Questões de Vestibular INSPER 2015 para Engenharia
Foram encontradas 15 questões
Q1338739
Português
Texto associado
DENGUE NO ALVO
Vacinas, insetos geneticamente modificados e
armadilhas que funcionam como coletores de dados,
além de um teste rápido de diagnóstico, são as
estratégias que já estão sendo utilizadas ou estudadas
para combater a dengue no Brasil e no mundo. Segundo
o Centro de Controle e Prevenção de Doenças dos
Estados Unidos (CDC, na sigla em inglês), hoje cerca de
2,5 bilhões de pessoas, ou 40% da população mundial,
vivem em áreas onde há risco de transmissão de dengue.
As estimativas apontam que a doença atinge entre 50
milhões e 100 milhões de pessoas todos os anos,
incluindo 500 mil casos de dengue hemorrágica e 22 mil
mortes, principalmente entre crianças.
(...)Se alguém duvida que a epidemia de dengue é coisa
séria, que atente para as estatísticas do Ministério da
Saúde: 1.350.406 casos prováveis notificados até o final
de julho, entre os quais 1.144 graves e 15.403 com sinais
de alarme, que resultaram em 614 mortes.
Os casos fatais aumentaram 57% sobre os 390
registrados no mesmo período do ano passado. Em 2014
haviam sido 589.107 notificações no total anual. Em
apenas sete meses de 2015 chegou‐se ao patamar do
ano inteiro de 2013, o pior já registrado, com 1.452.489
casos.
Parece evidente que o combate ao mosquito
transmissor, o famigerado Aedes aegypti, não está
funcionando bem. Na ausência de uma vacina, qualquer
instrumento para exterminar o inseto vetor seria bem‐
vindo. O sentido de urgência, contudo, não lubrifica as
engrenagens da burocracia nacional.
Uma tecnologia promissora se acha em fase final de
testes de campo. Trata‐se da linhagem de mosquitos
geneticamente modificados OX513A – sim, mosquitos
transgênicos – pela empresa britânica Oxitec (que tem
filial em Campinas) para ter prole inviável.
(...)
Disponível em: http://revistapesquisa.fapesp.br/2014/06/16/dengue‐alvo/.
Acesso em: 19.09.15
Em “O sentido de urgência, contudo, não lubrifica as
engrenagens da burocracia nacional.”, o autor opõe, de
forma crítica,
Q1338744
Português
Texto associado
O loteamento ficava num fim de mundo, terrenos baratos para estimular a autoconstrução de modo a valorizar terras
do mesmo dono mais próximas ao centro, depois de os moradores conseguirem água, luz e ônibus. Ali, um projeto de
lei de um vereador de esquerda deu a cada rua o nome de um desaparecido político, quarenta e sete ruas, quarenta e
sete desaparecidos políticos.
(...) Mas passou a prestar atenção nas placas e indicativos de ruas à medida que o micro‐ônibus percorria o caminho
de volta. (...)
(...) Percorreram algumas ruas com nomes que ele desconhecia. Depois para espanto de K., uma avenida General
Milton Tavares de Souza. Esse ele sabia muito bem quem foi: jamais esqueceria esse nome. O filho do farmacêutico
falara dele. Dom Paulo também. Foi quem criou o DOI‐CODI, para onde levaram o Herzog e o mataram.
(...) Centenas de pessoas passam por aqui todos os dias, jovens, crianças, e leem esse nome na placa, e podem pensar
que é um herói. Devem pensar isso. Agora ele entendia por que as placas com os nomes dos desaparecidos foram
postas num fim do mundo.
KUCINSKI, Bernardo. K. ‐ Relato de uma busca. São Paulo, Cosac Naify, 2014, p. 160‐165
K. – relato de uma busca, de Bernardo Kucisnki, é um romance baseado na desaparição da irmã do autor nos anos da
Ditadura Militar no Brasil. No fragmento, o personagem K., após participar de uma cerimônia em homenagem a
desaparecidos políticos, observa nomes de avenidas e pontes. Sua reflexão a respeito dos nomes que lê nas placas
simboliza a
Q1338749
Português
Texto associado
DESVENDADO MISTÉRIO DAS ÁRVORES QUE RESISTEM A INCÊNDIOS FLORESTAIS
Os cientistas espanhóis Bernabé e José Moya não podiam acreditar no que estavam vendo quando se depararam com
ciprestes de pé e intactos após um incêndio que devastou 20 mil hectares de floresta.
Quando o fogo destruiu uma plantação experimental em Andilla, na província de Valência, em 2012, os pesquisadores
se propuseram a desvendar o "mistério" dos ciprestes.
"Quando nós vimos aquela cena dantesca do verão trágico de 2012, uma grande tristeza tomou conta de nós.
Estávamos comovidos com as dimensões da devastação", disse à BBC o botânico Bernabé Moya, que chegou ao local
do incidente com seu irmão José, licenciado em ciências ambientais – ambos são do Departamento de Árvores
Monumentais do Conselho Provincial de Valência.
"As observações acumuladas ao longo dos anos nos faziam alimentar a esperança de que alguns ciprestes teriam
sobrevivido", conta ele.
"Assim que chegamos, percebemos que toda a vegetação ao redor, formada por carvalhos e vários tipos de pinheiros,
estava completamente queimada. Mas apenas 1,27% dos ciprestes mediterrâneos havia queimado", disse.
E agora, após três anos de pesquisa na Espanha e na Itália, Bernabé e José Moya estão entre os autores de um novo
estudo que finalmente desvenda o mistério dos ciprestes que sobrevivem aos incêndios.
Ele acaba de ser publicado na edição deste mês da revista científica "Journal of Environmental Management".(…)
Disponível em: http://www1.folha.uol.com.br/bbc/2015/09/1676689‐desvendado‐misterio‐das‐arvores‐que‐resistem‐a‐incendios‐florestais.shtml.
Acesso em: 31/08/2015
O “mistério” ao qual o texto se refere é o fato de
Q1338750
Português
Texto associado
DESVENDADO MISTÉRIO DAS ÁRVORES QUE RESISTEM A INCÊNDIOS FLORESTAIS
Os cientistas espanhóis Bernabé e José Moya não podiam acreditar no que estavam vendo quando se depararam com
ciprestes de pé e intactos após um incêndio que devastou 20 mil hectares de floresta.
Quando o fogo destruiu uma plantação experimental em Andilla, na província de Valência, em 2012, os pesquisadores
se propuseram a desvendar o "mistério" dos ciprestes.
"Quando nós vimos aquela cena dantesca do verão trágico de 2012, uma grande tristeza tomou conta de nós.
Estávamos comovidos com as dimensões da devastação", disse à BBC o botânico Bernabé Moya, que chegou ao local
do incidente com seu irmão José, licenciado em ciências ambientais – ambos são do Departamento de Árvores
Monumentais do Conselho Provincial de Valência.
"As observações acumuladas ao longo dos anos nos faziam alimentar a esperança de que alguns ciprestes teriam
sobrevivido", conta ele.
"Assim que chegamos, percebemos que toda a vegetação ao redor, formada por carvalhos e vários tipos de pinheiros,
estava completamente queimada. Mas apenas 1,27% dos ciprestes mediterrâneos havia queimado", disse.
E agora, após três anos de pesquisa na Espanha e na Itália, Bernabé e José Moya estão entre os autores de um novo
estudo que finalmente desvenda o mistério dos ciprestes que sobrevivem aos incêndios.
Ele acaba de ser publicado na edição deste mês da revista científica "Journal of Environmental Management".(…)
Disponível em: http://www1.folha.uol.com.br/bbc/2015/09/1676689‐desvendado‐misterio‐das‐arvores‐que‐resistem‐a‐incendios‐florestais.shtml.
Acesso em: 31/08/2015
Uma das expressões que, no contexto, NÃO se refere simultaneamente a Bernabé e José Moya é
Q1338753
Português
Texto associado
ANVISA MATA‐MOSQUITO
A solicitação da Oxitec está em análise pela diretoria colegiada do órgão e só após sua conclusão será possível fixar
um prazo para finalização. "Não é possível estimar o tempo para o registro comercial do produto, tendo em vista que,
após a publicação da norma sobre o assunto, a empresa deverá protocolar o pedido de regularização perante a
Anvisa."
Poderia ter dito simplesmente: vamos estar providenciando.
No último parágrafo, ao afirmar que a melhor resposta seria “vamos estar providenciando”, o autor emprega uma
estrutura gramatical conhecida como “gerundismo”. A razão pela qual essa construção foi empregada deve‐se ao fato
de que ela sugere