Questões de Vestibular ENCCEJA 2019 para Exame - Linguagens, Artes, Educação Física, História e Geografia, Ensino Fundamental

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Q1399905 Português

Disponível em: www.hermitagemuseum.org. Acesso em: 11 ago. 2015. 

Na imagem, a representação dos corpos assume a função de expressar
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Q1399906 Português

TEXTO I

As cores da desigualdade


    De mãe preta e pai branco, ela se considera parda. Quando sai com sua filha, de pele bem branca e cabelos claros, muitas vezes é tratada por estranhos como a babá da criança. Certo dia, estava no mercado e reprimiu a filha por uma pirraça. Foi, então, abordada por uma senhora, que disse: “A mãe da menina sabe que você fala com ela assim?”.

GOMES, I.; MARLI, M. Retratos: a revista do IBGE, n. 11, maio 2018 (adaptado).


TEXTO II

Incidente na raiz

Jussara pensa que é branca. Nunca lhe disseram o contrário.

Nem o cartório. No cabelo crespo deu um jeito. Produto químico e fim! Ficou esvoaçante e submetido diariamente a uma drástica auditoria no couro cabeludo para evitar que as raízes pusessem as manguinhas de fora. Qualquer indício, munia-se de pasta alisante, ferro e outros que tais e...

Lá um dia, veio alguém com a notícia de “alisamento permanente”. [...]

Fez um sacrifício nas economias, protelou o sonho da plástica e submeteu-se.

Com as queimaduras químicas na cabeça, foi internada às pressas, depois de alguns espasmos e desmaios.

Na manhã seguinte, ao abrir com dificuldade os olhos, no leito do hospital, um enfermeiro crioulo perguntou-lhe:

Tá melhor, nêga?

Ela desmaiou de novo.

SILVA, L. Cuti: contos escolhidos. Rio de Janeiro: Malê, 2016. 

Analisando os dois textos, conclui-se que eles
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Q1399907 Português

Assum preto

  Tudo em vorta é só beleza            

  Sol de abril e a mata em frô           

Mas Assum preto, cego dos óio   

Num vendo a luz, ai, canta de dô.


Tarvez por ignorança                   

Ou mardade das pió                    

 Furaro os óio do Assum preto      

 Pra ele assim, ai, cantá mió.        


Assum preto veve sorto              

Mas num pode avuá                    

  Mil vez a sina de uma gaiola         

  Desde que o céu, ai, pudesse oiá.


   Assum preto, o meu cantar            

É tão triste como o teu                

 Também robaro o meu amor        

 Que era a luz, ai, dos óio meu.    

GONZAGA, L.; TEIXEIRA, H. Disponível em:

www.vagalume.com.br. Acesso em: 17 jul. 2014.

O texto poético Assum preto apresenta uma variedade linguística caracterizada pela informalidade da situação de comunicação e pelo gênero letra de canção regional. Essa variedade de língua está marcada no texto pela
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Q1399908 Português

Posto, logo existo


    Continuam a pipocar debates sobre as consequências de se passar tanto tempo conectado à internet. Já se fala em saturação social: tão preocupadas em existir para os outros, as pessoas estão perdendo um tempo valioso em que poderiam estar vivendo, cercadas não por milhares de seguidores, mas por umas poucas dezenas de amigos. Isso não pode ter se tornado tão obsoleto.

    Claro que muita gente usa as redes sociais como uma forma de aproximação e de compartilhamento — numa boa. Se a pessoa está no controle do seu tempo e não troca o real pelo virtual, está fazendo bom uso da ferramenta. Mas há pessoas que não se sentem com a existência comprovada, e, para isso, se valem de bizarrices na esperança de deixarem de ser “ninguém” para se tornarem “alguém”, mesmo que alguém medíocre.

    Esses casos estão aí, ao nosso redor. Gente que não percebe a diferença entre existir e viver não entende que é preferível viver, mesmo que discretamente, do que existir de mentirinha para 17 870 que não estão nem aí.

MEDEIROS, M. Revista O Globo, 10 jun. 2012.

Para defender seu ponto de vista acerca da influência da internet, a autora
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Q1399909 Português

TEXTO I


    Nascida em Sacramento (MG) em 1914, Carolina Maria de Jesus foi uma importante escritora brasileira. Filha de analfabetos, começou a estudar aos 7 anos e precisou largar a escola no segundo ano, mas aprendeu a ler e escrever. Em 1937 sua mãe faleceu e, para sustentar a família, ela saía à noite para coletar papel. Carolina escrevia sobre sua vida na favela e seu dia a dia. Um desses cadernos deu origem ao seu livro mais famoso, Quarto de Despejo.

ARRAES, J. Heroínas Negras Brasileiras: em 15 cordéis.

São Paulo: Pólen, 2017. p. 43 (adaptado).


TEXTO II

  CAROLINA Mª DE JESUS

Sua história verdadeira   

  Começou em Sacramento

Na rural comunidade       

Foi de Minas um rebento

Era o ano de quatorze    

  Inda mil e novecentos.     

[...]                                    

Como era catadora         

 Pelos lixos encontrava     

  O papel e o caderno          

Que por fim utilizava        

Como o Famoso Diário   

Onde tudo registrava.     

[...]                                  

Foi o Quarto de Despejo

O primeiro publicado       

Um sucesso monstruoso

Tão vendido e aclamado 

Carolina fez dinheiro       

Com o livro elogiado.      

ARRAES, J. Heroínas Negras Brasileiras:

em 15 cordéis. São Paulo: Pólen, 2017. p. 37-40 (fragmento).

Os textos I e II tratam do mesmo tema: a vida de uma escritora. A diferença entre eles é que o texto 2 apresenta
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Respostas
21: B
22: D
23: A
24: C
25: A