Aquecimento global pode reduzir fotossíntese
Calor extremo afeta florestas – e pode ter outro efeito
peverso, revela estudo
Se a humanidade não fizer nada para reduzir o uso
de combustíveis fósseis, as emissões de CO² não vão
diminuir. Elas tenderão, pelo contrário, a crescer - e o
planeta poderá alcançar 43°C de aquecimento no ano
de 2100.
Essa é a pior das hipóteses, o mais catastrófico dos
quatro cenários projetados pelo IPCC
(Intergovernmental Panel on Climate Change) grupo
internacional de cientistas que analisa o aquecimento
global.
Pode acontecer, com diversas consequências graves
– que incluiriam, como aponta o novo estudo¹, a
queda da capacidade fotossintética das florestas
tropicais.
Pesquisadores dos EUA, do Brasil e da Austrália
cruzaram medições de temperatura via satélite com
amostras florestais, e descobriram duas coisas. A
primeira é que, hoje, as folhas das plantas já passam
de 40°C em alguns momentos.
A segunda é que o calor extremo reduz a
fotossíntese. Eles calcularam que, se as florestas
sofrerem mais 3,4 a 4,4 °C de aquecimento,
começarão a perder sua capacidade de fazer esse
processo, em que as plantas absorvem CO².
E isso teria um efeito extra: sobraria mais dióxido de
carbono na atmosfera, realimentando o aquecimento
global.
Fonte (1) Tropical Forests are approaching critical temperature
threshholds. C Doughhty e outros, 2023.
GARATTONI, Bruno. Aquecimento global pode reduzir fotossíntese.
Superinteressante, 25 set. 2023. Disponível em:
hhttps://super.abril.com.br/ciencia/aquecimento-global-pode—
reduzir-fotossintese.