Questões de Concurso
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Os fatos sociais são, para Durkheim, maneiras de agir, de pensar ou sentir que são exteriores ao indivíduo e dotados de um poder coercitivo. Para ele, os sociólogos devem considerar algumas regras na observação dos fatos sociais.
Assinale a alternativa que apresenta as regras de observação dos fatos sociais.
Marx, ao se referir à produção, não o faz de um modo geral, mas considerando o estágio de desenvolvimento social, ou seja, a produção dos indivíduos vivendo em sociedade. Assim, embora a sociedade seja o produto da ação recíproca dos homens, ela não é uma obra que esses realizam de acordo com seus desejos particulares. A estrutura de uma sociedade depende, portanto, do estado de desenvolvimento de suas forças produtivas e das relações sociais de produção que lhes são correspondentes.
Considerando os conceitos de forças produtivas e relações sociais de produção, julgue as sentenças abaixo.
I) Os conceitos de forças produtivas e relações sociais são independentes e têm, antes de mais nada, uma finalidade analítica, de modo a tornar inteligível a realidade.
II) O conceito de forças produtivas busca apreender o modo como os indivíduos obtém, em determinados momentos, os bens de que necessitam. Para isto, leva em consideração o grau em que desenvolvem sua tecnologia, processos e modo de cooperação, a divisão técnica do trabalho, habilidades e conhecimentos utilizados na produção, a qualidade dos instrumentos e as matérias primas de que dispõem. Pretende, portanto, exprimir o grau de domínio humano sobre a natureza.
III) O conceito de relações sociais de produção refere-se às formas estabelecidas de distribuição dos meios de produção e do produto e o tipo de divisão social do trabalho numa sociedade, em um período histórico determinado.
IV) O conceito de relações sociais expressa o modo como os homens se organizam entre si para produzir; que formas existem naquela sociedade para apropriação de ferramentas, tecnologias, terra, fontes de matéria prima e as diversas maneiras pelas quais os membros da sociedade produzem e repartem o produto.
Assinale a alternativa que apresenta somente as sentenças CORRETAS.
A Revolução Industrial, que tem o seu auge em meados do século XIX, alterou de modo substantivo as atividades relacionadas ao trabalho e foi a responsável por mudanças importantes na vida das pessoas e das organizações produtivas. O trabalho tornou-se referência essencial para se entender a sociedade capitalista, o que pode inclusive ser notado nos escritos dos principais autores clássicos da Sociologia (Durkheim, Weber, Marx).
Sobre a compreensão desse fenômeno pelos clássicos da Sociologia, julgue os itens abaixo.
I) Segundo Karl Marx, o trabalho contido na “mercadoria” possui um duplo caráter: trabalho concreto e trabalho abstrato. O trabalho concreto corresponderia à utilidade da mercadoria (valor de uso) e à dimensão qualitativa dos diversos trabalhos úteis. Já o trabalho abstrato corresponderia ao dispêndio de força humana, independente das múltiplas formas em que seja empregada, e nessa qualidade é que criaria o valor das mercadorias.
II) Marx também percebeu que “o desenvolvimento da indústria moderna reduziria a maior parte do trabalho das pessoas a tarefas chatas e desinteressantes”. E que a divisão do trabalho alienava os seres humanos do seu trabalho. Os trabalhadores industriais teriam pouco controle sobre a natureza da sua tarefa, apenas contribuiriam com uma fração para a criação de todo o produto, e não teriam influência sobre como ou para quem é vendido.
III) Ao contrário da visão de Marx, Durkheim argumenta que a intensa divisão social do trabalho possibilita a existência de coesão e solidariedade social.
IV) Para Durkheim, quando a divisão do trabalho não produz coesão social, há um problema moral: as relações entre os diversos setores da sociedade não estariam prontamente regulamentadas pelas instituições sociais existentes, gerando um estado de anomia.
V) Buscando relacionar os comportamentos engendrados pela associação entre religião e política, Max Weber busca na história da racionalização do trabalho a explicação para o surgimento das relações de trabalho capitalistas, em que o trabalho se torna um valor em si mesmo, uma vocação.
Assinale a alternativa que apresenta somente as sentenças CORRETAS.
Segundo Georg Simmel (1903), a vida moderna apresenta um fosso intransponível entre o que ele chama de cultura subjetiva e cultura objetiva.
Sobre sua análise acerca da cultura nas sociedades modernas, marque (V) para as sentenças VERDADEIRAS e (F) paras as FALSAS.
( ) A simples leitura de uma revista semanal pode oferecer mais informação do que o homem dos tempos medievais seria capaz de adquirir ao longo de sua vida. Mas, certamente, a quantidade de informações que o homem medieval conseguia apreender da cultura de sua época é maior que aquela processada pelo homem de hoje.
( ) Nas sociedades modernas, o número de livros, de músicas, de espetáculos, de filmes, de teorias, de ideias, que estão à nossa disposição é enorme, o que nos proporciona maior acesso à cultura.
( ) As sociedades se caracterizam pela presença de um enorme acervo de máquinas, equipamentos, brinquedos e instrumentos, que nos auxiliam na resolução de situaçõesproblema do dia-a-dia.
( ) As sociedades se caracterizam pela presença de uma lista interminável de bens que se multiplicam a cada dia, ocupando o lugar da novidade de ontem e já anunciando o que ficará obsoleto amanhã, numa espiral sem fim. Esses bens são obras do intelecto, do engenho e da criatividade de homens e mulheres, mas não pertencem exclusivamente a seus criadores, porque são bens públicos.
( ) Aproximação e distanciamento são duas faces da mesma moeda: o paraíso e o inferno da vida moderna. Exemplo disso, é a sensação de liberdade ao caminharmos sem explicar porque estamos vestidos assim ou assado, e ao receio de não sermos socorridos por alguém, caso necessitemos.
Assinale a alternativa que contém a sequência CORRETA de cima para baixo.
A concepção sobre a relação entre o indivíduo e a sociedade na Sociologia contemporânea está, assim como na Sociologia Clássica, relacionada à experiência social de nossa época e articula as diferentes percepções sobre o papel e os limites da ação individual.
Sobre as diversas abordagens de autores da sociologia contemporânea a este respeito, associe a segunda coluna com a primeira.
I) Zygmunt Baumam
II) Richard Sennett
III) Norbert Elias
( ) Ao recontextualizar a discussão entre ação individual e estrutura social, este autor afirma que não existe dicotomia entre indivíduo e sociedade. Para tanto, cria o conceito de configuração (ou figuração), sendo uma ideia que nos ajuda a pensar nessa relação de forma dinâmica, como acontece na realidade.
( ) A sociedade contemporânea, segundo este autor, se constitui historicamente em um duplo movimento. O primeiro deles valoriza a sociedade em sua esfera pública e é marcado pela criação de regras coletivas que permitem a convivência entre indivíduos e grupos de tradições e formações distintas. Já o segundo movimento é caracterizado pela valorização progressiva da esfera pessoal, que lentamente substitui o domínio da esfera pública, resultando na perda da conexão dos indivíduos com a coletividade, dificultando as ações individuais que visem um horizonte comum.
( ) A constituição do chamado homem público para este autor foi uma necessidade das cidades modernas industriais. Este, por sua vez, vem perdendo espaço para uma hipervalorização da individualidade ligada ao consumo.
( ) O modo fragmentado e volátil como as identidades vêm se desenvolvendo na atualidade não pode ser visto de forma positiva, pois as condições sólidas de reprodução da vida individual e, portanto, da identidade, estão sendo substituídas por relações sociais e econômicas que não permitem a existência de identidades coletivas perenes, levando os indivíduos à busca de uma referência que nunca poderá ser dada pelo consumo.
Assinale a alternativa que contém a sequência CORRETA de associação, de cima para baixo.
Na obra “As formas elementares da vida religiosa”, Durkheim objetiva explicar cientificamente uma das particularidades que, para ele, é a mais característica da natureza humana.
Assinale a alternativa que NÃO corresponde à perspectiva apontada pelo autor.
Sobre os estudos de Emile Durkheim (1903) acerca da função classificadora, julgue os itens abaixo com V paras sentenças VERDADEIRAS e F para as FALSAS.
( ) Classificar as coisas é arrumá-las em grupos distintos uns dos outros, separados por linhas de demarcação nitidamente determinadas.
( ) A consciência individual não passa de um fluxo contínuo de representações que se perdem umas das outras, e as distinções, quando começam a aparecer, são todas fragmentárias.
( ) Toda classificação implica uma ordem hierárquica cujo modelo não nos é oferecido nem pelo mundo sensível nem pela nossa consciência.
( ) O esquema da classificação não é um produto espontâneo do entendimento abstrato, mas sim resulta de uma elaboração na qual entraram todos os tipos de elementos estranhos.
( ) As classificações primitivas constituem singularidades excepcionais, sem analogia com as que estão em uso entre os povos mais cultos.
Assinale a alternativa que contém a sequência CORRETA de cima para baixo.
Os conceitos contemporâneos da Antropologia, descritos na obra de François Laplantine (2003), se relacionam com a Lei 11.892 de 29 de dezembro de 2008, que criou os Institutos Federais de Educação, Ciência e Tecnologia. A esse respeito, marque V para as sentenças VERDADEIRAS e F para as sentenças FALSAS.
( ) A antropologia contemporânea estabelece uma crítica à ideia tradicional de tecnologia e nesse sentido se aproxima do conteúdo da Lei 11.892/2008.
( ) As origens da antropologia são marcadas por uma postura de hierarquização dos saberes socioculturais.
( ) O evolucionismo, enquanto corrente teórica da Antropologia, está alinhado com a pemissa de educação destacada na Lei 11.892/2008.
( ) No contexto dos Institutos Federais de Educação, Ciência e Tecnologia os conteúdos de Antropologia tem a propriedade de subsidiar discussões sobre o papel do trabalho e do trabalhador no cenário sociocultural contemporâneo.
( ) O projeto antropológico do século XVIII, como nos atesta Laplantine (2003), ressaltava a diferença cultural como algo positivo e que deveria ser valorizado.
A sequência CORRETA é:
“A revolução que ocorrerá da nossa disciplina durante o primeiro terço do século XX é considerável: ela põe fim à repartição das tarefas, até então habitualmente divididas entre o observador (viajante, missionário, administrador) entregue ao papel subalterno de provedor de informações, e o pesquisador erudito, que, tendo permanecido na metrópole, recebe, analisa e interpreta – atividade nobre! – essas informações. O pesquisador compreende a partir desse momento que ele deve deixar seu gabinete de trabalho para ir compartilhar a intimidade dos que devem ser considerados não mais como informadores a serem questionados, e sim como hóspedes que o recebe e mestres que o ensinam. Ele aprende então, como aluno atento, não apenas a viver entre eles, mas a viver como eles, a falar sua língua e a pensar nessa língua, a sentir suas próprias emoções dentro dele mesmo. Trata-se, como podemos ver, de condições de estudo radicalmente diferentes das que conheciam o viajante do século XVIII e até o missionário ou o administrador do século XIX, residindo geralmente fora da sociedade indígena e obtendo informações por intermédio de tradutores e informadores: este último termo merece ser repetido. Em suma, a antropologia se torna pela primeira vez uma atividade ao ar livre, levada, como diz Malinowski, ‘ao vivo’, em uma “natureza imensa, virgem e aberta”.
(LAPLANTINE, François. Aprender Antropologia. São Paulo: Brasiliense, 2003)
Sobre a Etnografia, é possível afirmar que:
I) O pesquisador vai ao campo já “equipado” com as categorias que pretende analisar e sua experiência no campo visa validar ou não essas categorias.
II) A boa Etnografia é aquela na qual o pesquisador se “despe” totalmente de sua identidade. Somente assim é possível garantir critérios de cientificidade.
III) A Etnografia é uma experiência de imersão na sociedade do outro – mesmo que esse outro seja um grupo que pertença à mesma sociedade do pesquisador –, visando compreender a sociedade pelos “olhos” dos nativos.
IV) A Etnografia pode ser conceituada como uma Descrição Densa, onde o pesquisador deve levar em consideração a maioria dos aspectos da vida social do grupo a ser pesquisado.
Apresentam as alternativas CORRETAS:
Fragmento 1: “Aqueles que superam os outros em prudência e razão, mesmo que não sejam superiores em força física, aqueles são, por natureza, os senhores; ao contrário, porém, os preguiçosos, os espíritos lentos, mesmo que tenham as forças físicas para cumprir todas as tarefas necessárias, são por natureza servos […] Tais são as nações bárbaras e desumanas, estranhas à vida civil e aos costumes pacíficos”
Fragmento 2: “Àqueles que pretendem que os índios são bárbaros, responderemos que essas pessoas têm aldeias, vilas, cidades, reis, senhores e uma ordem política que, em alguns reinos, é melhor que a nossa […] Esses povos igualavam ou até superavam muitas nações e uma ordem política que, em alguns reinos, é melhor que a nossa.”
(LAPLANTINE, François. Aprender Antropologia. São Paulo: Brasiliense, 2003)
Os fragmentos acima esboçam duas ideologias antagônicas e concorrentes que permeavam o imaginário europeu no século XVI acercado dos nativos das Américas. Sobre o tema é possível afirmar que:
“A lhaneza no trato, a hospitalidade, a generosidade, virtudes tão gabadas por estrangeiros que nos visitam, representam, com efeito, um traço definido do caráter brasileiro [...]” – HOLANDA, Sérgio Buarque. Raízes do Brasil. São Paulo, 2011, pag. 146.
O fragmento acima representa um conceito da obra de Sérgio Buarque de Holanda ao definir uma relevante característica sociocultural do povo brasileiro. A esse respeito, marque a alternativa CORRETA.
A despeito da relação entre igualdade e liberdade, na análise da democracia por Tocqueville, marque (V) para as alternativas VERDADEIRAS e (F) para as alternativas FALSAS.
( ) O processo democrático se caracteriza por um constante aumento da igualdade de condições em uma dada sociedade.
( ) O desenvolvimento da democracia pode levar ao aparecimento de uma cultura de massas que destruiria as possibilidades de manifestação de minorias.
( ) O desenvolvimento da democracia pode levar ao aparecimento de um Estado autoritário.
( ) Liberdade e igualdade são essencialmente incompatíveis no contexto democrático traçado por Tocqueville.
A sequência CORRETA é:
Acerca das concepções de Estado e democracia para Hegel e para Marx, analise as afirmações abaixo:
I) O Estado para Hegel possui um caráter libertador ao garantir as liberdades individuais.
II) Para Hegel, o Estado Moderno manifesta a individualidade concreta. Tem como característica o alinhamento das vontades particulares e gerais.
III) A concepção de emancipação política para Marx se aproxima das ideias de Rousseau ao definir que ela somente é possível se conjugada com a emancipação social.
IV) Para Marx, a liberdade e a igualdade só são possíveis a partir da emancipação política. Somente a partir desta última seria possível a emancipação social.
Dentre as opções, a sequência que apresenta apenas as opções CORRETAS é:
Jean Jacques Rousseau apresenta uma contribuição singular para o debate em torno do conceito contemporâneo de democracia a partir dos conceitos de vontade geral e vontade de todos. A esse respeito, marque V para as alternativas VERDADEIRAS e F para as alternativas FALSAS.
( ) A vontade de todos se alinha ao conceito contemporâneo de democracia ao considerar a convergência social a partir do diálogo entre as partes.
( ) A vontade geral é tão somente a soma das vontades individuais, por isso não há alinhamento com o conceito contemporâneo de democracia.
( ) A vontade geral e a vontade de todos, cada uma com suas características peculiares, são sinônimos na teoria expressa por Rousseau, e ambas se alinham ao conceito contemporâneo de democracia.
( ) A vontade de todos é tão somente a soma das vontades individuais e, por isso, para Rousseau, representa o interesse comum.
A sequência CORRETA é: