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Maria Regina Celestino de Almeida, com base em novas propostas teóricas da História e da Antropologia e em documentos sobre aldeias coloniais do Rio de Janeiro, apresenta uma perspectiva das relações entre indígenas e europeus diferente daquela historiografia, influenciada por Varnhagem, que apresenta os indígenas apenas como atores coadjuvantes. Sobre essa perspectiva da autora, é INCORRETO afirmar que:
( ) em virtude da condição subalterna na qual ingressavam nas aldeias coloniais, os indígenas foram incapazes de rearticulação social entre si e com outros grupos.
( ) nessa perspectiva, aculturação e resistência deixam de ser polos opostos e as aldeias coloniais deixam de significar para os índios apenas perdas e prejuízos, para também serem espaço de sobrevivência na colônia.
( ) as aldeias indígenas constituíram-se espaços de ressocialização e reconstrução de identidades e culturas para grupos indígenas diversos que ali se reuniam em busca de sobrevivência.
( ) ainda no século XIX, os indígenas brasileiros lutavam pela garantia dos direitos que a legislação lhes dera séculos antes.
( ) a autora questiona o dualismo entre índio aculturado e índio puro, repensando as relações de contato na colônia portuguesa na América, vendo-as também a partir do interesse dos índios.
Assinale a alternativa que contém a sequência CORRETA, de cima para baixo.
“Para os índios, ‘povos na infância, não há história: só há etnografia’, disse Varnhagem no século XIX. A sugestão parece ter sido bem aceita na historiografia brasileira [...]” (VARNHAGEM, 1854 apud ALMEIDA, M. R. C. Identidades Étnicas e Culturais: novas perspectivas para a história indígena. In: ABREU, Martha; SOIHET, Raquel (Org.). Ensino de História - conceitos, temáticos e metodologia. Rio de Janeiro: 2003. p. 27.)
Sobre essa historiografia brasileira relativa à temática indígena influenciada por Varnhagem, é CORRETO afirmar que:
Leia as alternativas abaixo relativas à trajetória da História no tempo enquanto campo de conhecimento.
I) A historiografia surgiu na Grécia do século V a.C., quando teve lugar um evento de magnitude equivalente à dos maiores feitos celebrados na lenda: o complexo de eventos das guerras médicas.
II) Santo Agostinho, como Platão, considerava que os conceitos de tempo e de universo deveriam ser pensados de forma independente um do outro.
III) Durante o Renascimento, os homens adquiriram crescente consciência de que quase tudo muda com o tempo, consolidando, assim, no ocidente, a noção de tempo linear.
IV) A ideia de que o próprio universo é uma máquina semelhante a um relógio passou ao primeiro plano do pensamento intelectual na Revolução Científica do século XVII.
V) Ao longo do século XVIII, a crença de que a ideia de tempo é parte essencial da ideia de natureza começou a se difundir.
Assinale a alternativa que apresenta somente as afirmativas CORRETAS:
“[...] nada prova que tenhamos um sentido especial do tempo, como temos a visão, a audição, o tato, o paladar ou o olfato” (WHITROW, G. J. O tempo na História. Rio de Janeiro: Jorge Zahar, 1993. p. 17).
Sobre a temática do “sentido do tempo”, discutida por G. J. Whitrow, é INCORRETO afirmar que:
“[...] a ideia de identidade [...] pressupõe interdependência entre condições objetivas de vida e experiências subjetivas, o compartilhamento de convenções e valores, de modos de pensar, de sentir e de agir ou menos formalizados, que distinguem e produzem a integração de uma comunidade” (AZEVEDO, Cecília. Identidades compartilhadas: a identidade nacional em questão. In: ABREU, Martha; SOIHET, Rachel (Org.). Ensino de História - conceitos, temáticos e metodologia. Rio de Janeiro: 2003. p. 43-44).
Em relação ao conceito de identidade aplicado por Cecília Azevedo, é CORRETO afirmar que:
Analisando o percurso da democracia no Brasil, o historiador José Murilo de Carvalho entende que a relação do cidadão brasileiro com o Estado passa principalmente por uma excessiva valorização do poder executivo, o que o autor chama de “estadania”. Leia as afirmativas sobre a “estadania”.
I) A ação política é orientada, sobretudo, para a negociação indireta com o governo, apesar da mediação da representação.
II) Favorece uma visão corporativa dos interesses coletivos.
III) A Constituinte de 1988 foi um dos raros momentos em que corporativismo, fruto da “estadania”, não se manifestou no processo político brasileiro.
IV) A representação política não funciona para resolver os grandes problemas da maior parte da população, reduzindo-se o papel dos legisladores, para a maioria dos votantes, ao de intermediários de favores pessoais perante o poder executivo.
V) Crescimento da impaciência popular com o funcionamento geralmente mais lento do mecanismo democrático de decisão, daí a busca de soluções mais rápidas por meio de lideranças carismáticas e messiânicas.
Assinale a alternativa que apresenta somente as afirmativas CORRETAS.
Com relação ao processo de “Abertura” do Regime Militar, ou seja, de transição para a Democracia, iniciado em 1974, marque (V) para as afirmativas VERDADEIRAS e (F) para as FALSAS.
( ) A “Abertura” começou com a redução das restrições à propaganda eleitoral (em 1974) e deu um grande passo com a revogação do AI-5 em 1978.
( ) As eleições legislativas de 1974, com propaganda eleitoral mais livre, foram marcadas pela expansão da oposição ao Regime Militar. Como resposta, Geisel suspendeu o Congresso por 15 dias e decretou mudanças eleitorais, como a eliminação da exigência de dois terços dos votos dos congressistas para aprovação de reformas constitucionais.
( ) O presidente à época, Ernesto Geisel, pertencia ao grupo militar ligado ao general Castelo Branco, grupo este que nunca pretendeu estender indefinidamente o controle militar do governo.
( ) Em 1973, aconteceu o primeiro choque do petróleo, ou seja, uma queda brusca no preço desse produto, o que comprometeu o “milagre” econômico promovido pelo Regime Militar.
( ) A montagem de aparelhos repressivos criou dentro das forças armadas um grupo quase independente que fortalecia a hierarquia militar.
Assinale a alternativa que contém a sequência CORRETA, de cima para baixo.
“O ano de 1930 foi um divisor de águas na história do país. A partir dessa data, houve a aceleração das mudanças sociais e políticas, a história começou a andar mais rápido.”
(CARVALHO, José Murilo de. Cidadania no Brasil: o longo caminho. 1. ed. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 2001. p. 87)
Sobre essa “aceleração das mudanças sociais e políticas”, especificamente no período que vai de 1930 a 1964, marque (V) para as alternativas VERDADEIRAS e (F) para as FALSAS.
( ) A mudança mais intensa foi no progresso dos direitos sociais, marcado pela criação de vasta legislação trabalhista e previdenciária, completada em 1943 com a Consolidação das Leis do Trabalho.
( ) Politicamente, o período foi marcado pela estabilidade.
( ) A organização sindical promovida na Era Vargas foi feita dentro de um arcabouço corporativo, em estreita vinculação com o Estado.
( ) As campanhas nacionalistas da década de 1950, como a de defesa do monopólio estatal do petróleo, caracterizam um progresso na formação de uma identidade nacional.
( ) O nacionalismo, incentivado pelo Estado Novo, foi o principal instrumento de promoção de uma solidariedade nacional, fortalecendo a importância das lealdades estaduais.
Assinale a alternativa que contém a sequência CORRETA, de cima para baixo.
Leia as afirmativas com relação aos fatores que levaram à derrocada da Primeira República brasileira (1889 - 1930).
I) A crise econômica mundial de 1929 coincidiu com um período de queda da produção cafeeira do Brasil, o que trouxe profundo impacto na balança comercial brasileira.
II) A Primeira Guerra Mundial trouxe impactos profundos, como a queda do preço do café, um dos principais produtos de exportação brasileira.
III) Como um dos desdobramentos internacionais da Revolução Russa (1917), criou-se, em 1922, o Partido Comunista do Brasil, um novo ator na cena política do país.
IV) A semana de Arte Moderna, organizada em São Paulo em 1822, com inspiração no modernismo e futurismo europeu, questionou a natureza da sociedade brasileira, suas raízes e relações com a civilização europeia.
V) Com um profundo teor democrático, o Tenentismo foi uma poderosa força de oposição ao governo das oligarquias regionais, uma das principais características da Primeira República do Brasil.
Assinale a alternativa que apresenta somente as afirmativas CORRETAS.
Sobre a urbanização do mundo ocidental no século XIX, marque (V) para as afirmativas VERDADEIRAS e (F) para as FALSAS.
( ) Na segunda metade do século XIX, a urbanização ainda não havia se expandido para além da Inglaterra.
( ) Apesar dos problemas de superpopulação das cidades industriais da segunda metade do século XIX, houve melhorias substanciais nas condições de salubridade nesses núcleos urbanos, graças às inovações técnicas e tecnológicas desse estágio da industrialização ocidental.
( ) Para os planejadores das cidades, os pobres eram uma ameaça pública, sendo as concentrações destes vistas como potencialmente capazes de gerar distúrbios.
( ) Uma das características das cidades industriais em meados do século XIX era o superpovoamento.
( ) Na medida em que os indivíduos tornavam-se urbanizados, antigas tradições e práticas trazidas do campo tornavam-se irrelevantes ou impraticáveis.
Assinale a alternativa que contém a sequência CORRETA, de cima para baixo:
“Após 1930 muitos historiadores compartilharam a ‘crise do sistema colonial’ como realidade incontestável e chave mestra para a análise do período. O nacionalismo remeteu-se a essa crise refletindo-se na oposição política colônia x metrópole: instâncias econômicas determinando quase mecanicamente as outras esferas do social e do político.”
(RIBEIRO, Gladys Sabina. A liberdade em construção. Rio de Janeiro: Relume Dumará/FAPERJ, 2002. p. 28).
Partindo da crítica que a historiadora Gladys Ribeiro faz ao uso da noção de “crise do sistema colonial” como “chave mestra para a análise” do processo de emancipação do Brasil em relação a Portugal, marque (V) para as afirmativas VERDADEIRAS e (F) para as FALSAS:
( ) Nos escritos dos naturais do Brasil, ainda no ano 1821, a emancipação do Brasil em relação a Portugal era entendida como respeito às especificidades brasileiras por meio da ruptura do império português.
( ) O Brasil, no início da década de 1820, não era uma pátria única. Ao contrário, era marcado por regionalismos.
( ) Até o “grito do Ipiranga”, em 1822, a separação entre Brasil e Portugal era vista pelos contemporâneos como coisa de anarquistas ou republicanos.
( ) A proclamação da separação total entre Brasil e Portugal se deu no “calor da hora”, como ato de resistência às medidas estabelecidas pelas cortes lisboetas, que ameaçavam reconduzir o Brasil à categoria de colônia.
( ) No final do ano de 1821, o futuro do Brasil já era claro aos contemporâneos. Era evidente para eles que a escolha política pela separação em relação a Portugal era irreversível, tanto que já não se falava mais sobre as possibilidades de reintegração entre as partes europeia e americana que antes compuseram o Reino Unido de Brasil, Portugal e Algarves.
Assinale a alternativa que contém a sequência CORRETA, de cima para baixo.
“A principal característica política da independência brasileira foi a negociação entre a elite nacional, a coroa portuguesa e a Inglaterra, tendo como figura mediadora o príncipe D. Pedro”
(CARVALHO, José Murilo de. Cidadania no Brasil: o longo caminho. 1. ed. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 2001. p. 26).
Leia as afirmativas com relação ao processo de emancipação política do Brasil.
I) As tentativas das Cortes lusitanas em recolonizar o Brasil uniram os luso-americanos em torno da ideia de perpetuar os laços políticos que uniam, entre si, os lados europeu e americano do Império Português.
II) A escolha da monarquia em vez da república, como alternativa política para o Brasil independente, derivou da convicção da elite brasileira de que só um monarca poderia manter a ordem social e a união territorial.
III) Desde o retorno do Rei D. João VI para Portugal, em 1821, a elite brasileira percebeu a necessidade de uma solução política que implicasse a separação entre Brasil e Portugal.
IV) O papel dos escravos e livres pobres foi decisivo para a transição do Brasil de colônia para emancipado politicamente.
V) A independência do Brasil trouxe grandes limitações dos direitos civis, uma vez que manteve a escravidão.
Assinale a alternativa que apresenta somente as afirmativas CORRETAS.
Sobre a relação entre gênero e história e suas possiblidades de trabalho em sala de aula, marque V para as afirmativas VERDADEIRAS e F para as FALSAS.
( ) Os estudos de gênero revelam aspectos sociais significativos do processo civilizador: as sociabilidades, os sentimentos, os sistemas de poder.
( ) Os estudos de gênero avançaram no que diz respeito às temáticas políticas e culturais, mas pouca contribuição trouxeram aos estudos econômicos.
( ) Uma das maiores contribuições dos estudos de gênero diz respeito ao desvelamento de um conjunto de experiências humanas que ressignificam os estereótipos nos comportamentos de homens e mulheres.
( ) Com os estudos de gênero são ressaltadas as reações e os comportamentos de homens e mulheres frente aos processos e estruturas sociais mais amplos, dando-lhes novos significados.
( ) Os estudos de gênero deram visibilidade à abordagem macrossocial, cujos atores sociais são determinados, em suas ações, pelas estruturas econômicas e de poder e pela eficácia das práticas culturais dominantes.
Assinale a alternativa que contém a sequência CORRETA, de cima para baixo: