Questões de Vestibular FATEC 2018 para Vestibular
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Q1266088
Português
Leia o texto.
O ser humano é único em sua essência. Ele tem personalidade própria, necessidades que o motivam e o medo das mudanças repentinas. E é justamente isso que nos faz tão diferentes uns dos outros e com uma visão de mundo totalmente diversificada. Alguns pesquisadores se interessaram em estudar o ser humano para entender um pouco melhor essa diversidade. Um desses estudiosos foi Abraham Maslow, que desenvolveu a Teoria da Hierarquia das Necessidades Humanas. Ele explica em suas pesquisas que os aspectos motivacionais das pessoas estão diretamente ligados ao entendimento das necessidades humanas. Portanto, motivação é o resultado dos estímulos que agem sobre as pessoas levando-as à ação. Ou seja, para que haja ação ou reação, é preciso que um estímulo seja implementado, seja decorrente de coisa externa ou proveniente do próprio organismo. Por isso, o ser humano tem a necessidade de ser aceito socialmente (no trabalho, na escola/faculdade, nos grupos de amigos etc.), de ser amado, reconhecido, de pertencer e fazer parte de algo, de ser notado positivamente, de ser útil, de atender a suas necessidades fisiológicas, de segurança, de autoestima e de autorrealização. <https://tinyurl.com/y968aj3g> Acesso em: 07.11.2017. Adaptado.
O texto cita a Teoria da Hierarquia das Necessidades Humanas, de Abraham Maslow, com a finalidade de
O ser humano é único em sua essência. Ele tem personalidade própria, necessidades que o motivam e o medo das mudanças repentinas. E é justamente isso que nos faz tão diferentes uns dos outros e com uma visão de mundo totalmente diversificada. Alguns pesquisadores se interessaram em estudar o ser humano para entender um pouco melhor essa diversidade. Um desses estudiosos foi Abraham Maslow, que desenvolveu a Teoria da Hierarquia das Necessidades Humanas. Ele explica em suas pesquisas que os aspectos motivacionais das pessoas estão diretamente ligados ao entendimento das necessidades humanas. Portanto, motivação é o resultado dos estímulos que agem sobre as pessoas levando-as à ação. Ou seja, para que haja ação ou reação, é preciso que um estímulo seja implementado, seja decorrente de coisa externa ou proveniente do próprio organismo. Por isso, o ser humano tem a necessidade de ser aceito socialmente (no trabalho, na escola/faculdade, nos grupos de amigos etc.), de ser amado, reconhecido, de pertencer e fazer parte de algo, de ser notado positivamente, de ser útil, de atender a suas necessidades fisiológicas, de segurança, de autoestima e de autorrealização. <https://tinyurl.com/y968aj3g> Acesso em: 07.11.2017. Adaptado.
O texto cita a Teoria da Hierarquia das Necessidades Humanas, de Abraham Maslow, com a finalidade de
Q1266137
Português
Texto associado
Leia o texto para responder a questão.
Palavras: uma questão de estilo
A construção de um bom texto depende da criatividade de quem o escreve.
Veja como o uso das palavras exerce um papel importante nesse contexto.
João Ribeiro, eminente gramático e profundo conhecedor da língua portuguesa, disse certa vez, em entrevista
que deu ao jornalista carioca João do Rio (O Momento Literário), que o estilo seria, antes de tudo, “a ideia precisa e
exata na sua forma exata e precisa”. De fato, não são poucos os que acreditam que o estilo depende, basicamente,
da conjunção precisa entre forma e fundo, ideia em si mesma legítima, embora se saiba que até mesmo o que se
considera erro, lacuna, falha ou desvio pode ser, no limite, considerado… uma questão de estilo. Falar em estilo na
língua portuguesa remete-nos, imediatamente, a certa escala de valores que não apenas as frases, as orações e os
períodos contêm, mas que também as palavras, isoladamente ou não, possuem. Assim, da mesma maneira que
temos, no que compete à gramática da língua, as categorias essenciais (substantivos, verbos, adjetivos), auxiliares
(artigos, preposições) e determinantes (advérbios, numerais), nas quais os vocábulos se subdividem, em termos
de estilo essas categorias são também fundamentais para que possamos apreender a língua não em sua estrutura
morfossintática, mas em sua configuração estilística. Uma frase como “Aires não pensava nada, mas percebeu que
os outros pensavam alguma cousa”, retirada do romance Memorial de Aires, de Machado de Assis, é reveladora
não apenas pelo sentido que ela tem para a economia do romance, mas também em razão do peso que os verbos
possuem no período, ora pelo jogo de oposições entre singular e plural (pensava / pensavam); ora pela dicotomia
entre afirmação e negação (pensava / não pensavam); ora pela mediação, entre os dois vocábulos, realizada pelo
verbo percebeu (pensava / percebeu / pensavam); ora ainda pelo contraste entre dois tempos verbais, o pretérito
imperfeito (pensava / pensavam) e o perfeito (percebeu). Tudo isso se torna significativo, literariamente falando,
para a narrativa e, mais do que um traço morfossintático, é um traço estilístico marcante na escala de valores a
que aqui nos referimos e que pode, ainda, ter uma natureza sinestésica, estando ligada a determinados sentidos
humanos. Por exemplo, é muito comum associarmos determinadas palavras a determinados sentidos, criando
assim – no âmbito da percepção estilística – imagens visuais, auditivas, táteis, olfativas ou gustativas.
<https://tinyurl.com/y7wzrn8k> Acesso em: 07.11.2017. Adaptado.
Assinale a afirmação correta a respeito das ideias presentes no texto.
Q1266138
Português
Texto associado
Leia o texto para responder a questão.
Palavras: uma questão de estilo
A construção de um bom texto depende da criatividade de quem o escreve.
Veja como o uso das palavras exerce um papel importante nesse contexto.
João Ribeiro, eminente gramático e profundo conhecedor da língua portuguesa, disse certa vez, em entrevista
que deu ao jornalista carioca João do Rio (O Momento Literário), que o estilo seria, antes de tudo, “a ideia precisa e
exata na sua forma exata e precisa”. De fato, não são poucos os que acreditam que o estilo depende, basicamente,
da conjunção precisa entre forma e fundo, ideia em si mesma legítima, embora se saiba que até mesmo o que se
considera erro, lacuna, falha ou desvio pode ser, no limite, considerado… uma questão de estilo. Falar em estilo na
língua portuguesa remete-nos, imediatamente, a certa escala de valores que não apenas as frases, as orações e os
períodos contêm, mas que também as palavras, isoladamente ou não, possuem. Assim, da mesma maneira que
temos, no que compete à gramática da língua, as categorias essenciais (substantivos, verbos, adjetivos), auxiliares
(artigos, preposições) e determinantes (advérbios, numerais), nas quais os vocábulos se subdividem, em termos
de estilo essas categorias são também fundamentais para que possamos apreender a língua não em sua estrutura
morfossintática, mas em sua configuração estilística. Uma frase como “Aires não pensava nada, mas percebeu que
os outros pensavam alguma cousa”, retirada do romance Memorial de Aires, de Machado de Assis, é reveladora
não apenas pelo sentido que ela tem para a economia do romance, mas também em razão do peso que os verbos
possuem no período, ora pelo jogo de oposições entre singular e plural (pensava / pensavam); ora pela dicotomia
entre afirmação e negação (pensava / não pensavam); ora pela mediação, entre os dois vocábulos, realizada pelo
verbo percebeu (pensava / percebeu / pensavam); ora ainda pelo contraste entre dois tempos verbais, o pretérito
imperfeito (pensava / pensavam) e o perfeito (percebeu). Tudo isso se torna significativo, literariamente falando,
para a narrativa e, mais do que um traço morfossintático, é um traço estilístico marcante na escala de valores a
que aqui nos referimos e que pode, ainda, ter uma natureza sinestésica, estando ligada a determinados sentidos
humanos. Por exemplo, é muito comum associarmos determinadas palavras a determinados sentidos, criando
assim – no âmbito da percepção estilística – imagens visuais, auditivas, táteis, olfativas ou gustativas.
<https://tinyurl.com/y7wzrn8k> Acesso em: 07.11.2017. Adaptado.
O autor menciona Memorial de Aires, de Machado de Assis, com o intuito de
Q1266139
Português
Texto associado
Leia o texto para responder a questão.
Palavras: uma questão de estilo
A construção de um bom texto depende da criatividade de quem o escreve.
Veja como o uso das palavras exerce um papel importante nesse contexto.
João Ribeiro, eminente gramático e profundo conhecedor da língua portuguesa, disse certa vez, em entrevista
que deu ao jornalista carioca João do Rio (O Momento Literário), que o estilo seria, antes de tudo, “a ideia precisa e
exata na sua forma exata e precisa”. De fato, não são poucos os que acreditam que o estilo depende, basicamente,
da conjunção precisa entre forma e fundo, ideia em si mesma legítima, embora se saiba que até mesmo o que se
considera erro, lacuna, falha ou desvio pode ser, no limite, considerado… uma questão de estilo. Falar em estilo na
língua portuguesa remete-nos, imediatamente, a certa escala de valores que não apenas as frases, as orações e os
períodos contêm, mas que também as palavras, isoladamente ou não, possuem. Assim, da mesma maneira que
temos, no que compete à gramática da língua, as categorias essenciais (substantivos, verbos, adjetivos), auxiliares
(artigos, preposições) e determinantes (advérbios, numerais), nas quais os vocábulos se subdividem, em termos
de estilo essas categorias são também fundamentais para que possamos apreender a língua não em sua estrutura
morfossintática, mas em sua configuração estilística. Uma frase como “Aires não pensava nada, mas percebeu que
os outros pensavam alguma cousa”, retirada do romance Memorial de Aires, de Machado de Assis, é reveladora
não apenas pelo sentido que ela tem para a economia do romance, mas também em razão do peso que os verbos
possuem no período, ora pelo jogo de oposições entre singular e plural (pensava / pensavam); ora pela dicotomia
entre afirmação e negação (pensava / não pensavam); ora pela mediação, entre os dois vocábulos, realizada pelo
verbo percebeu (pensava / percebeu / pensavam); ora ainda pelo contraste entre dois tempos verbais, o pretérito
imperfeito (pensava / pensavam) e o perfeito (percebeu). Tudo isso se torna significativo, literariamente falando,
para a narrativa e, mais do que um traço morfossintático, é um traço estilístico marcante na escala de valores a
que aqui nos referimos e que pode, ainda, ter uma natureza sinestésica, estando ligada a determinados sentidos
humanos. Por exemplo, é muito comum associarmos determinadas palavras a determinados sentidos, criando
assim – no âmbito da percepção estilística – imagens visuais, auditivas, táteis, olfativas ou gustativas.
<https://tinyurl.com/y7wzrn8k> Acesso em: 07.11.2017. Adaptado.
O texto faz referência à sinestesia, um recurso semântico capaz de tornar o texto mais expressivo. Assinale a alternativa que apresenta um exemplo da figura de linguagem conhecida como sinestesia
Q1266140
Português
Memorial de Aires é o último romance escrito por Machado de Assis, tendo sido publicado em 1908, ano da morte do
autor. Obra de caráter autobiográfico, apresenta-se como diversas entradas em uma espécie de diário, em que a relação
com a velhice, as dificuldades dos relacionamentos amorosos e a futilidade da elite brasileira no final do século XIX são
retratadas por meio de um série de episódios que se intercalam.
O trecho a seguir foi retirado do prefácio Advertência, que introduz a obra.
Quem me leu Esaú e Jacó talvez reconheça estas palavras do prefácio: “Nos lazeres do ofício escrevia o Memorial, que, apesar das páginas mortas ou escuras, apenas daria (e talvez dê) para matar o tempo da barca de Petrópolis”. Referia-me ao Conselheiro Aires. Tratando-se agora de imprimir o Memorial, achou-se que a parte relativa a uns dois anos (1888-1889), se for decotada de algumas circunstâncias, anedotas, descrições e reflexões, — pode dar uma narração seguida, que talvez interesse, apesar da forma de diário que tem. Não houve pachorra de a redigir à maneira daquela outra, — nem pachorra, nem habilidade. Vai como estava, mas desbastada e estreita, conservando só o que liga o mesmo assunto. O resto aparecerá um dia, se aparecer algum dia. ASSIS, Machado de. Memorial de Aires. In:______. Obra completa. Rio de Janeiro: Nova Aguilar, 1986. p. 1096
Com base na leitura dos textos e nas obras de Machado de Assis, é correto afirmar que
O trecho a seguir foi retirado do prefácio Advertência, que introduz a obra.
Quem me leu Esaú e Jacó talvez reconheça estas palavras do prefácio: “Nos lazeres do ofício escrevia o Memorial, que, apesar das páginas mortas ou escuras, apenas daria (e talvez dê) para matar o tempo da barca de Petrópolis”. Referia-me ao Conselheiro Aires. Tratando-se agora de imprimir o Memorial, achou-se que a parte relativa a uns dois anos (1888-1889), se for decotada de algumas circunstâncias, anedotas, descrições e reflexões, — pode dar uma narração seguida, que talvez interesse, apesar da forma de diário que tem. Não houve pachorra de a redigir à maneira daquela outra, — nem pachorra, nem habilidade. Vai como estava, mas desbastada e estreita, conservando só o que liga o mesmo assunto. O resto aparecerá um dia, se aparecer algum dia. ASSIS, Machado de. Memorial de Aires. In:______. Obra completa. Rio de Janeiro: Nova Aguilar, 1986. p. 1096
Com base na leitura dos textos e nas obras de Machado de Assis, é correto afirmar que