Questões da Prova IDECAN - 2016 - SEARH - RN - Professor de Educação Física

Foram encontradas 59 questões

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Q747932 Português

                                   Arte e natureza

      A natureza é uma grande musa. É por ela, e por meio dela, que sentimos a força criadora do entusiasmo – energia maior da inspiração que nos permite registrar, com prazer, a experiência da beleza refletida na harmonia das formas e no delicado equilíbrio das cores naturais. Para os antigos gregos, o entusiasmo (em + theos) nascia do encontro com o daimon, um gênio bondoso que seria o nosso guia pela vida inteira. Essa experiência nos permite também ter uma simpatia especial com o natural. E desperta a nossa criança interior, que estaria ansiosa para continuar brincando.

      Esse é o momento em que o fotógrafo de natureza pega sua câmera, pois escuta a voz interior da inspiração falar: “Vá, exercite suas asas, faça o registro, descubra sua luz e espalhe sua voz pelos quatro cantos do mundo!” O desejo começará a fazer as pazes com o coração para que todos possam aprender, apreciar e amar a natureza. Conjugar o natural com o artístico, fazer da imagem um ornamento, um texto atraente – eis as primeiras condições de uma estética do natural.

      O belo natural é a matriz primeira do belo artístico. Essa é a expressão mimética mais convincente da beleza ideal como tanto defendia Kant. É por isso que a arte ecológica tanto nos seduz, porque estimula o olhar na ampliação desse grande mistério que é ser. O artista é o que intui melhor esse sentimento e busca compulsivamente exprimi‐lo por meio do seu trabalho. O artista ecológico vive dessa temperatura e é por meio da natureza que ele fala, ou melhor, é por ela que ele aprende a falar com sua própria voz. E o momento da criação surge quando, levados por aquela força inspiradora, a intuição e a experiência racional se abraçam numa feliz alquimia. Fiat lux! É o instante em que esse encontro torna‐se obra, registro e documentação.

      Se o artista foi tocado pela musa, desse momento em diante será sempre favorecido por esse impulso. Essa força não é apenas a expressão passageira de uma vontade, mas uma busca pela vida toda na direção de algo ansioso por se tornar imagem. Esse algo é a obra de arte cuja função não vai ser apenas a de agradar, mas a de transmitir a mensagem daquela conivência.

      Quando o homem está inspirado, nada o detém. Se o sofrimento e toda sorte de obstáculos o atingem, ele cria na dor; e esse sacrifício (sacro‐ofício), ao término da obra, se tornaria um exemplo de persistência e de nobreza de espírito. Se está feliz, ele expressa sua felicidade no trabalho. Nesse instante, por exemplo, o fotógrafo da natureza, no sozinho da sua alma, poderá dizer: “Translúcida inspiração, eu a vejo em brilho com seu sorriso pintado em azul. Deixe‐me por um momento desenhar seu vulto na alquimia luminosa da minha lente!”

      Podemos concluir que o brilho de uma obra de arte nunca se apaga, isto é, ela nunca termina de dizer. No sentido de que, enquanto houver espectador para avaliar, apreciar, cuidar, guardar e restaurar, haverá obra e, assim, ela estará sempre acima do tempo. Desse tempo que destrói, desfigura e mata. O quadro “Guernica”, do pintor espanhol Pablo Picasso, por exemplo, devolve ao avaliador uma mensagem tão poderosa que aquela obra provocará surpresa e admiração enquanto existir um olhar que a contemple e avalie.

      E é esse olhar que faz da obra do tempo histórico uma surpreendente permanência, a despeito da perda do efêmero e do fugidio. No final, o artista, o espectador, a obra e o tempo se congratulam. É essa junção de forças que mantém vivo todo trabalho artístico. Ainda bem que a natureza sabe escolher com paciência seus artesãos. Isto é, aqueles que vão dizê‐la com suas próprias vozes, como o fotógrafo, o escultor, o desenhista, o músico e o pintor.

     (Alfeu Trancoso – Ambientalista e professor de Filosofia da PUC/ Minas.)

Uma das regras do emprego da vírgula é para separar orações adverbiais quando antepostas à principal. O segmento em que isso ocorre no texto é:
Alternativas
Q674670 Pedagogia
Le Bouch (2001) afirma que os alunos ao final do ensino médio deverão gerir sua própria vida ativa, tanto no cotidiano quanto no trabalho ou no lazer. A busca pela autonomia motora e o conhecimento de seu funcionamento é o meio prático para isso. Os últimos anos de escolaridade deveriam completar essas aquisições, de um lado pela própria prática e, por outro, pelo aprofundamento teórico de questões como: a fisiologia e a neurofisiologia. Pensando numa pedagogia corporal a ser desenvolvida no ensino médio, assinale a alternativa correta.
Alternativas
Q674669 Pedagogia
“Ao se trabalhar normas, valores, crenças e conteúdos não declarados nos programas de ensino e currículos da educação física, os professores usam um tipo de currículo que atua como opositor às metas declaradas oficialmente. O currículo ______________ encerra duas ideias principais: o que os alunos aprendem com a experiência social da escola e a imprevisibilidade da ação pedagógica.” Assinale a alternativa que completa corretamente a afirmativa anterior
Alternativas
Q674668 Pedagogia

“Mesmo não sendo estabelecida distinção formal entre meninos e meninas, as pesquisas apontam que, na escola, há reprodução e fortalecimento de modelos simbólicos e traços de gênero.”

(Pereira e Souza, 2011.)

É fundamental se pensar em práticas pedagógicas inclusivas nas aulas de educação física, em especial no que diz respeito às questões de sexualidade e gênero, ou seja, aulas para meninos e aulas para meninas. NÃO se caracteriza como um procedimento didático‐pedagógico correto para se trabalhar as questões de gênero nas aulas de educação física:

Alternativas
Q674667 Pedagogia
“A filosofia do esporte refere‐se à análise conceptual e à interrogação das práticas esportivas e áreas a elas relacionadas (jogos, exercícios físicos, dança, educação física, biociências etc). A questão mais geral encontrada neste ramo da filosofia concerne à natureza e aos propósitos do esporte e áreas congêneres.” (McNAMEE, 2004; ICSSPE Vade Mecum, 2000.)
O Fair Play, que não possui tradução exata para o português, sendo comumente referido como jogo limpo (também sendo usadas as expressões correto, honesto, legal) ou espírito esportivo, corresponde a um preceito normativo genérico de bom comportamento individual e coletivo, e respeito às regras das competições esportivas. Um professor de educação física, que pretende discutir sobre o Fair Play em suas aulas, estará contribuindo também para o desenvolvimento do seguinte tema transversal sugerido pelos PCN’s do ensino fundamental:
Alternativas
Respostas
21: A
22: C
23: A
24: B
25: A