Questões da Prova FUMARC - 2018 - SEE-MG - Professor de Educação Básica - Língua Portuguesa
Foram encontradas 59 questões
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Atente para os excertos da BNCC e, na sequência, uma charge, a fim de responder à questão
TEXTO XVII
Competência específica de Língua Portuguesa para o Ensino Fundamental:
1. Compreender a língua como fenômeno cultural, histórico, social, variável, heterogêneo e sensível aos contextos de uso, reconhecendo-a como meio de construção de identidades de seus usuários e da comunidade a que pertencem.
(BNCC. Conteúdo em Discussão no CNE. Texto em Revisão. 2017, p. 83)
TEXTO XVIII
O Eixo da Análise Linguística / Semiótica envolve os procedimentos e estratégias (meta)cognitivas de análise e avaliação consciente, durante os processos de leitura e de produção de textos (orais, escritos e multissemióticos), das materialidades dos textos, responsáveis por seus efeitos de sentido, seja no que se refere às formas de composição dos textos, determinadas pelos gêneros (orais, escritos e multissemióticos) e pela situação de produção, seja no que se refere aos estilos adotados nos textos, com forte impacto nos efeitos de sentido.
(BNCC. Conteúdo em Discussão no CNE. Texto em Revisão. 2017, p.67)
Atente para as afirmativas feitas:
I. Os alunos, para entendimento dessa charge, devem analisar os elementos da materialização textual escolhida, bem como os elementos paralinguísticos e cinésicos. Quanto ao estilo, é preciso analisar as escolhas lexicais, a variedade linguística, os mecanismos morfossintáticos, constatando se há (in)congruência com a situação de produção, a forma e o gênero em questão.
II. Com relação a um dos mecanismos sintáticos e morfológicos presentes, constata-se que o enunciador utiliza "pegá-las-emos", no início da sentença. Trata-se de uma forma incorreta de utilização dos pronomes oblíquos. Assim, o professor deve sinalizar isso, explicar as possibilidades de colocação pronominal e, junto com os alunos, encontrar uma forma substitutiva para essa construção.
III. Na encenação do diálogo, o uso do vocativo "meu caro amigo" destoa do ambiente e gera estranhamento; diferentemente, a escolha do advérbio "tardiamente" se mostra como uma opção lexical adequada ao registro adotado.
IV. Na charge, o personagem constrói sua identidade por meio do seu enunciado, mostrando-se alguém cuja fala é incoerente e carente de elementos coesivos apropriados.
Está CORRETO apenas o que se afirma em:
Atente para os textos XV e XVI para responder à questão.
TEXTO XV
Os conhecimentos grafofônicos, ortográficos, lexicais, morfológicos, sintáticos, textuais, discursivos, sociolinguísticos e semióticos que operam nas análises linguísticas e semióticas necessárias à compreensão e à produção de linguagens estarão, concomitantemente, sendo construídos durante o Ensino Fundamental. Assim, as práticas de leitura / escuta e de produção de textos orais, escritos e multissemióticos oportunizam situações de reflexão sobre a língua e as linguagens de uma forma geral, em que essas descrições, conceitos e regras operam e nas quais serão concomitantemente construídos: comparação entre definições que permitam observar diferenças de recortes e ênfases na formulação de conceitos e regras; comparação de diferentes formas de dizer “a mesma coisa” e aná- lise dos efeitos de sentido que essas formas podem trazer / suscitar; exploração dos modos de significar dos diferentes sistemas semióticos etc.
Disponível em: http://basenacionalcomum.mec.gov.br/images/BNCC_20dez_site.pdf. Acesso em: 19 fev. 2018
TEXTO XVI
Atente para a tirinha a seguir, em que Mafalda e Felipe, personagens de Quino, dialogam sobre algo comum ao universo escolar:
Assinale a opção que completa adequadamente o enunciado:
O professor de língua portuguesa do ensino fundamental, com o intuito de atender ao preconizado na BNCC, ao trabalhar com esse exemplar do gênero tirinha, deverá
Atente para o excerto da BNCC referente ao trabalho com o Eixo da Leitura e a tirinha de Bill Waterson, na sequência:
TEXTO XIII
A demanda cognitiva das atividades de leitura deve aumentar progressivamente desde os anos iniciais do Ensino Fundamental até o Ensino Médio. Esta complexidade se expressa pela articulação: da diversidade dos gêneros textuais escolhidos e das práticas consideradas em cada campo; da complexidade textual que se concretiza pela temática, estruturação sintática, vocabulário, recursos estilísticos utilizados, orquestração de vozes e linguagens presentes no texto; do uso de habilidades de leitura que exigem processos mentais necessários e progressivamente mais demandantes, passando de processos de recuperação de informação (identificação, reconhecimento, organização) a processos de compreensão (comparação, distinção, estabelecimento de relações e inferência) e de reflexão sobre o texto (justificação, análise, articulação, apreciação e valorações estéticas, éticas, políticas e ideológicas); da consideração da cultura digital e das TDIC; da consideração da diversidade cultural, de maneira a abranger produções e formas de expressão diversas, a literatura infantil e juvenil, o cânone, o culto, o popular, a cultura de massa, a cultura das mídias, as culturas juvenis etc., de forma a garantir ampliação de repertório, além de interação e trato com o diferente.
(Disponível em: http://basenacionalcomum.mec.gov.br/images/BNCC_20dez_site.pdf. Acesso em: 19 fev. 2018)
Leia a letra da música “Gramática”, a respeito da qual serão feitas a questão.
TEXTO XII
Gramática
Sandra Peres e Luiz Tatti
O substantivo
É o substituto do conteúdo
O adjetivo
É a nossa impressão sobre quase tudo
O diminutivo
É o que aperta o mundo
E deixa miúdo
O imperativo
É o que aperta os outros e deixa mudo
Um homem de letras
Dizendo ideias
Sempre se inflama
Um homem de ideias
Nem usa letras
Faz ideograma
Se altera as letras
E esconde o nome
Faz anagrama
Mas se mostro o nome
Com poucas letras
É um telegrama
Nosso verbo ser
É uma identidade
Mas sem projeto
E se temos verbo
Com objeto
É bem mais direto
No entanto falta
Ter um sujeito
Pra ter afeto
Mas se é um sujeito
Que se sujeita
Ainda é objeto
Todo barbarismo
É o português
Que se repeliu
O neologismo
É uma palavra
Que não se ouviu
Já o idiotismo
É tudo que a língua
Não traduziu
Mas tem idiotismo
Também na fala
De um imbecil
(Composição: Sandra Peres e Luiz Tatti Palavra Cantada. Álbum: Canções Curiosas, 1998. Disponível em: https://www.letras.mus.br
› Infantil › Palavra Cantada › Gramática. Acesso em: 15 jan. 2018)
Uma das competências específicas do Ensino de Língua Portuguesa preconizadas pela BNCC a ser desenvolvida na Educação Básica foi transcrita abaixo:
4. Compreender o fenômeno da variação linguística, demonstrando atitude respeitosa diante de variedades linguísticas e rejeitando preconceitos linguísticos.
Disponível em: http://basenacionalcomum.mec.gov.br/images/BNCC_20dez_site.pdf. Acesso em: 19 fev. 2018
Um dos grandes desafios aos docentes na contemporaneidade é lidar (e ensinar a lidar) com a diversidade e pluralidade, em todas as suas manifestações – uma delas é a variabilidade linguística.
Analise a metalinguagem adotada pelos compositores (Sandra Peres e Luiz Tatti) e o que destacam os verbetes a seguir, no dicionário:
I - “Já o idiotismo / É tudo que a língua / Não traduziu”
II - “Mas tem idiotismo / Também na fala / De um imbecil”
Idiotismo
Substantivo masculino 1. m.q. IDIOTICE. 1.2 – ling. traço ou construção peculiar a uma determinada língua, que não se encontra na maioria dos outros idiomas (p.ex., o infinitivo pessoal do português, ou a resposta afirmativa com o próprio verbo da pergunta, como: -́Você vai? - Vou ); idiomatismo. - locução própria de uma língua, cuja tradução literal não faz sentido numa outra língua de estrutura análoga, ger. por ter um significado não dedutível da simples combinação dos significados dos elementos que a constituem (p.ex., [estar] com a cachorra '[estar] irado, de mau humor'); modismo.
III - “Todo barbarismo / É o português / Que se repeliu”
Barbarismo
substantivo masculino - 1.1 – estado ou condição de povo bárbaro; barbárie; 1.2. ato de grande crueldade; barbaria, barbaridade; 1.3. gram uso de formas vocabulares contrárias à norma culta da língua, seja do ponto de vista ortoépico (p.ex., rúbrica no de rubrica ), ortográfico (p.ex., excessão por exceção ), gramatical (p.ex., a construção quando eu ver por quando eu vir; menas palavras por ... menos palavras ), ou semântico (p.ex., o uso da loc. ir de encontro a ['chocar-se com'] no lugar de ir ao encontro de ['estar conforme']).
IV – “O neologismo / É uma palavra / Que não se ouviu”
Neologismo
Substantivo masculino. Ling. 1.1 emprego de palavras novas, derivadas ou formadas de outras já existentes, na mesma língua ou não; 1.2. atribuição de novos sentidos a palavras já existentes na língua; 1. 3. unidade léxica criada por esses processos.
Ainda que poeticamente, os autores espelham a existência de uma acepção negativa, preconceituosa,
no que se refere:
Leia a letra da música “Gramática”, a respeito da qual serão feitas a questão.
TEXTO XII
Gramática
Sandra Peres e Luiz Tatti
O substantivo
É o substituto do conteúdo
O adjetivo
É a nossa impressão sobre quase tudo
O diminutivo
É o que aperta o mundo
E deixa miúdo
O imperativo
É o que aperta os outros e deixa mudo
Um homem de letras
Dizendo ideias
Sempre se inflama
Um homem de ideias
Nem usa letras
Faz ideograma
Se altera as letras
E esconde o nome
Faz anagrama
Mas se mostro o nome
Com poucas letras
É um telegrama
Nosso verbo ser
É uma identidade
Mas sem projeto
E se temos verbo
Com objeto
É bem mais direto
No entanto falta
Ter um sujeito
Pra ter afeto
Mas se é um sujeito
Que se sujeita
Ainda é objeto
Todo barbarismo
É o português
Que se repeliu
O neologismo
É uma palavra
Que não se ouviu
Já o idiotismo
É tudo que a língua
Não traduziu
Mas tem idiotismo
Também na fala
De um imbecil
(Composição: Sandra Peres e Luiz Tatti Palavra Cantada. Álbum: Canções Curiosas, 1998. Disponível em: https://www.letras.mus.br
› Infantil › Palavra Cantada › Gramática. Acesso em: 15 jan. 2018)