Questões de Vestibular UEL 2016 para Vestibular
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Observe a figura e leia o texto a seguir.
Imagem do espetáculo de 2009.
(Disponível em:<http://www.grupocorpo.com.br/obras/benguele#fotos>. Acesso em: 12 ago. 2016.)
Corpo é um grupo de dança mineiro que, em 2016, comemora quarenta anos de história. Seu tempo de atuação é marcado pela pluralidade, questão reconhecida tanto na arte contemporânea, quanto na constituição dos aspectos identitários da cultura brasileira. O espetáculo intitulado Benguelê, executado pelo grupo em 2009, é uma exaltação ao passado africano e às suas marcantes e profundas raízes na cultura brasileira. Riscando o palco, sem nenhum pudor, o coreógrafo evoca, do início ao fim, ritmos afro-brasileiros como o maracatu, o candomblé e o congado. Anarquia e frenesi se dão através das batidas de pé, remelexos de quadril, ombros e pélvis. A diversidade rítmica ganha vida ao som da música do compositor, cantor e violonista João Bosco. Ora festivos, ora ritualísticos, os movimentos sugerem danças tribais, em que a representação das figuras humanas, vergadas pelo tempo, ou animalizadas, pontua o espetáculo.
(Adaptado de:<http://www.grupocorpo.com.br/obras/benguele#release>. Acesso em: 12 ago. 2016.)
Com base no texto, nas imagens e nos conhecimentos sobre manifestações artísiticas, considere as afirmativas a seguir.
I. Benguelê é um espetáculo de dança popular que parte de pressupostos como a simetria, a beleza e a leveza para a composição coreográfica, a fim de abordar os aspectos folclóricos da arte.
II. Na arte contemporânea, convivem temporalidades diversas da tradição artística, em consonância com o tempo presente.
III. Dança é um movimento executado dentro de certas regras, não necessariamente regulares ou aparentes, e que se desenvolve no espaço e num tempo.
IV. Em Benguelê, a variedade rítmica e a diversidade de movimentos executados atestam o caráter plural do espetáculo.
Texto I
O tempo nada mais é que a forma da nossa intuição interna. Se a condição particular da nossa sensibilidade lhe for suprimida, desaparece também o conceito de tempo, que não adere aos próprios objetos, mas apenas ao sujeito que os intui.
(KANT, I. Crítica da razão pura. Trad. Valério Rohden e Udo Baldur Moosburguer. São Paulo: Abril Cultural, 1980. p.47. Coleção Os Pensadores.)
A velocidade da luz no vácuo tem valores diferentes para observadores em referenciais privilegiados.
Distantes geográfica e temporalmente, o artista modernista brasileiro José Pancetti e a artista contemporânea norte-americana Janine Antoni dialogam nesses trabalhos. O ex-marinheiro tematiza o que vivenciou ao longo da vida no mar. Ela, artista performática, aborda a relação com o espaço onde passou sua infância. Pancetti altera a superfície da pintura ao criar a ilusão de profundidade com os planos e a iluminação. Na performance, Antoni subverte a condição “real”, tornando possível, com o artifício de uma corda, “caminhar” sobre as águas.
Com base nas figuras e nos conhecimentos sobre as manifestações artísticas na contemporaneidade, considere as afirmativas a seguir.
I. A arte é o espaço de ressignificação das relações humanas com o mundo, onde se podem atualizar situações relativas à memória e à passagem do tempo.
II. A videoinstalação de Antoni e a pintura de Pancetti têm como referência a paisagem, tanto real quanto como gênero pictórico.
III. Na arte contemporânea, o embate e a apreensão da paisagem natural pelo artista são questões superadas.
IV. A pintura de Pancetti e a videoperformance de Antoni revelam o início e o desfecho da crise do artista contemporâneo com os procedimentos tradicionais da arte.
Assinale a alternativa correta.
(Disponível em:<https://sociologiareflexaoeacao.files.wordpress.com/2015/07/cena-cotidiana-autor-desconhecidofacebook.jpg>
Observe a figura a seguir.
Cinthia Marcelle, Sobre este mesmo mundo, lousa e giz, 120 × 840 × 8 cm, 2010.
Na instalação da artista brasileira Cinthia Marcelle, verifica-se um conjunto de elementos do cotidiano escolar, como a lousa, o pó de giz e o apagador.
Com base nessa instalação e nos conhecimentos sobre arte contemporânea, considere as afirmativas a seguir.
I. Ao atestar que é Sobre este mesmo mundo, a instalação aponta para os sentidos das transformações do cotidiano escolar. II. O conjunto de elementos propostos e o modo como eles estão dispostos indicam o caráter temporal abordado pela instalação.
III. A arte contemporânea desvela, por meio do que lhe é próprio, o que é, ao mesmo tempo íntimo e social, pessoal e cultural.
IV. A produção de arte contemporânea, apartada de toda a temporalidade que a precede, abandona os materiais tradicionais e elege a instalação como forma ideal da arte.
Assinale a alternativa correta.
Alex Flemming, Estação Sumaré, instalação,
fotografias e textos impressos com tinta vinílica sobre vidro,
44 peças de 1,75 m × 1,25 m cada, 1998.
Leia o texto a seguir.
Uma das obras de Alex Flemming é a instalação realizada na Estação Sumaré do Metrô de São Paulo, constituída por vinte e dois retratos frontais, do tipo fotos para documentos de identidade, impressos sobre vidro, contendo vinte e dois poemas de autores brasileiros.
(Adaptado de:<http://www.metro.sp.gov.br/cultura/artemetro/livro-ital/arquivos/assets/downloads/publication.pdf> . Acesso em: 12 maio 2016.)
Sobre o trabalho de Flemming, considere as afirmativas a seguir.
I. O sentido da proposição de Flemming permaneceria inalterado em museus e galerias de arte.
II. A instalação remete à questão da identidade e, ao mesmo tempo, da alteridade.
III. Embora a estação de metrô seja um espaço de trânsito, o artista evidencia outro modo de relação com ele, conferindo aos passantes e às imagens a possibilidade de pertencimento.
IV. As imagens em grande escala, para um espaço público determinado, resultam em uma instalação de impacto visual que sugere sentidos políticos sob forma plástica.
Assinale a alternativa correta.