Questões de Concurso Para coren-ma

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Ano: 2012 Banca: IDECAN Órgão: COREN-MA
Q1233755 Português
O que os outros vão pensar?
Quando eu era pequena, não tinha medo nenhum de bicho-papão, mula-sem-cabeça, bruxa malvada ou o diabo a quatro. Quem me aterrorizava era outro tipo de monstro. Eles atacavam em bando. Chamavam-se “Os Outros”. Nada podia ser mais danoso do que Os Outros. As crianças acordavam de manhã já pensando neles. Quer dizer, as crianças não: as mamães. Era com Os Outros que elas nos ameaçavam caso não nos comportássemos direito. Se não estudássemos, Os Outros nos chamariam de burros. Se não fôssemos amigos de toda a classe, Os Outros nos apelidariam de Bicho-do-Mato. Se não emprestássemos nossos brinquedos, Os Outros nunca mais brincariam conosco. E o pior é que as mães não mantinham a lógica do seu pensamento. “Mas mãe, todo mundo dorme na casa dos amigos.” “Eu lá quero saber dos Outros? Só me interessa você!” Era de pirar a cabeça de qualquer um. Não víamos a hora de crescer para nos ver livres daquela perseguição. Veio a adolescência, e que desespero: descobrimos que Os Outros estavam mais fortes que nunca, ávidos por liquidar com nossa reputação. “Você vai na festa com essa calça toda furada? O que Os Outros vão dizer?” “Filha minha não viaja sozinha com o namorado, não vou deixar que vire comentário na boca dos Outros.” Não tinha escapatória: aos poucos fomos descobrindo que Os Outros habitavam o planeta inteiro, estavam de olho em todas as nossas ações, prontos para criticar nossas atitudes e ferrar com nossa felicidade. Hoje eles já não nos assustam tanto. Passamos por poucas e boas e, no final de contas, a opinião deles não mudou o rumo de nossa história. Mas ninguém em sã consciência pode se considerar totalmente indiferente a eles. Os Outros ainda dizem horrores de nós. Ainda têm o poder de nos etiquetar, de nos estigmatizar. A gente bem que tenta não dar bola, mas sempre que dá vontade de entregar os pontos ou de chorar no meio de uma discussão, pensamos: “Não vou dar esse gostinho para Os Outros”. Está para existir monstro mais funesto do que aquele que poda nossa liberdade.
Segundo o texto, a autora
Alternativas
Ano: 2012 Banca: IDECAN Órgão: COREN-MA
Q1230909 Português
A preposição ''até'' no trecho ''A história da família Gomes, até a geração de Camila Cláudia, hoje com 21 anos,é apenas oral'' , introduz ideia de
Alternativas
Ano: 2012 Banca: IDECAN Órgão: COREN-MA
Q1230283 Português
Muito além de impressões digitais
    Um passado sem rosto e sem rastro transformou a figura da mãe numa pálida lembrança. E levou consigo a imagem da menina Camila, ex-moradora de rua, sem deixar na adulta a certeza de como era quando criança. Com a morte da mãe no parto do oitavo irmão, há nove anos, depois de peregrinar com os sete irmãos pelas ruas de diversos bairros, ela ganhou uma casa. Foi morar com a tia e cada irmão seguiu para viver com um parente.      A história da família Gomes, até a geração de Camila Cláudia, hoje com 21 anos, é apenas oral. Não há um único registro fotográfico dessa vida nômade. Nem fotos, nem documentos. Camila não tem certidão de nascimento, o que impede o acesso aos direitos mais elementares. E não se lembra de ter visto fotos da mãe.     Uma aflição latente ficou de herança. Os nascimentos de Camille, de 2 anos, e Sofia, de 5 meses, trouxeram um novo desejo à vida da menina sem foto. Há pouco menos de dois anos, ela comprou um celular com câmera, exclusivamente para fotografar a primeira filha.     Camila tem a chance agora de deixar impressa sua passagem pelo mundo. Ela ilustra a farta variedade de estatísticas que apontam para o consumo crescente de celulares e câmeras digitais no país, instrumentos também de inclusão. Nos últimos três anos, o item de consumo que mais cresceu no Brasil foi a câmera digital (de 20% para 35%), indicam os dados da consultoria Kantar WorldPanel, divulgados em setembro. Um estudo da Fecomércio do ano passado mostra que, de 2003 a 2009, o gasto com celular já havia aumentado 63,6% em todas as classes sociais. Na E, chegou a 312%. Soma-se a estes um outro dado, e a equação se completa: cerca de 66% dos brasileiros usam o celular para tirar fotografias, segundo pesquisa do Instituto Data Popular colhida este ano.    A democratização do acesso se consolidou. Estamos diante de novos tempos, moldados pela democratização do acesso ao registro de imagens. As classes populares deixaram de ser apenas o objeto fotografado e tornaram-se também agentes desse universo pictórico: são produtores em escala crescente, de imagens de seu cotidiano.
No trecho ''Não há um único registro fotográfico dessa vida nômade'', a palavra grifada se refere
Alternativas
Ano: 2012 Banca: IDECAN Órgão: COREN-MA
Q1230271 Português
Muito além de impressões digitais
Um passado sem rosto e sem rastro transformou a figura da mãe numa pálida lembrança. E levou consigo a imagem da menina Camila, ex-moradora de rua, sem deixar na adulta a certeza de como era quando criança. Com a morte da mãe no parto do oitavo irmão, há nove anos, depois de peregrinar com os sete irmãos pelas ruas de diversos bairros, ela ganhou uma casa. Foi morar com a tia e cada irmão seguiu para viver com um parente. A história da família Gomes, até a geração de Camila Cláudia, hoje com 21 anos, é apenas oral. Não há um único registro fotográfico dessa vida nômade. Nem fotos, nem documentos. Camila não tem certidão de nascimento, o que impede o acesso aos direitos mais elementares. E não se lembra de ter visto fotos da mãe. Uma aflição latente ficou de herança. Os nascimentos de Camille, de 2 anos, e Sofia, de 5 meses, trouxeram um novo desejo à vida da menina sem foto. Há pouco menos de dois anos, ela comprou um celular com câmera, exclusivamente para fotografar a primeira filha. Camila tem a chance agora de deixar impressa sua passagem pelo mundo. Ela ilustra a farta variedade de estatísticas que apontam para o consumo crescente de celulares e câmeras digitais no país, instrumentos também de inclusão. Nos últimos três anos, o item de consumo que mais cresceu no Brasil foi a câmera digital (de 20% para 35%), indicam os dados da consultoria Kantar WorldPanel, divulgados em setembro. Um estudo da Fecomércio do ano passado mostra que, de 2003 a 2009, o gasto com celular já havia aumentado 63,6% em todas as classes sociais. Na E, chegou a 312%. Soma-se a estes um outro dado, e a equação se completa: cerca de 66% dos brasileiros usam o celular para tirar fotografias, segundo pesquisa do Instituto Data Popular colhida este ano. A democratização do acesso se consolidou. Estamos diante de novos tempos, moldados pela democratização do acesso ao registro de imagens. As classes populares deixaram de ser apenas o objeto fotografado e tornaramse também agentes desse universo pictórico: são produtores em escala crescente, de imagens de seu cotidiano.
''O gasto com celular já havia aumentado...'' Quanto ao processo de formação de palavras, a palavra ''gasto'' à constitui exemplo de derivação
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Ano: 2012 Banca: IDECAN Órgão: COREN-MA
Q1211176 Atualidades
“O melhor ainda está por vir” é uma das frases mais marcantes no discurso de comemoração da vitória de
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Respostas
1: B
2: D
3: E
4: D
5: E