Questões de Vestibular UFT 2019 para Vestibular - Primeiro Semestre - Língua Portuguesa, Inglês e Matemática
Foram encontradas 8 questões
Ano: 2019
Banca:
COPESE - UFT
Órgão:
UFT
Prova:
COPESE - UFT - 2019 - UFT - Vestibular - Primeiro Semestre - Língua Portuguesa, Inglês e Matemática |
Q1399735
Literatura
Leia o fragmento para responder a QUESTÃO .
Horácio não gostava de ser contestado, mas compreendeu não era bom tema de conversa. Voltou à literatura, aconselhando os outros a lerem Drummond de Andrade, na sua opinião o melhor poeta de língua portuguesa de sempre. Qual Camões, qual Pessoa, Drummond é que era, tudo estava nele, até a situação de Angola se podia inferir na sua poesia. Por isso vos digo, os portugueses passam a vida a querer-nos impingir a sua poesia, temos de a estudar na escola, e escondem-nos os brasileiros, nossos irmãos, poetas e prosadores sublimes, relatando os nossos problemas e numa linguagem bem mais próxima da que falamos nas cidades. Quem não leu Drummond é um analfabeto. Os outros iam comendo, trocando de vez em quando olhares cúmplices. Até que Malongo e Vítor terminaram a refeição. Malongo despediu-se, levantando-se, um analfabeto vos saúda. Vítor e Furtado riram, Horácio fingiu que não ouviu. Agarrou no braço de Furtado e continuou a cultivá-lo com versos de Drummond e os seus próprios, dedicados ao grande brasileiro.
Fonte: PEPETELA. A geração da utopia. Rio de Janeiro: Nova Fronteira: 2000, p. 30-31 (fragmento).
No fragmento do romance do escritor angolano Pepetela, Horácio aconselha seus amigos Malongo, Vítor e Furtado a lerem o poeta Drummond de Andrade.
Analise as afirmativas a seguir.
I. A poesia de Drummond é melhor que a de Camões e de Pessoa.
II. Há uma aproximação entre a literatura de Drummond e a realidade angolana.
III. Nas escolas portuguesas se estuda a poesia de Drummond.
IV. A poesia de Drummond está sendo usada para alfabetizar nas escolas angolanas.
V. As obras dos literatos brasileiros possuem uma linguagem próxima a dos angolanos nas cidades.
Assinale a alternativa CORRETA.
Horácio não gostava de ser contestado, mas compreendeu não era bom tema de conversa. Voltou à literatura, aconselhando os outros a lerem Drummond de Andrade, na sua opinião o melhor poeta de língua portuguesa de sempre. Qual Camões, qual Pessoa, Drummond é que era, tudo estava nele, até a situação de Angola se podia inferir na sua poesia. Por isso vos digo, os portugueses passam a vida a querer-nos impingir a sua poesia, temos de a estudar na escola, e escondem-nos os brasileiros, nossos irmãos, poetas e prosadores sublimes, relatando os nossos problemas e numa linguagem bem mais próxima da que falamos nas cidades. Quem não leu Drummond é um analfabeto. Os outros iam comendo, trocando de vez em quando olhares cúmplices. Até que Malongo e Vítor terminaram a refeição. Malongo despediu-se, levantando-se, um analfabeto vos saúda. Vítor e Furtado riram, Horácio fingiu que não ouviu. Agarrou no braço de Furtado e continuou a cultivá-lo com versos de Drummond e os seus próprios, dedicados ao grande brasileiro.
Fonte: PEPETELA. A geração da utopia. Rio de Janeiro: Nova Fronteira: 2000, p. 30-31 (fragmento).
No fragmento do romance do escritor angolano Pepetela, Horácio aconselha seus amigos Malongo, Vítor e Furtado a lerem o poeta Drummond de Andrade.
Analise as afirmativas a seguir.
I. A poesia de Drummond é melhor que a de Camões e de Pessoa.
II. Há uma aproximação entre a literatura de Drummond e a realidade angolana.
III. Nas escolas portuguesas se estuda a poesia de Drummond.
IV. A poesia de Drummond está sendo usada para alfabetizar nas escolas angolanas.
V. As obras dos literatos brasileiros possuem uma linguagem próxima a dos angolanos nas cidades.
Assinale a alternativa CORRETA.
Ano: 2019
Banca:
COPESE - UFT
Órgão:
UFT
Prova:
COPESE - UFT - 2019 - UFT - Vestibular - Primeiro Semestre - Língua Portuguesa, Inglês e Matemática |
Q1399736
Literatura
Texto associado
Leia os fragmentos para responder a QUESTÃO .
Texto I
O Juiz Valério alegrava-se com a aproximação da comissão.
Acreditava em justiça, em lei, achava que o governo fosse
dotado de uma clarividência que o comum dos homens não
possuía, de uma reta intenção de punir o mal e premiar o bem.
Daquele recanto tão afastado, Governo era assim algo de
sobre-humano e inatacável. Antes porém que a Comissão
chegasse ao [Vila do] Duro, aportaram ali notícias do que era
ela. Era como o vento que precede a chuva braba. Quem vinha
chefiando a comissão era um juiz togado, com assento em
Porto Nacional, formado pela Faculdade do Recife, com
militança no Foro de Salvador e Belém do Pará, homem de
estudo, homem de preparo, homem sabido e corrido.
Fonte: ÉLIS, Bernardo. O tronco. Rio de Janeiro: José Olympio, 2008, p.15.
(fragmento). (adaptado).
Texto II
Sucedeu então vir o grande sujeito entrando no lugar, capiau
de muito longínquo: tirado à arreata o cavalo raposo, que
mancara, apontava de noroeste, pisando o arenoso. Seus
bigodes ou a rustiquez – roupa parda, botinões de couro de
anta, chapéu toda a aba – causavam riso e susto. Tomou
fôlego, feito burro entesa orelhas, no avistar um fiapo de povo
mas a rua, imponente invenção humana. Tinha vergonha de
frente e de perfil, todo o mundo viu, devia também de alentar
internas desordens no espírito.
Fonte: ROSA, João Guimarães. Tutaméia (Terceiras estórias). Rio de Janeiro:
Nova Fronteira, 2001, p. 58. (fragmento).
Os fragmentos das obras de Bernardo Élis e de João
Guimarães Rosa narram, respectivamente, a notícia da
chegada de um viajante e a chegada de outro viajante. É
CORRETO afirmar que os narradores:
Ano: 2019
Banca:
COPESE - UFT
Órgão:
UFT
Prova:
COPESE - UFT - 2019 - UFT - Vestibular - Primeiro Semestre - Língua Portuguesa, Inglês e Matemática |
Q1399737
Literatura
Texto associado
Leia os poemas para responder a QUESTÃO.
Texto I
Bulandeira
O braço
rompe a roda
a roda
vira o ralo
o ralo
na raiz da fome
farinha.
Texto II
Tapioca na gamela
Eita que esse destino de furupa
guarnece a brasa e o tição
o forno de assar o bolo
alvura que ama a tapioca na gamela
amassando a vida com as mãos
pois a festa é certa
quando certo o pão.
Fonte: PEDREIRA, Célio. As tocantinas. Palmas–TO: Universidade Federal do
Tocantins/EDUFT, 2014, p. 36 e 20.
A partir da leitura dos dois poemas do escritor tocantinense
Célio Pedreira é CORRETO afirmar que eles:
Ano: 2019
Banca:
COPESE - UFT
Órgão:
UFT
Prova:
COPESE - UFT - 2019 - UFT - Vestibular - Primeiro Semestre - Língua Portuguesa, Inglês e Matemática |
Q1399738
Literatura
Texto associado
Leia o fragmento para responder a QUESTÃO .
SÃO LOURENÇO:
Mas existe a confissão,
remédio senhor da cura.
Os índios que enfermos são
com ela se curarão,
e a comunhão os segura.
Quando o pecado lhes pesa,
vão-se os índios confessar.
Dizem: "Quero melhorar..."
O padre sobre eles reza
para o seu Deus aplacar.
[...]
AIMBIRÊ: [criado do diabo]:
Afastado,
"quando à morte fôr chegado,
diz o índio, expulsarei
todo o crime que ocultei".
GUAIXARÁ [diabo chefe]:
Ouve, oh! sim; pois com cuidado
seus maus atos desfiei.
SÃO LOURENÇO:
Com todo vosso ódio, sei
que procurais condená-los.
Deles não me afastarei,
mas a Deus suplicarei
para sempre auxiliá-los.
Eles em mim confiaram,
construindo essa capela;
velhos vícios extirparam,
por patrono me tomaram
que em firmá-los se desvela.
Fonte: ANCHIETA, José de. Teatro de Anchieta. In: O auto de São Lourenço.
Edições Loyola: São Paulo, 1977, p. 158. (fragmento). (adaptado).
A partir da leitura do fragmento de O auto de São Lourenço,
de José de Anchieta, é CORRETO afirmar que
Ano: 2019
Banca:
COPESE - UFT
Órgão:
UFT
Prova:
COPESE - UFT - 2019 - UFT - Vestibular - Primeiro Semestre - Língua Portuguesa, Inglês e Matemática |
Q1399739
Literatura
Texto associado
Leia o fragmento para responder a QUESTÃO .
Contam os velhos do povo Karajá que um misterioso
acontecimento estava deixando a aldeia alarmada. Isso
acontecia porque os guerreiros estavam sumindo durante a
caçada e ninguém conseguia explicar por que isso estava
acontecendo. Havia um clima de medo.
Um rapaz, no entanto, resolveu rastrear pela trilha dos
parentes sumidos. Entrou na mata cautelosamente e logo
adiante avistou um bando de urubus. Isso era um sinal de que
havia carniça por perto. Redobrou sua atenção e arrastou-se
até chegar perto de uma grande árvore em cuja raiz encontrou
objetos e ossadas dos parentes desaparecidos. Seu susto foi
maior quando avistou dois monstruosos indivíduos saindo de
uma caverna. Comentavam um para o outro:
– Estou com uma fome tão grande. Tô com vontade de comer
gente!
– Vamos botar uma espera? Sinto que hoje vamos pegar
alguém!
O jovem, ouvindo aquela conversa, sentiu-se amedrontado,
achando que ele poderia ser o alimento daquela gente
estranha.
[...] Quando chegou à aldeia, estava muito angustiado.
Começou a gritar para chamar a atenção de todos.
_ Inã biroxikre nhaçã rekã!... (Bugios grandalhões estão
devorando gente!).
[...] Onde vais com tanta pressa, valente guerreiro?
– Vou caçar nhaçã rekã! – respondeu o jovem de forma
arrogante.
– Se me tomares como esposa, eu te ensinarei como caçar
aquelas perigosas feras feiticeiras! – propôs a mulher-sapo.
Fonte: MUNDURUKU, Daniel. A Caveira-Rolante, a Mulher-Lesma e outras
histórias. Ilustrações Maurício Negro. São Paulo: Global, 2010, p. 40-41.
(fragmento).
A partir da leitura do fragmento de texto de Daniel Munduruku,
é INCORRETO afirmar que: