Questões de Concurso Sobre funções morfossintáticas da palavra se em português

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Q2412955 Português

Leia o texto 02 para responder às questões de 9 a 11.


Texto 02 – As milhas caminhadas


Não se chega aonde se deseja sem sacrifício, não se alcança o que se acha distante sem caminhar, não se encontra a realização de todos os sonhos, sem antes buscar compreender que tudo requer luta.

O homem fraco amputa as pernas nas primeiras milhas, por não entender que a arte maior de encontrar o que quer é buscar a distância, a verdadeira certeza de que tudo que deseja requer um pouco de esperança.

Muitos desistem, muitos se sentam à beira do caminho, muitos se perdem por estradas sem prumo ou rumo e devido à sua incerteza de buscar o que projetou, se curva na dúvida e permanece de joelhos [...]

O melhor amigo do homem é a perseverança, pois o desânimo em momento algum permite que surja a árvore da luminosidade e fé. Sempre haverá momentos que alguém mostre a sua revolta em decorrência das desigualdades existentes, porém esta imagem não fará com que este possa enxergar o caminho da verdade e da justiça [...].


HOLANDA, Rafael Rodrigues. Nossos Caminhos. Campina Grande: Impressos Adilson. 2016, p.51.

Avalie as proposições e coloque (V) para as verdadeiras e (F) para as falsas.


No texto:


( ) As vírgulas do primeiro parágrafo são usadas, separando orações com a mesma construção linguística.

( ) A construção negativa no segundo parágrafo age no nível da própria oração, culminando com um argumento de intencionalidade persuasiva.

( ) A partícula “se” no primeiro parágrafo funciona morfologicamente como termo condicional.


É CORRETO afirmar:

Alternativas
Q2412952 Português

Leia o texto 01 para responder às questões de 1 a 7.


Texto 01 – A chave do Coração


Dizem que o primeiro sintoma da velhice é quando chegam as saudades. Se assim é, eu já nasci velho. As doces lembranças de coisas e pessoas que passaram, perto ou longe, sempre me cutucaram a alma. Sensível e místico, tenho a saudade como uma força interior que me dá o sentido mais perfeito da amizade. Amo os momentos, da mesma forma que amo as pessoas que quero amar. E, nem por isso, vou esconder que tenho aversão a alguns instantes e a algumas pessoas que jamais quis amar ou querer.

Mergulhado em um mundo de tantas disparidades, de tantas cores, de tantas caras e corações, não me vejo obrigado a querer bem a tudo que me passa pela frente. Não sou nenhum coletor de lixo a recolher tudo que vai encontrando pelo caminho. Ódio, no seu sentido mais amplo, acho que não o tenho. Aversão, sim, pois já se disse que a porta do coração só pode ser aberta pelo lado de dentro. Então, quem tem a chave sou eu [...].

Não posso mudar o mundo, nem as pessoas. Nem preciso. O meu mundo está feito. Sem ser ostra. Fico, apenas, com os meus sentimentos. E sei como são puros, na medida da pureza que cabe dentro de um ser humano.


MARACAJÁ, Robério. Cerca de Varas. Campina Grande: Latus, 2014, p. 51.

No enunciado “Se assim é, eu já nasci velho”, é CORRETO afirmar que o termo em destaque é:

Alternativas
Q2405621 Português
Texto


DE VESTIDO DE ONCINHA E PLUMAS


Por Martha Medeiros – Jornal Zero Hora – 27/11/11


        Temos o direito de ficar ressabiados por postarem nossas fotos pré-históricas sem nos consultar?
        Outro dia aconteceu algo que me deixou sem saber direito o que pensar. Um caso corriqueiro, mas novidade pra mim. Quando era publicitária, trabalhei por três meses numa agência. Estamos falando do ano de 1984 – ou seja, 27 anos atrás.
         Pois uma ex-colega da agência postou essa semana, no blog de uma confraria da qual faz parte, uma foto daquela época, onde apareço numa festa à fantasia. Uma homenagem que ela me fez, sem nenhuma intenção difamatória. Nem estou tão medonha na foto, apesar do cabelo estilo Dallas, o vestido de oncinha e a echarpe de plumas negras. Foi a primeira festa à fantasia que fui. E a última.
          Me garantiram que o blog é acessado por pouquíssimas pessoas. As confrades estavam crentes de que eu iria me comover. Mas, nascida com vários defeitos de fabricação, não me comovi. Em vez disso, considerei que a titular do blog poderia ter pedido autorização para publicar uma foto minha de 27 anos atrás. Seria atencioso da parte dela. Mas devo estar variando: quem pede licença antes de postar foto dos outros?
           Lembrei de uma discussão que testemunhei entre duas amigas: uma delas havia ficado chateada por a outra ter postado a foto do seu chá de panela, onde ela aparecia completamente descomposta, mas descomposta de uma maneira que só quem já foi num chá de panela sabe que é possível. Já a outra amiga defendia o seu direito de postar o que quisesse, e de julgar ela mesma o que era descompostura e o que era apenas uma foto engraçada. De fato, era uma foto engraçada. Lembro que pensei: “Quá, quá, quá, que engraçado – ainda bem que não sou eu”.
             Agora sou eu. E se ainda não chegou sua vez, aguarde.
         Tenho plena consciência de que cada vez que tiro foto com um leitor numa sessão de autógrafos, aquela foto estará no Facebook em poucos segundos. Tudo bem. Meu trabalho faz com que me exponha e sei que não há controle sobre a propagação de imagens.
           E mesmo quando não é um evento profissional, tudo bem também: ao viajar com amigos ou ir a um churrasco, sei que serei fotografada junto ao grupo e logo estarei num álbum virtual, para quem quiser espiar. Qualquer pessoa que se deixe fotografar, hoje, sabe que é assim. Se quiser discrição, melhor evaporar na hora do clique.
           Não tive essa prerrogativa em 1984. Naquela época, nem em meus devaneios mais premonitórios poderia supor que o conceito de privacidade em breve estaria condenado à morte e que o “cá entre nós” seria substituído pelo “cá entre todos”.
            Por isso, a dúvida: temos o direito de ficar ressabiados por postarem nossas fotos pré-históricas sem nos consultar ou dá no mesmo se a foto foi tirada 27 anos atrás ou ontem à noite? Suspeito que estou sendo preciosista. Vaidosa. Tá bom: chata. Mas queria compartilhar essa indagação.
           Quanto à ex-colega, sem mágoas. Assimilei. Nenhum problema de eu circular pela internet de oncinha e plumas. Ao menos estou vestida, ufa.


Disponível em https://avaranda.blogspot.com/2011/11/de-vestido-de-oncinha-e-plumas-martha.html.
Nos períodos “Qualquer pessoa que se¹ deixe fotografar, hoje, sabe que é assim. Se² quiser discrição, melhor evaporar na hora do clique.”, extraídos do Texto, assinale a alternativa correta que apresenta as funções sintáticas das partículas “se” em destaque. 
Alternativas
Q2405581 Português
Texto

Crônica de Ano  Novo

Luis Fernando Veríssimo



         Existem muitas superstições sobre a melhor maneira de entrar o Ano-Novo. Na nossa casa, por exemplo, nunca falta um prato de lentilha para ser consumido nos primeiros minutos do ano que começa. Dá sorte. Ouvi dizer que na Espanha, ao soar da meia-noite, deve-se comer uma uva para cada badalada do relógio. Este costume chegou à Bulgária mas, por uma falha na tradução, lá se come um melão para cada batida do relógio, e os hospitais ficam cheios no dia 1º. Na Suíça, comem o relógio.
         Algumas crenças persistem através do tempo, desafiando toda lógica. Se o champanhe aberto à meia-noite não estourar e se tiver alguém na família chamado Edgar, é sinal de que a casa será arrasada por uma manada de elefantes e o champanhe está choco. Na Rússia, depois de brindarem o Ano-Novo com vodca, os convidados devem atirar suas taças contra a parede e depois ficar muito brabos porque não há mais copos na casa e atirar o anfitrião contra a parede. De qualquer maneira, a festa termina cedo.
           Na Índia se a primeira criança que nascer no Ano-Novo tiver bigode, fumar de piteira e pedir para falar urgentemente com o Kofi Anan, é mau sinal. Na Polinésia, em certas tribos primitivas, o guerreiro mais audaz deve levar a virgem mais bonita até a boca do vulcão e atirá-la para a morte, como um sacrifício aos deuses. Mas a encosta do vulcão é comprida, os dois param para descansar um pouco e, quando chegam à boca do vulcão, estabelece-se o paradoxo: se o guerreiro era audaz, a moça não é mais virgem, se a moça ainda é virgem, o guerreiro não era audaz, e o sacrifício sempre fica para o ano que vem. Na Austrália, todos se atiram contra a parede.
       Entrar o Ano-Novo de gravata-borboleta pode comprometer seriamente as relações entre o Oriente e o Ocidente. O primeiro animal que você encontrar na rua no Ano-Novo pode significar uma coisa. Cachorro é sorte. Gato é dinheiro. Rato é saúde. Um bando de hienas é azar, corra. Um cavalo roxo dançando o xaxado na calçada significa que você está bêbado. Vá dormir.
           Em certos lugares, é costume derramar champanhe no decote da mulher ao seu lado, o que lhe trará, a longo prazo, bons negócios, e, a curto prazo, um tapa-olho. Se você estiver num réveillon junto com seu patrão, não esqueça de se colocar estrategicamente para ser o primeiro a abraçá-lo à meia-noite. Dance com a mulher dele. Insista para que ele dance com a sua. Proponha vários brindes. Pule em cima da mesa. Proponha mais brindes. Diga que agora você é quem vai dançar com o patrão e não quer nem saber. Acabe lhe dizendo algumas verdades. Proteste que ninguém precisa segurar você, você está sóbrio, entende? Sóbrio! Só não sabe como uma manada de elefantes roxos invadiu o salão, ou será que a mulher do patrão trouxe a família toda? No dia 1º você não se lembrará de nada. No dia 2, você vai procurar outro emprego. Chato.
         Outro costume é fazer previsões na véspera do Ano-Novo. Pode chover. Alguém, em algum lugar do Brasil, está dizendo: “Boas-entradas nada, eu quero saber onde fica a saída…”. E a previsão mais fácil de todas…
                 – Qual é?
                 – Amanhã eu vou estar de ressaca!
           Enfim, o Ano-Novo já está quase aí e, apesar de muita gente no Brasil telefonar para os parentes no Japão, onde o 2013 chegará mais cedo, querendo saber que tal o ano, como quem pergunta como é que está a água, ninguém sabe como ele será. Farei o possível para entrar nele com o pé direito, mas, quando perceber, ele é que terá entrado em mim, não dará para recuar.
             Só sei uma coisa. Assim que o relógio terminar de bater a meia-noite, comerei meu prato de lentilha para dar sorte. Pedirei outro. E derramarei lentilha no colo, destruindo para sempre A) um bom par de calças e B) minha fé em qualquer tipo de superstição.” 


Disponível em https://arararevista.com/cronica-de-ano-novo-luis-fernando-verissimo/. 
Com relação à função sintática da partícula “se” empregada duas vezes no período “...quando chegam à boca do vulcão, estabelece-se¹ o paradoxo: se² o guerreiro era audaz, a moça não é mais virgem...”, assinale a alternativa que apresenta suas corretas e respectivas classificações.
Alternativas
Q2399285 Português

"... porque no lugar do papel com o número da fila usa-se papel moeda." O "se" pode ser classificado, sintaticamente, de igual maneira em:

Alternativas
Respostas
11: A
12: D
13: A
14: B
15: B