Questões de Vestibular UEPB 2009 para Vestibular, LÍNGUA PORTUGUESA, LITERATURA BRASILEIRA E LÍNGUA ESTRANGEIRA (INGLÊS)

Foram encontradas 13 questões

Q1352648 Português
Leia os fragmentos 1 e 2, abaixo, e analise o que se afirma sobre eles em seguida.

1. “O meu nome é Severino,/não tenho outro de pia./Como há muitos Severinos,/que é santo de romaria,/deram então de me chamar/ Severino de Maria [...] Somos muitos Severinos/iguais em tudo na vida” (seis primeiros versos do poema Morte e vida severina)
2. “[...] E aqui arribou, onde havia tantos outros, Rosálios, chegados pelas mesmas veredas, macambúzios, revestidos de cinzenta tristeza [...]” (O vôo da guará vermelha. p. 12)

A leitura dos fragmentos permite o leitor perceber

I - que ambos convergem para um mesmo ponto semântico: a aproximação entre Severino e Rosálio, que, pelo nome, comum ou adotado de uma “linhagem sem precedentes”, enfatiza um sujeito social sem grande “função”, espécie de “peso morto”, aparentemente vivendo à revelia dos prazeres, uma vez que a prioridade na vida de ambos é a sobrevivência.
II - que, diferentemente de Severino, Rosálio sobrepõe-se à mera atividade funcional por ele desenvolvida, porque encontra alimento para o seu espírito no “prazer de ler”, e somente isso na vida lhe basta.
III - que Severino, assim como Rosálio, encontra nas tradições culturais de sua comunidade respostas para uma vida melhor, daí migrar do interior para centros urbanos mais desenvolvidos, onde, à custa de bastante sacrifício, encontra uma forma de viver dignamente.

É(São) correto(s) apenas:
Alternativas
Q1352649 Português
Em O vôo da guará vermelha, Irene conta (e ouve) histórias de “fazer durar” ou estender o tempo, atitude similar a de Sherazade, que, para evitar a sua morte pelo sultão, seu esposo, cumpre a tarefa de, à noite, contar-lhe um “conto”, deixando a história em suspenso para que ele tome gosto e queira ouvir a continuação na noite seguinte. No que diz respeito a O vôo da guará vermelha, pode-se afirma
Alternativas
Q1352651 Português
Em “Os olhos da mulher, súplica e esperança, o meio sorriso, ferida aberta no meio da cara [...] Mas ela nada diz de sua boca, impõe com as mãos febris, com as pernas magras, com o corpo esquálido de bicho fêmea que ele lhe entregue seu corpo duro de bicho macho [...] Ela vê volume nos bolsos dele, mete as mãos e as traz cheias de brita que atira pela janela, o dinheiro, cadê o dinheiro?” (p.16-17) e em “Irene [...] provado devagarinho, por primeira vez, quem sabe?, o sabor que pode ter tocar-se o corpo de um homem por nada, só por carinho” (p. 57), é possível afirmar
I - que o fio de esperança por dias melhores, alimentado por Irene, depois de conhecer Rosálio, opera uma mudança na sua forma de ver e de sentir o outro.
II - que, embora lutando por sobreviver e alimentar um “guri e uma velha”, Irene encontra momentos para pensar em si, cuidar de si, ao mesmo tempo em que cuida do outro (Rosálio);
III - que não há alusão a uma possível mudança na forma de Irene sentir a si e ao outro: ela apenas quis agradá-lo (como mostra o fragmento), depois retoma a dura vida de prostituta, uma vez que a sobrevivência é um imperativo maior que “o prazer de ler”;

Está(ão) correta(s) apenas a(s) proposição(ões)
Alternativas
Respostas
7: D
8: A
9: D