Questões de Concurso Sobre gêneros textuais em português

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Q3274715 Português

Sobre a retextualização, segundo Marcuschi, leia as asserções abaixo e marque, posteriormente, a alternativa correspondente.


I - Marcuschi empregou o termo retextualização dentro de uma nova abordagem que ainda não havia sido empregada.


II - A retextualização pode ocorrer apenas de duas formas: fala – escrita; e escrita – fala.


III - Para compreender a retextualização, é necessário observar que ela é caracterizada pela passagem de um gênero textual-discursivo de uma modalidade da língua para outra. No entanto, esse processo não pode ocorrer dentro de uma mesma modalidade da língua.


IV -Vários processos são ativados ao longo da atividade de retextualizar, como por exemplo: cognitivos, de compreensão, linguísticos, textuais, discursivos, dentre outros.

Alternativas
Q3274713 Português
Todos os gêneros discursivos abaixo, de acordo com “Parâmetros curriculares nacionais: língua portuguesa”, são considerados adequados para o trabalho com a linguagem oral e escrita. No entanto, uma das alternativas é apontada apenas para o trabalho com a linguagem escrita, assinale-a: 
Alternativas
Q3274710 Português

Em conformidade com os Parâmetros curriculares nacionais: língua portuguesa, “todo texto se organiza dentro de um determinado gênero. Os vários gêneros existentes, por sua vez, constituem formas relativamente estáveis de enunciados, disponíveis na cultura, caracterizados por três elementos. Dois desses elementos são estilo e construção composicional.


Qual é o terceiro elemento?

Alternativas
Q3274708 Português
Ao longo do texto: “Hipertexto e gêneros digitais, Marcuschi e Xavier propõem uma reflexão sobre algumas questões, como por exemplo, a preocupação com o “bloguês”, que ultimamente tomou conta de discussões na mídia e nas salas de aula. A partir do exemplo anterior, são destacados quais dos aspectos abaixo?
Alternativas
Ano: 2024 Banca: VUNESP Órgão: UNESP Prova: VUNESP - 2024 - UNESP - Enfermeiro |
Q3255602 Português
Leia a crônica para responder à questão.

Minhas janelas

    Em geral as pessoas possuíram automóveis e se recordam de todos eles. Eu possuí janelas e ajuntei para a lembrança um sortido patrimônio de paisagens. Minha primeira providência em casa nova é instalar meus instrumentos de trabalho ao lado duma janela: mesa, máquina de escrever, dicionários, paciência. Além de pequenos objetos familiares: um globo de lata, uma galinha de barro e três cachimbos que há muitos anos esperam aparecer em mim o homem tranquilo e experiente que fuma cachimbo. A janela também faz parte do equipamento profissional do escritor. Sem janelas, a literatura seria irremediavelmente hermética, feita de incompreensíveis pedaços de vida, lágrimas e risos loucos. 
    Tive muitas janelas, e nenhuma delas mais generosa e plena do que esta de que me despeço na manhã de hoje. Amanhã cedo mudarei de casa, de janela, e até de alma, pois o meu modo de ver e viver já não será o mesmo fatalmente.
    Quando menino, nunca olhei pela janela, mas fazia parte da paisagem de um quintal com os mamoeiros bicados pelos passarinhos, as galinhas neuróticas em assembleia permanente, o canto intermitente do tanque. Criança do meu tempo, do tempo das casas, só chegava à janela em dia de chuva, amassando o nariz contra a vidraça para ver o mistério espetacular das águas desatadas e as poças onde os moleques pobres e livres podiam brincar com euforia.
    Portanto, só à medida que ganhamos corpo e tempo, vamos aprendendo a conhecer a importância das janelas. Morei em vários lugares e vi muitas coisas. Vi as luminárias inquietantes dos transatlânticos; as traineiras* indo e vindo; um afogado dando à praia ao amanhecer; operários equilibrando-se em andaimes incríveis; o féretro passando; a moça saindo para as núpcias; a mãe voltando com o filho da maternidade; o bêbado matinal; o mendigo irrompendo pela rua... Vi através de minhas janelas todas as formas inumeráveis da vida, e a noite que chegava para engolfar o mundo em escuridão.
    Nos últimos anos, encontrei Ipanema e só tenho trocado de moradia no mesmo bairro. Não quero mais ir, quero ficar; não quero mais procurar, quero conhecer o que já encontrei; para quem sou, as alegrias e tristezas que já tenho estão de bom tamanho.
    Vou perder dentro de poucas horas esta magnífica janela, incomparavelmente a melhor peça deste apartamento. Peço, pois, um minuto de silêncio em derradeira homenagem aos telhados de limo lá embaixo, às minhas gaivotas, aos meus barcos; dou adeus para o meu mar noturno e adeus para este mar cheio de luz.

(Paulo Mendes Campos. Instituto Moreira Salles – Portal da Crônica Brasileira. https://cronicabrasileira.org.br/cronicas/7120/minhas-janelas Crônica publicada em 09.07.1960. Texto adaptado)

*Traineira: pequena embarcação de pesca.
Uma das características da crônica é procurar estabelecer um ponto em comum entre a experiência do escritor e a dos leitores. No caso da crônica selecionada, é correto apontar como ponto comum o fato de escritor e leitores
Alternativas
Q3252969 Português
Considerando a obra de Luiz Antônio Marcuschi, sobre a definição e a funcionalidade dos gêneros textuais como práticas sócio-históricas, assinale a alternativa correta.
Alternativas
Q3252966 Português
Gêneros orais e escritos são formas de linguagem estruturadas e socialmente reconhecidas, utilizadas em diferentes contextos comunicativos para atender a objetivos específicos, como relatar, argumentar, informar ou narrar. Considerando o tema como é tratado na obra "Por uma Linguística Crítica", de K. Rajagopalan, avalie as seguintes proposições.

I. A obra critica a ideia de neutralidade do cientista e discute como práticas sociais e ideológicas influenciam a linguagem e sua análise.
II. Os autores afirmam que os estudos linguísticos devem permanecer restritos à descrição objetiva da língua, sem considerar seu contexto social.
III. A obra enfatiza que estudar a linguagem de forma crítica requer reconhecer seu papel nas relações de poder e nas práticas sociais.

Está correto o que se afirma em:
Alternativas
Q3248089 Português

O texto a seguir é referência para a questão:


ATLETAS DESISTEM DO SONHO OLÍMPICO PARA AJUDAR VÍTIMAS DAS CHUVAS


Por JORNAL DO BRASIL com Esportes JB


A menos de 80 dias dos Jogos de Paris, atletas gaúchos que se preparavam para seletivas para participar da principal competição esportiva do ano abriram mão do sonho olímpico para ajudarem nos trabalhos em ações de resgate de pessoas e animais, abrigo e apoio diante da catástrofe que abala praticamente todo o Estado do Rio Grande do Sul desde a semana passada.


Entre outros, Evaldo Mathias Becker e Piedro Tuchtenhagen, dupla brasileira do remo no skiff duplo peso leve, desistiram de ir à Lucerna (Suíça) entre os dias 19 e 21 de maio para o préolímpico da categoria. O remador Alef Fontoura foi outro que desistiu.


A nadadora Viviane Jungblut, que já está classificada para a prova de águas abertas, anunciou nas redes sociais que não participaria de novas seletivas para concentrar esforços em suas ações no Rio Grande do Sul.


O Comitê Olímpico do Brasil (COB) chegou a montar um esquema para auxiliar atletas gaúchos, classificados ou próximos da vaga, a deixarem o Estado com segurança e continuarem a preparação para os Jogos, marcados para começar no dia 26 de julho.


Por sua vez, a Confederação Brasileira de Desportos Aquáticos determinou que ocorra futuramente uma seletiva exclusiva no Rio de Janeiro para atletas que treinam por um clube gaúcho. Além de atletas, outros envolvidos com o esporte de alto rendimento têm buscado ajudar. O técnico da seleção brasileira masculina de judô Antonio Carlos Kiko Pereira está por lá buscando atuar.


O surfista Ítalo Ferreira, campeão mundial e olímpico, foi ao Rio Grande do Sul para participar das ações e chegou a leiloar 10 pranchas autografadas para arrecadar fundos. O atacante Neymar também disponibilizou avião e helicóptero particulares para apoiar as vítimas no Estado.


A ex-ginasta gaúcha Daiane dos Santos, que participou de três Olimpíadas, também está envolvida nas ações. O ex-nadador olímpico Nicholas Santos, paulista e que é detentor do recorde mundial dos 50 metros borboleta, é outro que participa da mobilização.

Pode-se afirmar que o texto acima se enquadra no seguinte gênero textual: 
Alternativas
Q3234939 Português
Eu sei que a gente se acostuma.

Mas não devia.

A gente se acostuma a morar em apartamento de fundos e a não ter outra vista que não as janelas ao redor. E porque não tem vista, logo se acostuma a não olhar para fora. E porque não olha para fora, logo se acostuma a não abrir de todo as cortinas. E porque não abre as cortinas, logo se acostuma a acender mais cedo a luz. E porque à medida que se acostuma, esquece o sol, esquece o ar, esquece a amplidão.

A gente se acostuma a acordar de manhã, sobressaltado porque está na hora.

A tomar café correndo porque está atrasado. A ler jornal no ônibus porque não pode perder o tempo da viagem. A comer sanduíches porque já é noite. A cochilar no ônibus porque está cansado. A deitar cedo e dormir pesado sem ter vivido o dia. A gente se acostuma a abrir a janela e a ler sobre a guerra. E aceitando a guerra, aceita os mortos e que haja números para os mortos. E aceitando os números, aceita não acreditar nas negociações de paz. E aceitando as negociações de paz, aceitar ler todo dia de guerra, dos números da longa duração. A gente se acostuma a esperar o dia inteiro e ouvir no telefone: hoje não posso ir. A sorrir para as pessoas sem receber um sorriso de volta. A ser ignorado quando precisava tanto ser visto. A gente se acostuma a pagar por tudo o que deseja e o que necessita. E a lutar para ganhar o dinheiro com que paga. E a ganhar menos do que precisa. E a fazer fila para pagar. E a pagar mais do que as coisas valem. E a saber que cada vez pagará mais. E a procurar mais trabalho, para ganhar mais dinheiro, para ter com o que pagar nas filas em que se cobra.

A gente se acostuma a andar na rua e ver cartazes, a abrir as revistas e ver anúncios. A ligar a televisão e assistir a comerciais. A ir ao cinema, a engolir publicidade. A ser instigado, conduzido, desnorteado, lançado na infindável catarata dos produtos. 

A gente se acostuma à poluição. À luz artificial de ligeiro tremor. Ao choque que os olhos levam na luz natural. Às besteiras das músicas, às bactérias da água potável. À contaminação da água do mar. À luta. À lenta morte dos rios. E se acostuma a não ouvir passarinhos, a não colher frutas do pé, a não ter sequer uma planta.

A gente se acostuma a coisas demais, para não sofrer. Em doses pequenas, tentando não perceber, vai afastando uma dor aqui, um ressentimento ali, uma revolta acolá. Se o cinema está cheio, a gente senta na primeira fila e torce um pouco o pescoço. Se a praia está contaminada, a gente só molha os pés e sua no resto do corpo. Se o trabalho está duro, a gente se consola pensando no fim de semana. E se no fim de semana não há muito o que fazer, a gente vai dormir cedo e ainda satisfeito porque tem sono atrasado. A gente se acostuma para não se ralar na aspereza, para preservar a pele.

Se acostuma para evitar feridas, sangramentos, para esquivar-se da faca e da baioneta, para poupar o peito.

A gente se acostuma para poupar a vida.

Que aos poucos se gasta, e que, de tanto acostumar, se perde de si mesma.
O texto apresenta características típicas de uma crônica jornalística, pois faz uma reflexão sobre aspectos cotidianos da vida urbana. A estrutura narrativa e descritiva, assim como a linguagem acessível e direta, são características comuns desse gênero textual. Qual das seguintes afirmações sobre o gênero crônica é FALSA?
Alternativas
Q3233615 Português
Viva o Povo Brasileiro


      Eu nasci em Garanhuns. Quando criança, tinha uma boneca de louça francesa, mas ela era muito frágil e eu preferia brincar com as bruxas de pano: esse foi meu primeiro contato com o artesanato do meu povo.
        Para se compreender a obra de arte é preciso primeiro vivenciá-la e, depois, permitir-se a necessária distância crítica. Vivi em meio aos objetos da criatividade popular; sonhava em trocar a ______ (muringa/moringa) por uma geladeira. Mas o tempo foi me mostrando a beleza da sua forma singela e, através da elaboração intelectual deixei de ser apenas consumidora para transformar-me em observadora cultural, não apenas catalogando o universo popular mas buscando, também, valorizar e respeitar os criadores coerentes com o seu mundo e o seu cotidiano.
       O que define o artista é a capacidade de atrelar seu capital cultural ao seu universo social. Os artistas populares são aqueles que ______ (tem / têm) a necessidade de criar e abrir novos caminhos à produção artesanal mais comprometida com as tradições, condição que acaba por definir seu principal caráter. Por isso, se não devemos interferir na produção do artista, podemos definir alguns pontos de ação e de orientação na produção artesanal, visando, inclusive, preservar ______ (a/à) sua qualidade e colaborando na formação de um público consumidor mais sensível, disposto a compreender toda a complexa engrenagem sociocultural que qualquer obra artesanal carrega. (Este texto foi adaptado especificamente para este concurso.


O texto original é de Costa, Janete F. in Arte Popular, Mostra do Redescobrimento – Brasil 500 é Mais – Fundação Bienal de São Paulo, Ano 2000, p.172)
“Eu nasci em Garanhuns. Quando criança, tinha uma boneca de louça francesa, mas ela era muito frágil e eu preferia brincar com as bruxas de pano: esse foi meu primeiro contato com o artesanato do meu povo”. Uma das tipologias textuais é ______, presente no fragmento do texto, pois apresenta exposição de características de objeto, pessoa e/ou acontecimento. Assinale a alternativa que preencha corretamente a lacuna.
Alternativas
Q3230739 Português

Leia o texto e responda:


A prevalência da insuficiência cardíaca com fração de ejeção reduzida (ICFER) vem aumentando nos últimos anos. É uma doença de alta morbimortalidade, com grande interferência na qualidade de vida e que necessita de diversos recursos da assistência à saúde. Nos últimos anos houve grande avanço em seu tratamento e, recentemente, foi publicada a atualização da diretriz do American College of Cardiology (ACC) com foco nas novas evidências. A diretriz aborda os pacientes ambulatoriais, ou seja, compensados, com ICFER.


Disponível em: https://portal.afya.com.br/cardiologia/acc-nova-diretriz-para-insuficiencia-cardiacacom-fracao-de-ejecao-reduzida. Acesso em: 8 set. 2024.

Qual a melhor classificação para o texto a seguir, de acordo com o nível de linguagem?
Alternativas
Q3230465 Português
Usamos a expressão tipologia textual para designar uma espécie de construção teórica definida pela natureza linguística de sua composição (aspectos lexicais, sintáticos, tempos verbais, relações lógicas). Sabendo disso, qual dos exemplos a seguir pode ser considerado uma tipologia textual?  
Alternativas
Q3229710 Português
No que concerne a gêneros textuais, marque (V) verdadeiro ou (F) falso e assinale a alternativa devida.

( ) Os gêneros textuais podem ser textos orais ou escritos, formais ou informais. Eles possuem características em comum, como a intenção comunicativa, mas há algumas características que os distinguem uns dos outros.
( ) Há uma diversidade de gêneros que circulam na sociedade, como artigo, ata, atestado, apostila, carta, charge, certidão, circular, declaração, editorial, entrevista, edital, gêneros literários, história em quadrinhos, notícia, ofício, parecer, propaganda, poema, reportagem, requerimento, relatório, portaria.
( ) Os gêneros literários como novela, conto, fábula, crônica, ensaio, é importante saber que há neles a presença tanto da linguagem denotativa, (prevista em dicionário), quanto da conotativa, (linguagem figurada).
( ) Entender o gênero literário e conseguir identificar as semelhanças e as diferenças entre um texto e outro, facilita o processo de compreensão e interpretação textual.
Alternativas
Q3229093 Português
Geralmente possuem uma estrutura simples e padronizada. Costumam iniciar com um título ou cabeçalho que indica o assunto. Em seguida, é apresentado o corpo do texto, que contém as informações principais. Por fim, é comum encontrar uma assinatura ou identificação do responsável, como o nome da empresa, instituição ou autoridade.

Além disso, podem conter elementos adicionais, como data de publicação, localização ou instruções específicas. Esses elementos variam de acordo com o contexto em que é utilizado e a finalidade da mensagem.

Apresentam uma linguagem acessível, para que possam ser compreendidos por diferentes públicos.
(https://aulanotadez.com.br/glossario/o-que-e-genero-textual)

A estrutura apresentada acima refere-se a um(a): 
Alternativas
Q3229023 Português
É um gênero textual curto escrito em prosa, geralmente produzido para meios de comunicação, por exemplo, jornais, revistas, etc. Além de ser um texto curto, possui uma "vida curta", ou seja, tratam de acontecimentos corriqueiros do cotidiano. E estão extremamente conectadas ao contexto em que são produzidas, por isso, com o passar do tempo, elas perdem sua "validade", ou seja, ficam fora do contexto.
É comum apresentarem marcas claras de humor, usa linguagem coloquial e simples.
(https://brasilescola.uol.com.br/redacao/cronica.htm) ("https://www.todamateria.com.br/)
Alternativas
Q3228987 Português
É um gênero textual curto escrito em prosa, geralmente produzido para meios de comunicação, por exemplo, jornais, revistas, etc.
Além de ser um texto curto, possui uma "vida curta", ou seja, tratam de acontecimentos corriqueiros do cotidiano. E estão extremamente conectadas ao contexto em que são produzidas, por isso, com o passar do tempo, elas perdem sua "validade", ou seja, ficam fora do contexto. 
É comum apresentarem marcas claras de humor, usa linguagem coloquial e simples.
(https://brasilescola.uol.com.br/redacao/cronica.htm) ("https://www.todamateria.com.br/)

Com base nas características apresentadas acima, trata-se de um texto narrativo denominado:
Alternativas
Q3228678 Português
É uma história curta que contem uma moral e, na maioria das vezes, apresenta animais como personagens. Como todo texto narrativo, apresenta ações de personagens marcadas pelo espaço e tempo. Tem como características principais a narração alegórica, sem comprometimento com a realidade, e os seus ensinamentos. É utilizada ainda hoje como um dos instrumentos para transmitir conhecimentos relacionados à moral e aos bons costumes.

As características apresentadas acima referem-se a um texto narrativo denominado:
Alternativas
Q3228126 Português
A análise linguística/semiótica é uma prática de linguagem prevista na BNCC. Com base nessa prática, analise as alternativas abaixo e assinale a correta.
Alternativas
Q3227156 Português
A MULHER DO VIZINHO
Fernando Sabino


        Contaram-me que na rua onde mora (ou morava) um conhecido e antipático general de nosso Exército morava (ou mora) também um sueco cujos filhos passavam o dia jogando futebol com bola de meia. Ora, às vezes acontecia cair a bola no carro do general e um dia o general acabou perdendo a paciência, pediu ao delegado do bairro para dar um jeito nos filhos do sueco.
        O delegado resolveu passar uma chamada no homem, e intimou-o a comparecer à delegacia.
        O sueco era tímido, meio descuidado no vestir e pelo aspecto não parecia ser um importante industrial, dono de grande fábrica de papel (ou coisa parecida), que realmente ele era. Obedecendo à ordem recebida, compareceu em companhia da mulher à delegacia e ouviu calado tudo o que o delegado tinha a dizer-lhe. O delegado tinha a dizer- lhe o seguinte:

O senhor pensa que só porque o deixaram morar neste país pode logo ir fazendo o que quer? Nunca ouviu falar numa coisa chamada AUTORIDADES CONSTITUÍDAS? Não sabe que tem de conhecer as leis do país? Não sabe que existe uma coisa chamada EXÉRCITO BRASILEIRO que o senhor tem de respeitar? Que negócio é este? Então é ir chegando assim sem mais nem menos e fazendo o que bem entende, como se isso aqui fosse casa da sogra? Eu ensino o senhor a cumprir a lei, ali no duro: dura lex! Seus filhos são uns moleques e outra vez que eu souber que andaram incomodando o general, vai tudo em cana. Morou? Sei como tratar gringos feito o senhor.

        Tudo isso com voz pausada, reclinado para trás, sob o olhar de aprovação do escrivão a um canto. O sueco pediu (com delicadeza) licença para se retirar. Foi então que a mulher do sueco interveio:

        — Era tudo que o senhor tinha a dizer a meu marido?
        O delegado apenas olhou-a espantado com o atrevimento.
 
        — Pois então fique sabendo que eu também sei tratar tipos como o senhor. Meu marido não é gringo nem meus filhos são moleques. Se por acaso incomodaram o general ele que viesse falar comigo, pois o senhor também está nos incomodando. E fique sabendo que sou brasileira, sou prima de um major do Exército, sobrinha de um coronel, E FILHA DE UM GENERAL! Morou?
        Estarrecido, o delegado só teve forças para engolir em seco e balbuciar humildemente:

— Da ativa, minha senhora?

    E ante a confirmação, voltou-se para o escrivão, erguendo os braços desalentado:

— Da ativa, Motinha! Sai dessa…


Disponível em: https://armazemdetexto.blogspot.com/
Assinale a alternativa que corresponde ao gênero textual de “A mulher do vizinho”, escrito por Fernando Sabino.
Alternativas
Q3225672 Português
Assinale a alternativa que corresponde a uma fraseologia considerada adequada durante a transferência de ligações telefônicas.
Alternativas
Respostas
121: C
122: D
123: C
124: A
125: E
126: D
127: B
128: B
129: E
130: B
131: C
132: D
133: B
134: A
135: D
136: D
137: C
138: B
139: A
140: D