Questões de Vestibular UEL 2016 para Vestibular
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Nas sociedades contemporâneas, ocorrem expansões do desenvolvimento e do uso de substâncias químicas com a finalidade de interferir nas sensações, nas percepções e nos comportamentos dos indivíduos. Partes dessas substâncias são consideradas lícitas e outras ilícitas, a depender dos valores hegemônicos de uma dada sociedade. O consumo dessas substâncias lícitas e ilícitas constitui prática cotidiana e mobiliza uma diversidade de julgamentos de valor. As preocupações com o consumo das drogas ilícitas encontram respostas em determinados tipos de políticas de repressão por parte do Estado.
Com base nos conhecimentos sobre as políticas de segurança e de repressão e suas relações com os temas do poder, da dominação e do controle, assinale a alternativa correta.
Observe a figura e leia o texto a seguir.
Di Cavalcanti, Moças com violão, óleo sobre tela, 49,8 × 60,8 cm, 1937.
Emiliano Di Cavalcanti foi um dos idealizadores da Semana de Arte Moderna de 1922. Nos períodos de 1923 a 1925, morou na capital francesa e teve contato com alguns artistas da Escola de Paris, entre eles, Pablo Picasso, que se evadia das linhas severas do cubismo para as curvas sensuais das madonas clássicas. O crítico Frederico Morais (2005) afirmou: “Di Cavalcanti deu à mulata brasileira a dignidade da madona renascentista, madonizou a nossa mulata.”
(Adaptado de: Mestres do Modernismo: exposição. São Paulo: Imprensa Oficial do Estado de São Paulo, Fundação José e Paulina Nemirovsky e Pinacoteca do Estado, 2005. e In. MORAIS, F. <www.elfikurten.com.br/ 2013/05/emiliano-di-cavalcanireminiscências.html>. Acesso em: 12 abr. 2016.)
A partir dessa figura, da afirmação do crítico Frederico Morais e dos conhecimentos sobre o modernismo brasileiro, atribua V (verdadeiro) ou F (falso) às afirmativas a seguir.
( ) As mulatas de Di Cavalcanti são o resultado de uma interpretação pessoal das mulheres clássicas de Picasso.
( ) As mulheres de Di Cavalcanti não são sofridas e solitárias, expressam, plasticamente, o que há de ondulante, de macio, de materno e de sensual no corpo feminino.
( ) Di Cavalcanti reproduz, acriticamente, as lições que aprendeu com artistas da Escola de Paris.
( ) Em Paris, Di Cavalcanti, em contato com obras do passado e do seu presente, intensificou sua visão de um Brasil multicultural, nem exótico, nem folclórico.
( ) A representação da mulher nas obras de Di Cavalcanti revela que o belo na arte e a beleza feminina são universais e imutáveis.
Leia o texto a seguir.
No fundo do mato virgem nasceu Macunaíma, herói de nossa gente. Já na meninice fez coisas de sarapantar. De primeiro: passou mais de seis anos não falando. Se o incitavam a falar, exclamava: – Ai que preguiça!... e não dizia mais nada. Quando era pra dormir trepava no macuru pequeninho sempre se esquecendo de mijar. Como a rede da mãe estava por debaixo do berço, o herói mijava quente na velha, espantando os mosquitos bem. Então adormecia sonhando palavras feias, imoralidades estrambólicas e dava patadas no ar.
(Adaptado de: ANDRADE, M. Macunaíma. Rio de Janeiro: Agir, 2008. p.7.)
Enquanto produção cultural, o Modernismo procurava reconhecer as identidades que formavam o povo brasileiro.
Assinale a alternativa que apresenta, corretamente, a
presença da temática indígena no movimento, tendo
por modelo o romance de Mário de Andrade.
Observe a figura e leia o texto a seguir.
Imagem do espetáculo de 2009.
(Disponível em:<http://www.grupocorpo.com.br/obras/benguele#fotos>. Acesso em: 12 ago. 2016.)
Corpo é um grupo de dança mineiro que, em 2016, comemora quarenta anos de história. Seu tempo de atuação é marcado pela pluralidade, questão reconhecida tanto na arte contemporânea, quanto na constituição dos aspectos identitários da cultura brasileira. O espetáculo intitulado Benguelê, executado pelo grupo em 2009, é uma exaltação ao passado africano e às suas marcantes e profundas raízes na cultura brasileira. Riscando o palco, sem nenhum pudor, o coreógrafo evoca, do início ao fim, ritmos afro-brasileiros como o maracatu, o candomblé e o congado. Anarquia e frenesi se dão através das batidas de pé, remelexos de quadril, ombros e pélvis. A diversidade rítmica ganha vida ao som da música do compositor, cantor e violonista João Bosco. Ora festivos, ora ritualísticos, os movimentos sugerem danças tribais, em que a representação das figuras humanas, vergadas pelo tempo, ou animalizadas, pontua o espetáculo.
(Adaptado de:<http://www.grupocorpo.com.br/obras/benguele#release>. Acesso em: 12 ago. 2016.)
Com base no texto, nas imagens e nos conhecimentos sobre manifestações artísiticas, considere as afirmativas a seguir.
I. Benguelê é um espetáculo de dança popular que parte de pressupostos como a simetria, a beleza e a leveza para a composição coreográfica, a fim de abordar os aspectos folclóricos da arte.
II. Na arte contemporânea, convivem temporalidades diversas da tradição artística, em consonância com o tempo presente.
III. Dança é um movimento executado dentro de certas regras, não necessariamente regulares ou aparentes, e que se desenvolve no espaço e num tempo.
IV. Em Benguelê, a variedade rítmica e a diversidade de movimentos executados atestam o caráter plural do espetáculo.
Os movimentos migratórios existentes no Brasil, a partir de 2001, mostram que 41% dos habitantes do país não eram naturais do município de residência e cerca de 16% deles não eram procedentes da Unidade Federativa em que moravam.
Considerando a realidade exposta, assinale a alternativa que apresenta, corretamente, motivos que estimularam fluxos migratórios nesse período.