Questões de Concurso
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Texto 1
Para as turmas desafiadoras, novas práticas
O que fazer quando aquela classe faz o professor questionar a sua capacidade e prática docente
Por Felipe Bandoni
“A turma mais dificil é o 7º ano. Nunca tive alunos
que me fizessem sentir tão vulnerável. Acho que
desaprendi a ser professor” Essas palavras foram ditas
por um colega muito experiente. Fiquei perplexo, pois ele
5 é uma referência, querido pelos alunos e admirado pelos
colegas; o tipo que sempre traz soluções. Levei um
choque, e sua fala me fez perceber que todos
enfrentamos turmas que colocam em xeque nossa
habilidade e experiência.
10 Quando percebemos que uma turma será muito
dificil, é porque nosso repertório está se esgotando.
Precisamos de outras saídas e, para chegar a elas, é
fundamental conversar com colegas, coordenação e
direção. Um ótimo início é fazer uma análise aluno a
15 aluno, buscando entender o que é do grupo e o que é
individual. Uma vez detectados quais os casos mais
sérios, é importante definir encaminhamentos que toda a
equipe realizará: em que situações alunos poderão ser
excluídos da sala, por exemplo? Em que casos pedir
20 ajuda à direção? É muito importante que a equipe faça
intervenções conjuntas e consistentes.
Os alunos percebem rapidamente quando estamos
desarticulados e usam isso em seu enfrentamento: “Se a
outra deixou, por que você não deixa?” Também é preciso
25 assumir nossa parcela de responsabilidade. Em que
medida nossas aulas contribuem para gerar indisciplina?
Ninguém propõe intencionalmente atividades que
estimulam o tumulto, mas é preciso reconhecer que
algumas não funcionam com certas turmas. Pode ser um
30 problema da nossa prática, mas também ser um choque
entre ela e os estudantes que, muitas vezes, estão
imaturos para certas propostas. Nas classes dificeis que
enfrentei, por exemplo, percebi que aulas expositivas são
ruins, pois eram gatilho para a distração. Aprendi, na
35 marra, a reduzir esse tipo de aula para as inquietas.
Turmas assim dão muito trabalho, mas também as
maiores recompensas. Caso os professores revejam suas
práticas e se organizem como grupo para fazer
intervenções consistentes, serão aquelas que ficarão na
40 nossa memória e que nos farão acreditar que
contribuímos para a transformação dos nossos alunos.
Felipe Bandoni é professor de Ciências na Educação de Jovens e Adultos (EJA) do Colégio Santa Cruz, em São Paulo. Disponível em: https://novaescola.org.briconteudo/18218/para-as-turmas-desafiadorasnovas-praticas. Acesso em: 03/12/2019 (adaptado)
Assinale a única alternativa em que a reescritura do trecho fornecido permanece adequada ao que preceitua a norma culta da língua portuguesa e com o mesmo sentido presente no texto.
“Levei um choque, e sua fala me fez perceber que todos enfrentamos turmas que colocam em xeque nossa habilidade e experiência.” (I. 6-9)
Para explorar o mecanismo molecular de um processo biológico, um bioquímico estuda quase que inevitavelmente uma ou mais proteínas. Proteínas são as macromoléculas biológicas mais abundantes, ocorrendo em todas as células e em todas as partes das células. As proteínas controlam praticamente todos os processos que ocorrem em uma célula, exibindo uma quase infinita diversidade de funções.
Assim, sobre as características e funções das proteínas, assinale a alternativa correta:
A Floresta Amazônica é um complexo ecossistema do bioma das florestas pluviais tropicais, que apresentam as seguintes características:
I. Árvores latifoliadas.
II. Plantas higrófilas.
III. Abundância de vegetais xerófitos.
Quais estão corretas?
O cromossomo Y humano é amplamente utilizado na análise forense de DNA, particularmente nos casos em que o perfil de DNA autossômico padrão não é informativo. O uso forense do DNA do cromossomo Y foi bastante relevante em um caso que ocorreu em Queensday, Holanda, em 30 de maio de 1999. Nesse caso, uma menina de 16 anos foi participar de um evento para comemorar o aniversário da rainha. Na volta para casa à noite, ela foi estuprada e assassinada, com sua garganta sendo cortada. Vestígios de sêmen foram encontrados dentro e sobre seu corpo. Não havia testemunha, e nenhuma pista do perfil de DNA autossômico padrão permitiu a resolução do caso. O caso só foi resolvido após 14 anos, por meio de uma análise inovadora de alelos de loci STR do cromossomo Y. Um dos suspeitos na época do crime era um homem refugiado, oriundo do Iraque. Inclusive, logo após o crime, a população local expressou veementemente sua convicção de que o assassino deveria ser um refugiado. Contundo, a partir das análises do cromossomo Y, foi concluído que os ancestrais paternos eram originários do noroeste da Europa. Isso só foi possível, por meio da comparação dos dados do cromossomo Y obtidos do sêmen do assassino com aqueles armazenados em um banco de dados de referência de haplótipos do cromossomo Y (YHRD). Pensando na aplicabilidade do cromossomo Y, qual alternativa apresenta corretamente o motivo do DNA do cromossomo Y ser útil para inferir ancestralidade, em especial ao se considerar a ancestralidade biogeográfica?
Uma das utilizações de insetos na Entomologia Forense é para estimativa do Intervalo Pós-Morte mínimo, sendo realizado a partir da coleta das larvas encontradas no cadáver. Dentre as famílias de moscas necrófagas de importância para a Entomologia Forense, a Calliphoridae é a mais importante, por estar intimamente associada à decomposição de substratos. No caso da Calliphoridae, o terceiro instar larval é facilmente distinguível dos demais instares, a partir da observação de algumas poucas características. Qual alternativa abaixo descreve corretamente as características que podem ser utilizadas para distinguir o terceiro instar larval?