Questões de Vestibular CESMAC 2019 para Prova de Medicina-2020.1- 1° DIA

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Ano: 2019 Banca: Cepros Órgão: CESMAC Prova: Cepros - 2019 - CESMAC - Prova de Medicina-2020.1- 1° DIA |
Q1391667 Português

 

Como uma onda

1. Toda língua muda com o tempo. Por mais que isso pareça óbvio, vale a pena repetir. Basta comparar um texto escrito em português na Idade Média, ou em 1600, ou mesmo há cem anos com qualquer coisa publicada nos dias de hoje.

2. As diferenças saltam aos olhos, e as dificuldades de compreensão vão crescendo quanto mais a gente recua no tempo.

3. Lendo as gramáticas, a gente tem a impressão de que a língua está pronta e acabada, que ela pode até ter sofrido transformações no passado, mas que, agora, as regras estão fixadas para sempre. Mas isso é uma ilusão. 4. Enquanto tiver gente falando uma língua, ela vai sofrer variação e mudança, incessantemente. Os mesmos processos que fizeram a língua mudar no passado continuam em ação, fazendo a língua mudar neste exato momento em que você me lê. 5. Apesar dessa obviedade, a mudança linguística sempre foi encarada como um problema, uma coisa negativa, um sinal de ruína, decadência e corrupção da língua. 6. No entanto, a mudança é inevitável: tudo no universo, na natureza, na sociedade passa incessantemente por processos de mudança, de obsolescência, de reinvenção, de evolução... Por que só a língua teria de ficar parada no tempo e no espaço?

7. Todas as demais instituições humanas sofrem mudança; por que a língua não sofreria? Na verdade, o melhor seria dizer: os falantes mudam a língua o tempo todo!

(Marcos Bagno. Nada na língua é por acaso. São Paulo: Parábola, 2007, p 163-164).

Analise o trecho seguinte: “as dificuldades de compreensão vão crescendo quanto mais a gente recua no tempo”. Considerando a relação do segmento destacado com o restante do texto, pode-se perceber a declaração de uma ‘mudança’, de caráter:
Alternativas
Ano: 2019 Banca: Cepros Órgão: CESMAC Prova: Cepros - 2019 - CESMAC - Prova de Medicina-2020.1- 1° DIA |
Q1391668 Português

 

Como uma onda

1. Toda língua muda com o tempo. Por mais que isso pareça óbvio, vale a pena repetir. Basta comparar um texto escrito em português na Idade Média, ou em 1600, ou mesmo há cem anos com qualquer coisa publicada nos dias de hoje.

2. As diferenças saltam aos olhos, e as dificuldades de compreensão vão crescendo quanto mais a gente recua no tempo.

3. Lendo as gramáticas, a gente tem a impressão de que a língua está pronta e acabada, que ela pode até ter sofrido transformações no passado, mas que, agora, as regras estão fixadas para sempre. Mas isso é uma ilusão. 4. Enquanto tiver gente falando uma língua, ela vai sofrer variação e mudança, incessantemente. Os mesmos processos que fizeram a língua mudar no passado continuam em ação, fazendo a língua mudar neste exato momento em que você me lê. 5. Apesar dessa obviedade, a mudança linguística sempre foi encarada como um problema, uma coisa negativa, um sinal de ruína, decadência e corrupção da língua. 6. No entanto, a mudança é inevitável: tudo no universo, na natureza, na sociedade passa incessantemente por processos de mudança, de obsolescência, de reinvenção, de evolução... Por que só a língua teria de ficar parada no tempo e no espaço?

7. Todas as demais instituições humanas sofrem mudança; por que a língua não sofreria? Na verdade, o melhor seria dizer: os falantes mudam a língua o tempo todo!

(Marcos Bagno. Nada na língua é por acaso. São Paulo: Parábola, 2007, p 163-164).

Analise os seguintes fragmentos do texto: “Mas isso é uma ilusão”. “Apesar dessa obviedade.” Uma propriedade sintático-semântica dos dois termos em negrito é que eles:
Alternativas
Ano: 2019 Banca: Cepros Órgão: CESMAC Prova: Cepros - 2019 - CESMAC - Prova de Medicina-2020.1- 1° DIA |
Q1391669 Literatura
Nova Poética
Estou farto do lirismo comedido Do lirismo bem comportado Do lirismo funcionário público com livro de ponto expediente, protocolo e manifestações de apreço ao Sr. Diretor [...] Estou farto do lirismo namorador Político, Raquítico, Sifilítico. (Manuel Bandeira)
Este poema de Manuel Bandeira pode ser entendido como: 1) aversão declarada aos cânones aceitos por escolas literárias que privilegiavam a perfeição da ‘forma poética’. 2) manifestação dos novos ideais literários propostos pelas vanguardas do Modernismo brasileiro. 3) expressão da reiterada aspiração de que voltassem os modelos poéticos defendidos pela produção da ‘Arte pela Arte’. 4) demarcação da função estética do fazer poético, a qual se furta a se ajustar aos limites puristas impostos pelas normas linguísticas. 5) anuência ao imaginário das escolas do Romantismo que enalteciam as expressões do lirismo e do envolvimento amoroso.
Estão corretas

Alternativas
Ano: 2019 Banca: Cepros Órgão: CESMAC Prova: Cepros - 2019 - CESMAC - Prova de Medicina-2020.1- 1° DIA |
Q1391670 Literatura

Analise o fragmento de um poema, transcrito abaixo.


Procura da poesia


Penetra surdamente no reino das palavras.

Lá estão os poemas que esperam ser escritos.

[...]

Chega mais perto e contempla as palavras.

Cada uma

Tem mil faces secretas sob a face neutra

E te pergunta, sem interesse pela resposta, pobre ou

terrível, que lhe deres:

Trouxeste a chave?

(Carlos Drummond de Andrade).


O ‘como fazer poesia’ constitui também um tema sobre o qual se debruçaram e se debruçam os autores. Cada poeta é cativo dos cânones de sua escola literária; uns mais, outros menos. No poema mostrado acima, Drummond: 


Alternativas
Ano: 2019 Banca: Cepros Órgão: CESMAC Prova: Cepros - 2019 - CESMAC - Prova de Medicina-2020.1- 1° DIA |
Q1391671 Literatura
Segundo Afrânio Coutinho, o fragmento “Notas de Teoria literária”:
“A ficção distingue-se de história e da biografia, por estas serem narrativas de fatos reais. A ficção é produto da imaginação criadora, embora, como toda arte, suas raízes mergulhem na experiência humana. Mas o que a distingue das outras formas de narrativa é que ela é uma transfiguração ou transmutação da realidade, feita pelo espírito do artista, este imprevisível e inesgotável laboratório. A ficção não pretende fornecer um simples retrato da realidade, mas antes criar uma imagem da realidade, uma reinterpretação, uma revisão. É o espetáculo da vida através do olhar interpretativo do artista, a interpretação artística da realidade”.
(Afrânio Coutinho. Notas de Teoria Literária).
O fragmento apresentado acima confirma a concepção de que a narrativa de ficção, embora tenha origem na experiência real, seja uma transfiguração da realidade, a exemplo das seguintes criações do Romance brasileiro:
1) Machado de Assis, em Memórias póstumas de Brás Cubas, que dá voz a um defunto, que narra, logo no primeiro capítulo, os pormenores de sua morte. 2) Graciliano Ramos, em Vidas Secas, que pretendendo manter indícios do Simbolismo, afastou-se dos princípios literários românticos. 3) Guimarães Rosa, em Grande Sertão Veredas, que optou por transfigurar não apenas traços da realidade, mas entrou pela área linguística e a reinterpretou também. 4) Clarice Lispector, em A hora da Estrela, que, fiel à ficção, questiona sua própria habilidade para compor uma narração no gênero ‘romance’.
Estão corretas
Alternativas
Respostas
11: B
12: D
13: B
14: A
15: E