Questões de Vestibular FAG 2016 para Vestibular, Primeiro Semestre
Foram encontradas 4 questões
Q1355448
Português
Texto associado
Texto 1
Toda cultura é particular. Não existe, nem pode existir uma cultura universal constituída. No nosso século,
os antropólogos vivem ensinando isso a quem quiser aprender.
Tal como acontece com cada indivíduo, os grupos humanos, grandes ou pequenos, vão adquirindo e
renovando, construindo, organizando e reorganizando, cada um a seu modo, os conhecimentos de que necessitam.
O movimento histórico da cultura consiste numa diversificação permanente. A cultura universal - que seria a
cultura da Humanidade - depende dessa diversificação, quer dizer, depende da capacidade de cada cultura afirmar
sua própria identidade, desenvolvendo suas características peculiares.
No entanto, as culturas particulares só conseguem mostrar sua riqueza, sua fecundidade, na relação de
umas com as outras. E essa relação sempre comporta riscos.
Em condições de uma grande desigualdade de poder material, os grupos humanos mais poderosos podem
causar graves danos e destruições fatais às culturas dos grupos mais fracos. (...)
Todos tendemos a considerar nossa cultura particular mais universal do que as outras. (...) Cada um de nós
tem suas próprias convicções. (...)
Tanto indivíduos como grupos têm a possibilidade de se esforçar para incorporar às suas respectivas
culturas elementos de culturas alheias. (...)
Apesar dos perigos da relação com as outras culturas (descaracterização, perda da identidade, morte), a
cultura de cada pessoa, ou de cada grupo humano, é frequentemente mobilizada para tentativas de
auto-relativização e de autoquestionamento, em função do desafio do diálogo.
Leandro Konder. O Globo, 02/08/98.
A expressão “No nosso século...”, utilizada pelo autor do texto 1, refere-se:
Q1355450
Português
Texto associado
Texto 1
Toda cultura é particular. Não existe, nem pode existir uma cultura universal constituída. No nosso século,
os antropólogos vivem ensinando isso a quem quiser aprender.
Tal como acontece com cada indivíduo, os grupos humanos, grandes ou pequenos, vão adquirindo e
renovando, construindo, organizando e reorganizando, cada um a seu modo, os conhecimentos de que necessitam.
O movimento histórico da cultura consiste numa diversificação permanente. A cultura universal - que seria a
cultura da Humanidade - depende dessa diversificação, quer dizer, depende da capacidade de cada cultura afirmar
sua própria identidade, desenvolvendo suas características peculiares.
No entanto, as culturas particulares só conseguem mostrar sua riqueza, sua fecundidade, na relação de
umas com as outras. E essa relação sempre comporta riscos.
Em condições de uma grande desigualdade de poder material, os grupos humanos mais poderosos podem
causar graves danos e destruições fatais às culturas dos grupos mais fracos. (...)
Todos tendemos a considerar nossa cultura particular mais universal do que as outras. (...) Cada um de nós
tem suas próprias convicções. (...)
Tanto indivíduos como grupos têm a possibilidade de se esforçar para incorporar às suas respectivas
culturas elementos de culturas alheias. (...)
Apesar dos perigos da relação com as outras culturas (descaracterização, perda da identidade, morte), a
cultura de cada pessoa, ou de cada grupo humano, é frequentemente mobilizada para tentativas de
auto-relativização e de autoquestionamento, em função do desafio do diálogo.
Leandro Konder. O Globo, 02/08/98.
Em: “Cada um de nós...”, o autor refere-se:
Q1355454
Português
Texto associado
Texto 3
O permanente e o provisório
O casamento é permanente, o namoro é provisório. O amor é permanente, a paixão é provisória. Uma
profissão é permanente, um emprego é provisório. Um endereço é permanente, uma estada é provisória. A arte é
permanente, a tendência é provisória. De acordo? Nem eu.
Um casamento que dura 20 anos é provisório. Não somos repetições de nós mesmos, a cada instante
somos surpreendidos por novos pensamentos que nos chegam através da leitura, do cinema, da meditação. O que
eu fui ontem e anteontem, já é memória. Escada vencida degrau por degrau, mas o que eu sou neste momento é o
que conta, minhas decisões valem para agora, hoje é o meu dia, nenhum outro.
Amor permanente... como a gente se agarra nessa ilusão. Pois se nem o amor por nós mesmos resiste tanto
tempo sem umas reavaliações. [...]O amor se infiltra dentro de nós, mas seguem todos em movimento: você, o amor
da sua vida e o que vocês sentem. Tudo pulsando independentemente, e passíveis de se desgarrar um do outro.
Um endereço não é pra sempre, uma profissão pode ser jogada pela janela, [...] a arte passa por ciclos, e se
tudo isso é soberano e tem valor supremo, é porque hoje acreditamos nisso, hoje somos superiores ao passado e ao
futuro, agora é que nossa crença se estabiliza, a necessidade se manifesta, a vontade se impõe – até que o tempo
vire.
MEDEIROS, Martha. Coisas da vida. Porto Alegre: L&PM, 2005. p. 39-40. (Fragmento).
Analise as afirmações:
I. O texto 3 é construído com base nos elementos associados aos adjetivos PERMANENTE e PROVISÓRIO. II. A relação lexical que se estabelece entre os adjetivos PERMANENTE e PROVISÓRIO é a de sinonímia. III. Para a autora, um casamento que dura muito tempo (20 anos), mas chega ao fim, é provisório, e a crença de que o amor é permanente é uma ilusão à qual os seres humanos se agarram.
Assinale a alternativa correta:
I. O texto 3 é construído com base nos elementos associados aos adjetivos PERMANENTE e PROVISÓRIO. II. A relação lexical que se estabelece entre os adjetivos PERMANENTE e PROVISÓRIO é a de sinonímia. III. Para a autora, um casamento que dura muito tempo (20 anos), mas chega ao fim, é provisório, e a crença de que o amor é permanente é uma ilusão à qual os seres humanos se agarram.
Assinale a alternativa correta:
Q1355455
Português
Texto associado
Texto 3
O permanente e o provisório
O casamento é permanente, o namoro é provisório. O amor é permanente, a paixão é provisória. Uma
profissão é permanente, um emprego é provisório. Um endereço é permanente, uma estada é provisória. A arte é
permanente, a tendência é provisória. De acordo? Nem eu.
Um casamento que dura 20 anos é provisório. Não somos repetições de nós mesmos, a cada instante
somos surpreendidos por novos pensamentos que nos chegam através da leitura, do cinema, da meditação. O que
eu fui ontem e anteontem, já é memória. Escada vencida degrau por degrau, mas o que eu sou neste momento é o
que conta, minhas decisões valem para agora, hoje é o meu dia, nenhum outro.
Amor permanente... como a gente se agarra nessa ilusão. Pois se nem o amor por nós mesmos resiste tanto
tempo sem umas reavaliações. [...]O amor se infiltra dentro de nós, mas seguem todos em movimento: você, o amor
da sua vida e o que vocês sentem. Tudo pulsando independentemente, e passíveis de se desgarrar um do outro.
Um endereço não é pra sempre, uma profissão pode ser jogada pela janela, [...] a arte passa por ciclos, e se
tudo isso é soberano e tem valor supremo, é porque hoje acreditamos nisso, hoje somos superiores ao passado e ao
futuro, agora é que nossa crença se estabiliza, a necessidade se manifesta, a vontade se impõe – até que o tempo
vire.
MEDEIROS, Martha. Coisas da vida. Porto Alegre: L&PM, 2005. p. 39-40. (Fragmento).
Analise as afirmações:
I. “Um endereço não é para sempre”, “Uma profissão pode ser jogada pela janela” e “A arte passa por ciclos” são expressões utilizadas no último parágrafo para questionar o caráter permanente de certas coisas. II. Considerando o último parágrafo do texto, podemos afirmar que a conclusão da autora é de que nada pode ser considerado permanente. III. No trecho “[...] mas o que sou neste momento é o que conta, minhas decisões valem para agora, hoje é o meu dia, nenhum outro”, os termos destacados excluem a ideia de transitoriedade que a autora associa ao casamento.
Assinale a alternativa correta:
I. “Um endereço não é para sempre”, “Uma profissão pode ser jogada pela janela” e “A arte passa por ciclos” são expressões utilizadas no último parágrafo para questionar o caráter permanente de certas coisas. II. Considerando o último parágrafo do texto, podemos afirmar que a conclusão da autora é de que nada pode ser considerado permanente. III. No trecho “[...] mas o que sou neste momento é o que conta, minhas decisões valem para agora, hoje é o meu dia, nenhum outro”, os termos destacados excluem a ideia de transitoriedade que a autora associa ao casamento.
Assinale a alternativa correta: