Questões de Vestibular de Português - Uso das aspas
Foram encontradas 74 questões
Ano: 2018
Banca:
UNICENTRO
Órgão:
UNICENTRO
Prova:
UNICENTRO - 2018 - UNICENTRO - Vestibular - Português |
Q1399847
Português
Texto associado
Texto para a questão:
Não há vagas
Ferreira Gullar
O preço do feijão
não cabe no poema. O preço
do arroz
não cabe no poema.
Não cabem no poema o gás
a luz o telefone
a sonegação
do leite
da carne
do açúcar
do pão
não cabe no poema. O preço
do arroz
não cabe no poema.
Não cabem no poema o gás
a luz o telefone
a sonegação
do leite
da carne
do açúcar
do pão
O funcionário público
não cabe no poema
com seu salário de fome
sua vida fechada
em arquivos.
Como não cabe no poema
o operário que esmerila seu dia de aço
e carvão
nas oficinas escuras
não cabe no poema
com seu salário de fome
sua vida fechada
em arquivos.
Como não cabe no poema
o operário que esmerila seu dia de aço
e carvão
nas oficinas escuras
- porque o poema, senhores,
está fechado:
"não há vagas
está fechado:
"não há vagas
Só cabe no poema
o homem sem estômago
a mulher de nuvens
a fruta sem preço
o homem sem estômago
a mulher de nuvens
a fruta sem preço
O poema, senhores,
não fede
nem cheira
não fede
nem cheira
Gullar, Ferreira in 'Antologia Poética'. Disponível em Acesso em 08 de
ago. 2018.
Considerando os recursos linguísticos que atuam na construção dos sentidos do poema, avalie as
seguintes afirmativas:
I. A recorrência das estruturas sintáticas funciona como um elemento de coesão textual e não interfere na formação do ritmo do poema.
II. O vocativo senhores é dirigido aos leitores e, ironicamente, aos poetas que produzem poemas que não fedem e não cheiram.
III. A frase “não fede nem cheira” está empregada em sentido conotativo e expressa uma ideia de indiferença.
IV. As aspas em “Não há vagas” são empregadas porque se trata de uma gíria utilizada no âmbito do mercado de trabalho.
É correto apenas o que se afirma em
I. A recorrência das estruturas sintáticas funciona como um elemento de coesão textual e não interfere na formação do ritmo do poema.
II. O vocativo senhores é dirigido aos leitores e, ironicamente, aos poetas que produzem poemas que não fedem e não cheiram.
III. A frase “não fede nem cheira” está empregada em sentido conotativo e expressa uma ideia de indiferença.
IV. As aspas em “Não há vagas” são empregadas porque se trata de uma gíria utilizada no âmbito do mercado de trabalho.
É correto apenas o que se afirma em
Ano: 2018
Banca:
COPESE - UFT
Órgão:
UFT
Prova:
COPESE - UFT - 2018 - UFT - Vestibular - Primeiro Semestre - Língua Portuguesa, Inglês e Matemática |
Q1399805
Português
Texto associado
Opinião não é argumento
Aqui está uma história que pode ser verdadeira no contexto
atual do Brasil. Um jovem professor de Filosofia, instruindo
seus alunos à Filosofia da Religião, introduz, à maneira que a
Filosofia opera há séculos, argumentos favoráveis e contrários
à existência de Deus. Um dos alunos se queixa, para o diretor
e também nas onipresentes redes sociais, de que suas
crenças religiosas estão sendo atacadas. “Eu tenho direito às
minhas crenças”. O diretor concorda com o aluno e força o
professor a desistir de ensinar Filosofia da Religião.
Mas o que é exatamente um “direito às minhas crenças”? [...]
O direito à crença, nesse caso, poderia ser visto como o
“direito evidencial”. Alguém tem um direito evidencial à sua
crença se estiver disposto a fornecer evidências apropriadas
em apoio a ela. Mas o que o estudante e o diretor estão
reivindicando e promovendo não parece ser esse direito, pois
isso implicaria precisamente a necessidade de pôr as
evidencias à prova.
Parece que o estudante está reivindicando outra coisa, um
certo “direito moral” à sua crença, como avaliado pelo filósofo
americano Joel Feinberg, que trabalhou temas da Ética,
Teoria da Ação e Filosofia Política. O estudante está
afirmando que tem o direito moral de acreditar no que quiser,
mesmo em crenças falsas.
Muitas pessoas acham que, se têm um direito moral a uma
crença, todo mundo tem o dever de não as privar dessa
crença, o que envolve não criticá-la, não mostrar que é ilógica
ou que lhe falta apoio evidencial. O problema é que essa é
uma maneira cada vez mais comum de pensar sobre o direito
de acreditar. E as grandes perdedoras são a liberdade de
expressão e a democracia.
[...] A defesa de uma crença está restrita ao uso de métodos
que pertence ao espaço das razões – argumentação e
persuasão, em vez de força. Você tem o direito de avançar
sua crença na arena pública usando os mesmos métodos de
que seus oponentes dispõem para dissuadi-lo.
O pior acontece quando crenças se materializam em opinião,
e são usadas como substitutas de argumentos, quando o “Eu
tenho direito às minhas crenças” se transforma em “Eu tenho
direito à minha opinião”. Crenças e opiniões não são
argumentos. Mais precisamente, crenças diferem de opinião,
que diferem de fatos, que diferem de argumentos. Um fato é
algo que pode ser comprovado verdadeiro. Por exemplo, é um
fato que Júpiter é o maior planeta do sistema solar tanto em
diâmetro quanto em massa. Esse fato pode ser provado pela
observação ou pela consulta a uma fonte fidedigna.
Uma crença é uma ideia ou convicção que alguém aceita
como verdade, como “passar debaixo de uma escada dá
azar”. Isso certamente não pode ser provado (ou pelo menos
nunca foi). Mas a pessoa ainda pode manter sua crença,
como vimos, se não pelo “direito evidencial”, apelando para o
“direito moral”. Ou ainda, pelo mesmo “direito moral”, deixar de
acreditar no que ela própria pensa ser evidência, como no
caso do famoso dito (atribuído a Sancho Pança): “Não creio
em bruxas, ainda que existam”. [...]
Fonte: CARNIELLI, Walter. Página Aberta. In: Revista Veja. Edição 2578, ano 51,
nº 16. São Paulo: Editora Abril, 2018, p. 64 (fragmento adaptado).
Ao longo do texto, o autor faz uso de diversas citações,
destacadas pelos sinais gráficos de aspas. Sobre essa
utilização, analise as afirmativas a seguir.
I. Em: “Eu tenho direito às minhas crenças” (1º parágrafo), as aspas marcam o discurso direto do aluno.
II. Em: “Não creio em bruxas, ainda que existam” (7º parágrafo), as aspas marcam a fala de Sancho Pança, estabelecendo intertextualidade, ou seja, o diálogo entre textos.
III. Em: “[...] passar debaixo de uma escada dá azar” (7º parágrafo), as aspas foram usadas para transcrever um dito popular, com o intuito de exemplificar uma crença que, de acordo com o autor, não pode ser provada.
Assinale a alternativa CORRETA.
I. Em: “Eu tenho direito às minhas crenças” (1º parágrafo), as aspas marcam o discurso direto do aluno.
II. Em: “Não creio em bruxas, ainda que existam” (7º parágrafo), as aspas marcam a fala de Sancho Pança, estabelecendo intertextualidade, ou seja, o diálogo entre textos.
III. Em: “[...] passar debaixo de uma escada dá azar” (7º parágrafo), as aspas foram usadas para transcrever um dito popular, com o intuito de exemplificar uma crença que, de acordo com o autor, não pode ser provada.
Assinale a alternativa CORRETA.
Ano: 2019
Banca:
UECE-CEV
Órgão:
UECE
Prova:
UECE-CEV - 2019 - UECE - Vestibular - Português 2° Fase |
Q1396004
Português
O uso das aspas, no trecho “reduzir à metade esse desperdício, bastaria para aumentar a produção alimentar mundial em 32% e para conseguir dar comida a 9 bilhões de pessoas, a população mundial prevista em 2050” (linhas 27-31), serve para
Ano: 2017
Banca:
PUC - SP
Órgão:
PUC - SP
Prova:
PUC - SP - 2017 - PUC - SP - Vestibular - Segundo Semestre |
Q1395908
Português
• Indique em qual passagem as aspas são
empregadas para assinalar o pronunciamento
do jornal:
Q1379427
Português
Em quais das alternativas abaixo, as aspas foram utilizadas com o fim exclusivo de marcar emprego de discurso
direto?
I – “The 99” (linha 4); II – “As palavras do presidente Obama serviram de empurrão” (linhas 11-12); III – “O que posso dizer é que tudo começa com desconfiança entre os dois lados, que mais tarde é superada para salvar o mundo.” (linhas 13-14);
I – “The 99” (linha 4); II – “As palavras do presidente Obama serviram de empurrão” (linhas 11-12); III – “O que posso dizer é que tudo começa com desconfiança entre os dois lados, que mais tarde é superada para salvar o mundo.” (linhas 13-14);