se em objetos que estavam na sala de visita e foram para o quarto de despejo.
(JESUS, Carolina Maria de. Quarto de despejo: diário de uma favelada. São Paulo: Ática, 2014. p. 38.)
A respeito de Quarto de despejo: diário de uma favelada, de Carolina Maria de Jesus, considere as seguintes afirmativas:
1. Carolina acredita que a vida na favela é perniciosa para a formação das crianças, porém, como ali não chegam informações relevantes sobre a vida pública, ela é incapaz de emitir opiniões políticas ou de se revoltar.
2. João, José Carlos e Vera tendem a se “transformar em chumbo” porque, ao priorizar a escrita e divulgação de seu diário, Carolina muitas vezes descuida das atividades domésticas e da atenção aos próprios filhos.
3. A metáfora “quarto de despejo” é repetida em várias passagens do diário para significar a exclusão, o não pertencimento a espaços em que a dignidade da vida humana estivesse garantida.
4. Palavras escritas sem obediência à norma padrão aparecem com frequência, porém os raciocínios que a autora elabora são complexos e o cotidiano é muitas vezes descrito com lirismo.
Assinale a alternativa correta.
E, quando espiei outra vez, vi exato: Targino, fixo, como um manequim, e Manuel Fulô pulando nele e o esfaqueando, pela altura do peito – tudo com rara elegância e suma precisão. Targino girou na perna esquerda ceifando o ar com a direita; capotou; e desviveu, num átimo. Seu rosto guardou um ar de temor salutar. – Conheceu, diabo, o que é raça de Peixoto?!
(ROSA, João Guimarães. Corpo fechado. In: ______. Sagarana. Ficção completa. Rio de Janeiro: Nova Aguilar, 1994. p. 400. v. 1.)
Mas Nhô Augusto tinha o rosto radiante, e falou: – Perguntem quem é que aí algum dia ouviu falar no nome de Nhô Augusto Esteves, das Pindaíbas? – Virgem Santa! Eu logo vi que só podia ser você, meu primo Nhô Augusto... Era o João Lomba, conhecido velho e meio parente. Nhô Augusto riu: – E hein, hein João?! – P’ ra ver... Então Augusto Matraga fechou um pouco os olhos, com sorriso intenso nos lábios lambuzados de sangue, e de seu rosto subia um sério contentamento. Daí mais, olhou, procurando João Lomba, e disse, agora sussurrando, sumido: – Põe a benção na minha filha...seja lá onde for que ela esteja...E, Dionora...Fala com a Dionora que está tudo em ordem! Depois morreu.
(ROSA, João Guimarães. A hora e a vez de Augusto Matraga. In: ______. Sagarana. Ficção completa. Rio de Janeiro: Nova Aguilar, 1994. p. 462. v. 1.)
Com base nas informações apresentadas e na obra completa, assinale a alternativa correta.

Considerando as informações apresentadas, os agentes oxidantes que corroerão somente o chumbo das peças são:
1. Há consumo de CYP3A4 no decorrer da reação. 2. A losartana e o CYP3A4 são reagentes da reação. 3. O CYP3A4 diminui a energia de ativação da reação. 4. O estado de equilíbrio da reação é alterado pelo CYP3A4 no sentido de formar mais derivado carboxilado.
Assinale a alternativa correta.

Considerando as informações acerca da estrutura do propilenoglicol e os conhecimentos em química orgânica, é correto afirmar que esse composto:
1. Aminas e amidas são funções orgânicas hidroxiladas. 2. Éteres e ésteres são funções orgânicas nitrogenadas. 3. Fenóis e álcoois são funções orgânicas oxigenadas. 4. Cetonas e aldeídos são funções orgânicas carboniladas.
De acordo com os conhecimentos de química orgânica, a(s) afirmativa(s) que descreve(m) corretamente as características estruturais das funções orgânicas citadas é/são:
– O composto A possui fórmula molecular C3H6. – O composto B é o produto majoritário da reação de adição do ácido bromídrico em A (A + HBr ➔ B). – O composto C é o produto orgânico de substituição da reação entre B e hidróxido de potássio (B + KOH ➔ C).
Com base nessas informações, os compostos A, B e C são, respectivamente:

Esse composto químico contém em sua fórmula ligações:
(MERLEAU-PONTY, Maurice. A dúvida de Cézanne. São Paulo: Abril Cultural, 1975. p. 118. Coleção Os Pensadores.)
De acordo com essa passagem e com o ensaio de que foi retirada, é correto afirmar que cabe ao pintor:
(BERKELEY, George. Três diálogos entre Hylas e Philonous. Curitiba: UFPR. SCHLA, 2012, p. 29, 73, 37, 63 e 51, respectivamente.)
Os homens supõem comumente que todas as coisas da natureza agem, como eles mesmos, em consideração de um fim, e até chegam a ter por certo que o próprio Deus dirige todas as coisas para determinado fim, pois dizem que Deus fez todas as coisas em consideração do homem, e que criou o homem para que lhe prestasse culto.
(ESPINOSA, B. Ética. São Paulo: Abril Cultural, 1973. Livro I. Apêndice. p. 117. Coleção Os Pensadores.)
Nesta passagem, Espinosa:
(MAQUIAVEL, Nicolau. Discursos sobre a Primeira década de Tito Livio. In: MARÇAL, J. (org.). Antologia de textos filosóficos. Curitiba: SEED, 2009. p. 437.)
Nessa passagem, Maquiavel elogia a instituição romana da acusação pública porque ela: